MARÇO 12. Aristipo:
Melhor mendigar que ser ignorante.
ARISTIPO
Aristippus,
Aristippe
(nasceu cerca do ano 440
antes da nossa era, em Cirene, Líbia; morreu em 366, em Atenas)
FILÓSOFO GREGO
FUNDADOR DA ESCOLA CIRENAICA DE HEDONISMO
A evolução intelectual livre
Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia
Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo.
Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e
que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como
Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo
explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas
forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a
primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda
fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da
filosofia.
Esta terceira semana
do mês de Aristóteles da Filosofia Antiga apresenta o ponto de vista da Ética
da cultura grega. Esses pensadores é que mais atraíram os filósofos romanos.
Eles figuram na semana com três pensadores de Roma.
O tipo principal é
Sócrates como chefe da semana no domingo que a encerra.
Ver o Quadro 0226-01 C do Mês de
Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes
da criação da ciência abstrata.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade, preparando
a civilização do
futuro.
ARISTIPO (440 aC-366 aC) era um rico cidadão de Cirene no norte da
África, que foi a Atenas para aprender com o ensinamento de Sócrates. Era um homem
de caráter fácil e indolente, embora muito desejoso dos prazeres da cultura
mental.
Xenofontes afirma que Sócrates procurou estimular sua ambição e
sua energia contando-lhe a fábula de Hércules a quem, na juventude, a escolha
foi oferecida entre a virtude e do vício, sob a representação de dois caminhos
abertos à sua frente, um penoso e outro agradável.
Mas Aristipo não colocava seu ideal nem numa ambição ardente, nem
nos prazeres dos sentidos. Ele pensava em gozar as vantagens que nos oferece a
vida, dando a cada um aquilo que lhe convém e não sendo escravo de ninguém.
Algumas das máximas que lhe são atribuídas são características.
Para a pergunta – Para que serve a filosofia? Ele respondeu:
“A filosofia serve para
nos tornar capazes de viver como somos, mesmo quando todas as leis fossem
abolidas;”
“Vale mais mendigar do
que ser ignorante”.
Um advogado que ele contratou para defendê-lo lhe perguntou de que
utilidade lhe havia sido as lições de Sócrates. Ele respondeu:
“Eu devo a Sócrates o
fato de que as coisas que vós dizeis em meu favor sejam verdadeiras”.
Ele instruiu em seus princípios sua filha Arete, ela própria
passando os mesmos princípios a seu filho,que também se chamava Aristipo.
A escola filosófica de Aristipo que por vezes é chamada de Cirenaica,
pelo nome da cidade de Cirene, é uma escola de hedonismo, a ética do prazer.
Sua linha de pensamento é mais conhecida pela fama de Epicuro, que dá comumente
à sua escola o nome de epicurismo.
Aristipo ensinava que o bem da vida estava na noção de que entre
os valores humanos o prazer era o mais precioso e a dor o mais baixo dos
valores e que deve ser evitado. Como conseqüência, não se deve provocar a
própria dor nem a dor dos outros. Importante para Aristipo era o uso do
julgamento correto e a prática do autocontrole para amenizar os furiosos
desejos humanos. Sua fórmula preferida era “Eu possuo, eu não sou possuído”.
Os ingredientes do utilitarismo moderno podem ser vistos na escola
hedonista de Aristipo, na sua teoria do valor da vida humana.
AMANHÃ:
A escola ascética e Antístenes.
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