10 DE MAIO. Paulo
Emílio: vitorioso encerrou a terceira guerra da Grécia e Macedônia
PAULO EMÍLIO
Lucius Aemilius
Paulus; Paullus Macedonicus, Lucius Aemilius
(nasceu cerca do ano
229 antes da nossa era; morreu no ano 160)
GENERAL E
ESTADISTA ROMANO ARISTOCRATA VITORIOSO E DISCIPLINADOR
A
CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra
para a Paz, Cultura e Cooperação
Os guerreiros e
estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês
do calendário histórico-filosófico.
São os representantes
principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo
oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma
vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos
países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria
defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi Roma com suas
qualidades militares e de administração política que conseguiu a conquista de
todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos
num império de paz e de cooperação.
O resultado foi pela
primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou
nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos
a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, que
veio a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.
Esta terceira semana do mês da Civilização Militar
representado pela figura de Júlio César mostra os melhores tipos da fase
inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o Africano, nascido de
família patrícia, sendo o maior general romano antes de César. Ele incentivou a
difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder do Senado na tendência
que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia corrupta e perturbadora sem
poder político, passando a ser apenas consultiva. Cipião é homenageado no
domingo último dia da semana.
Ver o Quadro 0422 01 B
do mês de César a Civilização Militar que mostra os grandes homens
representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.
Paulo
Emilio foi o general romano que venceu a Macedônia em Pydna, encerrando a
terceira guerra da Macedônia, que durou de 171 a 168 antes da nossa era.
O
pai de Paulo, um cônsul romano de mesmo nome, foi morto lutando contra os
cartagineses em Cannae no ano 216.
Paulo-Emilio
era um militar aristocrata do tipo que se tornara, então, raro, por ser ciente
de sua origem nobre, sem interesse nos jogos populares, bom soldado, firme na
disciplina e completamente puro de interesses em presentes e em pilhagem dos
vencidos.
Paulo-Emilio
foi elevado a pretor em 191 e a cônsul em 182. Lutou contra os Lusitanos de 191 a 189 os Ingaunos na
Ligúria em 181.
Com
a derrota de Cartago, a Macedônia se tornou o único estado militar de
importância para fazer face a Roma. As forças romanas tiveram dificuldade em
derrotar a Macedônia, até que o general e cônsul Paulo-Emilio foi encarregado
dessa tarefa importante para a pacificação da Grécia. Ali as lutas internas
entre as diversas cidades-estados recomeçaram, a barbárie se instalando com
lutas e saques constantes.
Foi
como cônsul de novo em 168 que o general Paulo-Emilio derrotou o rei Perseus da
Macedônia em Pydna, junto com seus aliados da Grécia. Ele levou 1000 nobres
gregos como reféns para Roma e fez 150 mil escravos, entre homens, mulheres e
crianças no noroeste da Grécia. Entre os reféns em Roma estava Políbio,
acolhido em casa do general Paulo-Emilio tornando-se o tutor de seus filhos.
A
atividade guerreira desses tempos antigos correspondia a lutas para matar e
saquear. A guerra se destinava a destruir e roubar. O título de “guerreiro”
era, naturalmente, um elogio, tanto mais valioso quanto mais competente e feroz
fosse o assaltante. Hoje estamos numa sociedade industrial pacífica. Guerra
nada produz, só destrói. Guerreiro não pode ser sempre um título elogioso.
A
observação da história de Roma nos mostra que a conquista realizada pelo
império romano foi feita com muitas batalhas sangrentas, resultando em acabar
com as lutas entre os paises assimilados ao domínio romano. Roma fez a paz com
a guerra. Fez, pela força, a PAX ROMANA como grande serviço à sociedade humana.
O
registro dos anais da historia nos faz reviver os trabalhos de nossos
antepassados, suas dificuldades, sua conduta desorientada, em erros e acertos.
É uma notável jornada através dos tempos, em que a família humana evoluiu
constantemente numa caminhada escrita em linhas tortas de conflitos e de
enganos. Quanto maiores foram as dificuldades, mais merecem os nossos avós a
devida admiração pelos heróis de cada época, sem esquecer as pessoas comuns,
como nós mesmos.
É
a família humana, a nossa família. Não estamos sozinhos neste mundo. A
sociedade dos humanos está sempre realizando o comando hegemônico de vida e
morte. Fora da sociedade é o fim, sem retorno.
AMANHÃ: A modernização militar do general romano Mário.
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