quinta-feira, 7 de março de 2013

0308 C TUCÍDIDES a cultura mental em Atenas fez o seu povo corajoso


08 DE MARÇO. Tucídides: a história escrita com força e correção

TUCÍDIDES
Thucydides
(nasceu cerca do ano 460 antes da nossa era, em Alimus, na Ática; morreu cerca do ano 400)

GRANDE HISTORIADOR GREGO DA HISTÓRIA DA GUERRA DO PELOPONESO

A evolução intelectual livre Iniciando a criação da ciência pura abstrata.
Pela primeira vez no mundo acontece nas cidades da Grécia Antiga que pensadores livres dedicaram sua vida a pesquisar o homem e o mundo. Isto é, a encontrar os fatos gerais e princípios que governam tudo que somos e que nos envolve.
Desde o século 7º ao 5º antes da nossa era homens como Tales, Anaximandro, Heráclito, Demócrito se consagraram a fazer o universo explicado aos humanos. Eles expuseram a filosofia e criaram a ciência como duas forças novas para o progresso da humanidade.
A criação dos sábios gregos apresenta duas fases: a primeira, de Tales a Aristóteles estudou a filosofia unida à ciência. A segunda fase se deu depois de Aristóteles em diante desenvolvendo a ciência separada da filosofia.
Nesta segunda semana do mês de Aristóteles se mostram os ideais dos antigos gregos aspirando organizar toda a vida humana com base nas ciências. Ideais colocados por Pitágoras tendo por base a Matemática.
A semana termina no domingo dedicado a Pitágoras, o chefe da semana.
Ver o Quadro 0226-01 C do Mês de Aristóteles da Ciência Antiga. O quadro mostra os grandes homens representantes da criação da ciência abstrata.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.


TUCÍDIDES (460 aC-400 aC) nasceu em Alimus, na Ática. Seu pai era Olorus e pela parte de sua mãe Hegesipyle era aliado ao general ateniense Milcíades.
Conta-se que ainda criança, Tucídides ao ouvir a declamação da história escrita por Heródoto, ficou emocionado até as lágrimas. Ele estudou filosofia com o pensador Anaxágoras.
Tucídides tinha 40 anos quando começou a guerra entre Atenas e Esparta. No oitavo ano dessa guerra ele recebeu o comando de uma frota ateniense destinada a defender uma das mais importantes possessões de Atenas, a cidade de Anfipolis no rio Strymon, contra o general espartano Brasidas. Não tendo conseguido vencer, foi julgado e condenado ao banimento. Ele só veio de volta do exílio 20 anos depois, em 403. A data e o lugar de sua morte não são conhecidos com exatidão. É ao seu exílio que nós devemos a imortal história da guerra do Peloponeso.
Ao mesmo tempo em que ele expõe com cuidado os fatos que se passaram, ano a ano, embaixo de seus olhos, ele dá, nessa história, a prova da mais alta capacidade filosófica, por sua análise e por sua apreciação dos fenômenos sociais que testemunhava. Ele estava convencido da natureza destruidora do conflito entre as duas grandes forças da Grécia. Com o conjunto de fatos cuidadosamente escolhidos, dos quais toda lenda está excluída, torna seu livro atraente e precioso para a posteridade.
Tucídides descreveu com força o contraste entre Esparta e Atenas. Esparta era uma terra com a educação toda de guerra; Atenas, um Estado de liberdade, onde cada função da vida civil, a guerra, o comércio, a filosofia, a arte, tinham plena atuação. Sua cultura mental não fez o seu povo menos corajoso no perigo nem mais abatido na derrota.
“A vida dos atenienses, eles a davam pelo seu país como se não fossem deles; os seus conselhos, que eles consideravam sua mais cara propriedade, eles a entregavam como brinde.”
Entre eles não havia casta alguma privilegiada, “todos participam dos cargos públicos, todos são livres da dar sua opinião sobre o que convêm ao bem público”.
Tucídides lembra as palavras de Péricles: “Nós não somos intolerantes nem perseguimos alguém por fazer um ou outro estudo; nossa vida é humanizada por festas públicas e um grande refinamento particular; nós cultivamos a beleza sem luxo e a sabedoria sem fraqueza”.
Impressionante é a sua descrição da peste que ocorreu em Atenas; o quadro de impotência das leis durante sua ocorrência e a desmoralização que a acompanha.
Mas de todas as descrições a mais chocante é a da querela furiosa entre o partido dos ricos e o partido democrático em Corcyre. Num conflito que ele mostra como tipo do que se passava por todo lado nas cidades gregas e que deveria continuar até à perda da independência da Grécia primeiro para a Macedônia e depois para Roma.
São as mesmas paixões, os mesmos ódios, privados e públicos, descritos por Tucídides com uma força e correção inimitáveis.


AMANHÃ: Arquitas filósofo matemático e general.

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