MARÇO 25: Platão: longa
influencia pela habilidade e estilo poético na filosofia
PLATÃO
Platon, Plato
(nasceu no ano 427
antes da nossa era, em Egina, Grécia; morreu no ano 347, em Atenas)
FILÓSOFO GREGO
DE GRANDE INFLUÊNCIA NA CULTURA DA EUROPA DO OCIDENTE
A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia
Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo.
Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e
que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como
Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo
explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas
forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a
primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda
fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da
filosofia.
Esta é
a quarta semana do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga. É consagrada à
escola de Platão que prepara a doutrina da igreja cristã. O chefe de semana é
Platão no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226-01 C do Mês de
Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes
da criação da ciência abstrata.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade, preparando
a civilização do
futuro.
PLATÃO (427-347 aC)), o filósofo assim chamado, nasceu na ilha de
Egina em maio do ano 427 antes da nossa era, de uma antiga e nobre família. Seu
pai se chamava Ariston, sua mãe Perictione e seu nome era Aristocles. Platão
seria o seu apelido dado mais tarde, que indicaria sua constituição robusta, ou
o seu rosto muito largo.
Sua amizade com Sócrates começou quando ainda tinha 20 anos de
idade e durou até a morte de Sócrates no ano 399. Ele pertencia ao partido
aristocrático em
política. Ligado com alguns dos que estabeleceram uma
oligarquia no ano 403 ele teve a esperança logo perdida, de estabelecer um
governo de filósofos. Ele simpatizou com a nobre resistência de Sócrates contra
os trinta tiranos.
Depois do restabelecimento da democracia em Atenas e do martírio
de Sócrates, Platão foi para Megare e viveu por algum tempo com Eucleides,
filósofo dessa cidade. Ele fez uma viagem ao Egito e ligou-se também às escolas
pitagóricas ainda existentes em Tarento, Locres e em outras cidades do sul da
Itália e da Sicília. Na Sicília ele se aliou com Dion, sobre quem ele teve
grande ascendência.
A convite de Dion, ele visitou Denys o Velho, em Siracusa. Seus
discursos revolucionários ofenderam esse tirano, que fez com que Platão fosse
vendido como escravo em
Egina. Platão foi prontamente resgatado da escravidão e
levado para Atenas, onde, em 386 antes da nossa era abriu uma escola de
filosofia num jardim perto do Templo do herói Academus, situado perto da porta
norte da cidade. Essa foi a primeira das numerosas escolas de ensino filosófico
fundadas em Atenas, que permaneceram em funcionamento por oitocentos anos até
serem proibidas no ano 529 da nossa era pelo Imperador Justiniano.
Platão teve como alunos muitas das celebridades do seu século, os
oradores Demóstenes e Hipérides, os filósofos Speusippe, Xenócrates e
Aristóteles e o grande geômetra e astrônomo Eudóxio. Sua vida de ensinamento
durou até a morte no ano 347.
Platão manteve a esperança de orientar o governo de Denys o Jovem
de Siracusa para a aplicação de sua filosofia à política, o que não conseguiu.
A perda dessa esperança de subir ao poder assombrou os últimos anos de Platão.
A escola rival, o Liceu, que seu discípulo Aristóteles abriu no Templo de Apolo
Lício, não afetou a boa relação entre os dois pensadores.
As numerosas obras de Platão são escritas na forma de diálogos,
onde o principal interlocutor é quase sempre Sócrates. As opiniões do autor são
dificilmente encontradas no meio da conversação contida nos diálogos. Por essa
razão Platão é visto mais como um literato ou como um mero escritor do que como
um grande filósofo. Aristóteles chegou a afirmar que seu mestre Platão se
dedicou muito a temas por demais antigos, arcaicos.
O sistema filosófico e político de Platão pode ser melhor estudado
nos seus textos na República, no Timeu e nas Leis. Na sua obra a República
ele estabelece a supressão da propriedade e da família. Os filhos seriam filhos
do Governo Político, do Estado coercitivo, separados de suas famílias, já
destruídas.
As propostas de Platão são as mais simples e mais fáceis de
imaginar, correspondendo ao raciocínio simplista de que se há erros e
injustiças na propriedade e na família, basta eliminar a riqueza e destruir a
família, como fontes de todo mal. Essa política chegou a ser implantada no
início do governo marxista socialista no comunismo russo, numa prática logo
abandonada. Um agrupamento de indivíduos solteiros em sexo livre exigiria um
número muito maior de habitações, sendo até anti-econômico. Um curioso, imoral
e trágico sistema de erros de filosofia política que ainda persiste por mais de
2400 anos.
A filosofia de Sócrates, o honesto, sensato e estimado mestre de
Platão incluía a pretensão de realizar o governo dos sábios, que seria a tomada
do governo político por aqueles que tinham mais saber. Só percebendo essa
ambição do próprio filósofo é que se pode entender a acusação e a condenação a
morte de Sócrates pelo governo de Atenas.
A influência das concepções de Platão foi grande e prolongada, em
grande parte devida à sua habilidade dramática e ao estilo poético do autor.
Embora não tenham contribuído para o estudo científico, suas idéias inspiraram
o ardor para a regeneração social.
As concepções de Platão, levadas para a cidade de Alexandria,
foram os caminhos que levaram as idéias do judaísmo e do cristianismo a dominar
o mundo ocidental na Idade Média. Para então formar a mais adiantada
civilização do mundo no território já unificado, pacificado e tornado homogêneo
pela conquista realizada pelo Império Romano na Europa do ocidente.
AMANHÃ: Mês de Arquimedes
da Ciência Antiga e Teofrasto.
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