JUNHO 01 S. GREGÓRIO
MAGNO: com bondade conquistou os ingleses para a fé católica
SÃO GREGÓRIO MAGNO
Saint Grégoire-le-Grand, Gregory I, Saint, Gregory the Great
(nasceu cerca do ano
540 da nossa era, em Roma; morreu no ano 604, em Roma)
PAPA DOUTOR DA
IGREJA ROMANA ARQUITETO DO PAPADO MEDIEVAL
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
O Catolicismo teve uma
ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos
povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido
estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e
comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os
violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos
pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem
claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para
a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um
sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam
à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de
vida ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os
mais remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de
todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que
obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo
social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Porque caso
contrário, todos morreriam com a destruição da sociedade.
O Calendário Filosófico
indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os quatro
primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda semana a
instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na
terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e
estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda semana do
mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de Gregório VII
como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com Hildebrando
se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu como poder
político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado conceito, por
seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE DE
CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na
história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna
livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder
Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao Poder Temporal da
disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo
Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo o
poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas
as civilizações passadas. Comprova-se assim que o totalitarismo é de fato um regime
retrógrado e cruel, muito antigo, barbaro.
Desse modo se completa
a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador
Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo
estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a
direção de Hildebrando papa Gregório VII.
Ver em 0520 01 B, de maio dia 20, O
QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do
mês.
Considerado
o quarto e último Doutor da Igreja latina, depois de Santo Ambrósio, Santo
Agostinho e São Jerônimo. Gregório nasceu de uma nobre e rica família romana,
seu pai era o senador Gordianus e sua mãe Silvia. Era bisneto do papa Felix
III. Tornou-se um grande papa.
Sabe-se
que o titulo de papa era dado ao bispo de Roma, que é a única e final
autoridade na Igreja Católica Romana, em todos os assuntos religiosos. O nome
vem da palavra grega PAPPAS que significa pai, usada sempre com muito afeto e
respeito. A chefia do papa assegura a permanência da união dessa extensa
organização universal. É a UNIDADE DE COMANDO, indispensável a todo e qualquer
governo, tanto na guerra, tanto na política como na religião.
Ainda
jovem, foi nomeado governador civil de Roma. Em 575, com 35 anos, renunciou às
honras mundanas e se tornou um humilde monge do mosteiro beneditino por ele
mesmo fundado sobre o monte Celius. De monge foi posto como abade e depois
cardeal-diácono e enviado como representante do papa, à corte do imperador de
Constantinopla. Lá ficou durante seis anos e retornou como secretario da cúria
papal. Com a morte do papa Pelágio, em 590, Gregório foi eleito papa, aos 50
anos.
Depois
de um governo de 13 anos, morreu devido a doenças e ao trabalho incessante. Foi
enterrado na igreja de São Pedro, em Roma. A Igreja o tornou santo e a posteridade lhe
deu o titulo de Grande, por seu nobre caráter e por seus ilustres serviços. Ele
foi o organizador do sistema católico do papado da Idade Média.
Em
seu tempo, a igreja de Constantinopla ainda não estava unida a Roma. E o poder militar
estava com os Lombardos, que eram pagãos ou eram hereges do arianismo. A
situação era de guerra, de desordem, com a peste e a fome. Com sua sabedoria,
Gregório pacificou seus inimigos, convertendo o rei dos Lombardos por
influencia de sua esposa Teodelinde. Com habilidade conseguiu colocar o
imperador de Constantinopla em baixo de sua autoridade pontifical.
Ele
declarou-se “O SERVO DOS SERVOS DE DEUS”, em latim “SERVUS SERVORUM DEI”.
Gregório manteve uma constante amizade com os príncipes Francos, que, como
católicos, eram seus aliados naturais contra os Lombardos, sendo destinados a
ser a espada e o escudo do papa. Na igreja italiana sempre foi um chefe de
verdade. Ele foi muito benevolente para os leigos e para os pobres, mas para o
clero não perdia de vista a mais austera disciplina.
Gregório
foi um infatigável pregador, correspondente e autor. Deixou muitas obras, entre
elas os seus DIÁLOGOS, com as vidas e milagres dos santos da Itália. Ele
aumentou a ordenação e a beleza mística do ritual católico escrevendo hinos
religiosos. A ele é atribuído o CANTO GREGORIANO .O maior título de Gregório
foi a extensão da fé católica no ocidente da Europa. Alem da conversão do rei
Lombardo, trouxe os Visigodos, na Espanha, para a ortodoxia católica e enviou Augustinho
(Austin, depois arcebispo de Canterbury) com 40 monges para fazer a longínqua
Inglaterra entrar na fé católica. Sobre seu túmulo se lê: “ANGLOS AD CHRISTUM CONVERTIT MENTE
BENIGN”, ou “Sua bondade conquistou os ingleses para Cristo”
Com
tantos trabalhos, a nova igreja se fortaleceu para que dirigisse a Europa do
ocidente por mais de mil anos. Na sua plena formação intelectual e moral,
mostrou como o poder da opinião religiosa, como o poder do prestígio do saber,
sem arma e sem violência, pode educar,regular e consagrar os homens livres numa
sociedade de harmonia e paz. A Europa católica é que formou a população mais
adiantada do mundo para o progresso da modernidade. Devemos o que somos nos
dias de hoje, a essa formação moral, intelectual e prática.
Lembrando
esses grandes trabalhadores, nossos antepassados, podemos ver de onde viemos e
para onde vamos.
AMANHÃ:
Hildebrando impõe a sempre memorável humilhação do rei.
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