JANEIRO 18. Teocratas
do Tibet: A corporação sacerdotal no budismo do Tibet
OS TEOCRATAS DO
TIBET
Tibet: Bod,
Região Autônoma do Tibet, O Teto do Mundo, inclui o Monte Everest, o mais alto
(forma de Budismo
modificado, desenvolvido a partir do século 7 depois de Cristo no Tibet)
A CORPORAÇÃO DE
MONGES NA TEOCRACIA COMPLETA DO TIBET
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando
a civilização do futuro.
Nesta terceira semana da Teocracia são
recordados nossos antepassados da teocracia astrolátrica em que a China,
representada por Confúcio, é o mais
completo exemplo. As religiões do Tibet, do Japão, do México e das ilhas da
Ociania são classificadas sob o nome de Confúcio.
A TEOCRACIA DO TIBET (a partir do século VII da nossa era) foi
um sistema religioso em parte e em parte político. Era um desenvolvimento do
Budismo modificado que dominou o Tibet e a Mongólia.
A base do Budismo tibetano era a rigorosa disciplina intelectual,
usando o ritual simbólico do Budismo
tântrico de meditação e magia. Incorporou a disciplina monástica do Budismo
antigo e algumas tradições da antiga religião tibetana Bon, uma forma de
fetichismo.
De acordo com a lenda, o povo tibetano teria se originado da união
de um macaco com um demônio fêmea. Os anais históricos do T’ang chinês coloca a
origem do Tibet entre as tribos nômades Ch’iang desde cerca de 200 anos antes
de Cristo, habitando a grande planície do noroeste da China. O país se formou com a mistura de raças, por
conquista ou por aliança, com outros povos.
O Budismo não formou, em sua origem na Índia, uma organização do
sacerdócio. Mais tarde uma corporação de sacerdotes monges se organizou, como a
que subsistiu no Ceilão, em Burma e no Sião. No Tibet a religião indígena
inicial era chamada de Bon, uma forma grosseira de fetichismo, com adoração de
coisas e animais. O fetichismo
primitivo era a religião dos povos nômades, como o Shamanismo, de populações
sem escrita, ainda incapazes de formar a abstração
necessária para ter o conceito de deuses.
Por volta do ano de 630, o rei Srong Tsan Gampo do Tibet introduziu o Budismo da Índia como uma
religião civilizadora. O rei tornou-se o tipo do rei ideal. No seu longo
reinado ele construiu reservatórios de água, pontes, canais, favoreceu a
agricultura, a indústria, as escolas e o ensino das virtudes.
O Budismo, sob sua forma simples original, não permaneceu então no
Tibet e cem anos depois outro rei convidou religiosos da Índia para pregar o
Budismo no Tibet. Finalmente uma nova Teocracia se estabeleceu, tendo o Budismo
como base. Sua época de crescimento ocorreu do meio do século 11 até a metade
do século 14.
Gengis-Kan conquistou o Tibet no começo do século 13 e o Budismo
tibetano penetrou no império mongol e com Kublai-Kan (1259-1294) foi
oficialmente estabelecido. A religião tomou a forma de uma perfeita Teocracia
quando Kublai deu aos monges o poder político do país.
A partir do século 13, o Budismo no Tibet teve seus sumos
sacerdotes, sua hierarquia dos monges, seus monastérios, suas ordens
religiosas, seu cerimonial, o celibato dos monges, a confissão, o jejum, o
culto dos santos e os atos exteriores de devoção. Mas os prelados tinham o
comando político temporal completo.
O sistema de mosteiros se desenvolveu no Tibet numa vasta escala.
Teve uma magnificiência e tinha um poder jamais visto. O cerimonial minucioso,
o ritual estranho, as dotações dos reis e a autoridade sem contestação dos
monges no Tibet foram descritas por numerosos viajantes.
A Teocracia em sua forma
mais completa foi realizada no Tibet. O Politeísmo conservador em que os guerreiros ficam subordinados
ao corpo de sacerdotes pode ser estudado ali. A Filosofia da História pode usar
o conhecimento de seus feitos como um laboratório para compreender como se dá
evolução da sociedade. É a observação
experimental sociológica com o
verdadeiro caráter científico.
Pode-se comprovar como todas
as religiões são sistemas de educação por seus resultados. Empregavam, até
hoje, as figuras abstratas dos deuses. Os deuses eram as poderosas autoridades
usadas. A definição de religião mostra os meios e os resultados para caracterizar
o que seja a religião. Os resultados de toda e qualquer religião foram a
LIGAÇÃO de cada indivíduo com sigo mesmo, para criar e manter a coerencia individual convergente. Promove
e mantem a RE-LIGAÇÃO dos indivíduos aos demais membros da comunidade, assegurando
a permanente coerência na convergência
aos resultados sociais no tempo e no lugar.
A sociologia científica
exige a pesquisa dos fatos sem ódio e com equilíbrio como premissa da justiça
histórica.
No julgamento da Teocracia do Tibet deve-se ter o critério
relativo já que os hábitos e costumes eram de uma fase de guerras e rivalidades
cruéis. No Tibet, apesar dos conflitos internos e externos, com a criação da
casta sacerdotal e das castas inferiores, houve a acumulação do capital,foram construídos grandes templos,
estradas, com progresso na agricultura, na mineração e no comércio.
AMANHÃ: A corporação sacerdotal dos Teocratas do Japão.
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