JANEIRO 12. Zoroastro: o poder do deus do bem Oromaze e do
deus do mal Arimane
ZOROASTRO
Zoroaster,
Zarathushtra, Zarathustra
(nasceu cerca 620 aC , em Rhages, Iran;
morreu cerca 550 aC )
REFORMADOR
RELIGIOSO DO ANTIGO IRAN FUNDADOR DO PARSIISM
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
Nesta segunda semana honramos os nossos
antepassados da Teocracia dos muitos
deuses, politeísta, da Caldeia, da Pérsia, da Assíria, da Índia e dos
Celtas. Buda preside a semana por
causa de sua influencia mais extensa, ainda que não seja o tipo mais
característico das teocracias, porque o budismo foi uma revolta contra a
teocracia sacerdotal conservadora dos Brahmas, resultando numa teocracia
incompleta.
ZOROASTRO (620-550 antes de Cristo) é o nome do
famoso reformador religioso do antigo Iran. No idioma ariano o nome é
Zarathustra, significando estrela de ouro. Pouco se conhece da vida de Zoroastro
e os elementos conhecidos estão em mistura com a lenda e com adições
posteriores. De acordo com a tradição, ele viveu 250 anos antes de Alexandre o
Grande. Com essa informação Zoroastro teria nascido em volta de 620 antes de
Cristo.
Ele nasceu numa modesta família de cavaleiros, a Spitama, em
Rhages, hoje um bairro de Teerã. A região, que então era rural, tinha a
economia baseada na criação de animais e na atividade pastoril. As tribos
nômades, que atacavam os assentamentos, eram consideradas como violadoras
agressivas da ordem, que Zoroastro chamava como seguidores do Lie.
Os relatos mágicos postos nas lutas e conflitos de Zoroastro são
cantados nos hinos antigos dos Gathas. Completados com as descrições de sua
vida feitas pelo próprio Zoroastro, são muito semelhantes às descrições de vida
dos líderes religiosos do Oriente Médio do judaísmo e do cristianismo. Os
pesquisadores modernos verificaram que a maior parte do que se sabe da vida de
Zoroastro é baseada em descrições religiosas tradicionais produzidas pelos
magos no fim da antiguidade e na Idade Média.
A religião primitiva dos arianos do Iran saiu da mesma fonte que a
religião dos arianos do rio Indus. Ambas sofreram grandes modificações. Na
Índia, no vale do rio Ganges, se formou o tipo completo de Teocracia, com Manu
e o sistema rígido de castas. No Iran, país de montanhas, de desertos, de vales
férteis, com chocantes contrastes e de rudes combates contra um ambiente
estéril, nasceu a idéia de dois príncipes opostos na natureza, o Bem e o Mal, o
Puro e o Impuro, de Oromaze e de Arimane, um é o deus da vida, o outro o deus
da morte.
As boas ações se fazem pela influência de Oromaze, Arimane impele
para as más ações. Assim tanto o espírito de cada homem quanto o terreno de
cada campo estão em luta sem fim. Aqueles que tocarem as coisas impuras dão a
Arimane o poder sobre eles.
Na Avesta, o livro
sagrado de Zoroastro, em vinte e um livros, se acha um sistema minucioso de
purificação e de longas nomenclaturas do que sejam coisas puras e coisas
impuras. Dos livros da Avesta, somente
um deles e alguns fragmentos foram conservados. As divindades antigas estão
representadas como filhos de Oromaze, o deus da vida, acompanhados de grandes
legiões de espíritos bons e espíritos maus. Zoroastro mostrou a idéia de Asha
ou ordem, ligada ao deus criador Ahura Mazda, o Sábio Senhor. O fetichismo,
como adoração das coisas, sobrevive na veneração que o fogo inspira. O fogo é
considerado o que seja o completamente puro.
A reforma da doutrina com o livro sagrado é atribuída a Zoroastro
sem data certa. Ele viveu em Bactriane e foi a partir dali que suas doutrinas
se espalharam sobre as áreas da Meda e da Pérsia. O regime de castas não foi
plenamente estabelecido no Iran, embora existisse um sacerdócio hereditário, os
magos dos Medas.
Platão, Aristóteles e Pitágoras conheceram o zoroastrismo, e o
contato com os judeus e com os cristãos desenvolveu as crenças nos demônios e
anjos, na vida depois da morte, do céu e do inferno, bem como a ressurreição
dos mortos no fim dos tempos.
A religião de Zoroastro teve, por meio da heresia dos maniqueístas,
uma grande
influência sobre o cristianismo. Essa heresia, criada por Maniqueu, se espalhou
pelo Império Romano e pela Europa cristã do ocidente. Ela foi combatida por
Santo Agostinho.
O maniqueísmo combinava o zoroatrismo com o cristianismo e outras
seitas. Mostrava a visão dualista de forças do bem contra forças do mal. Hoje
se diz maniqueísta a idéia simplista do
bem contra o mal, posta na dialética de Hegel com a “tese” oposta à “antítese”,
a dialética adotada por Karl Marx.
A dialética simplista não é um método científico, muito menos nas
complexidade das ciências sociais, onde os fenômenos sociais e políticos se
relacionam com diversas variáveis, jamais apenas com a alternativa sim ou não
de uma só variável.
A doutrina de Zoroastro durou até a conquista pelos maometanos,
sendo ainda professada na Índia pelos Parsis.
AMANHÃ: Os Drúidas sinceridade e esforço na religião, na justiça e
ordem na sociedade.
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