09 DE MAIO. Aníbal: chegou aos muros de Roma após uma longa marcha
vitoriosa
ANÍBAL
Hannibal de
Cartago
(nasceu no ano 247
antes da nossa era; morreu no ano 183)
GENERAL
CARTAGINÊS DOS MAIORES COMANDANTES NA HISTÓRIA MILITAR
A
CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra
para a Paz, Cultura e Cooperação
Os guerreiros e
estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês
do calendário histórico-filosófico.
São os representantes
principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo
oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma
vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos
países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria
defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi Roma com suas
qualidades militares e de administração política que conseguiu a conquista de
todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos
num império de paz e de cooperação.
O resultado foi pela
primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão.
Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre;
deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma
civilização homogênea, que veio a ter mais tarde uma religião universal, comum
a todo o continente.
Esta terceira semana do mês da Civilização Militar
representado pela figura de Júlio César mostra os melhores tipos da fase
inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o Africano, nascido de
família patrícia, sendo o maior general romano antes de César. Ele incentivou a
difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder do Senado na tendência
que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia corrupta e perturbadora sem
poder político, passando a ser apenas consultiva. Cipião é homenageado no
domingo último dia da semana.
Ver o Quadro 0423 01 C do mês de César a Civilização Militar que mostra os grandes homens
representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.
Na
Europa antiga as populações mantinham uma guerra continua entre suas tribos. O
que a conquista romana realizou, dominando toda a Europa, resultou num
continente homogêneo e pacífico. Só foi possível manter a paz romana porque os
conquistadores respeitavam a população vencida, tornando a vida de cada pessoa
muito permanentemente mais segura.
Outra
grande nação, Cartago, vinha concorrendo contra as tropas de Roma na conquista
da Europa, numa guerra em que só poderia haver um único vencedor, que teria que
assimilar o vencido, para haver uma paz definitiva. Cartago tentou vencer Roma
em duas guerras, chamadas as GUERRAS PÚNICAS.
A
primeira guerra púnica teve as tropas de Cartago comandadas por Amílcar -
Hamilcar Barca-(cerca 270-228 antes da nossa era), dotado de brilhantes
qualidades militares, mas vencido pelas tropas de Roma.
Amílcar
tinha levado seu filho Aníbal, desde seus 9 anos, ao campo da guerra. Com a
morte do pai, Aníbal, aos 26 anos, o sucedeu no comando na Espanha, onde as
tropas estavam prontas para atacar Roma.
No
ano 218 Aníbal realizou sua longa marcha vitoriosa até chegar aos muros da
cidade de Roma. As numerosas vitórias alcançadas por Aníbal o colocaram como um
dos maiores generais de todos os tempos.
Durante
quatro anos Aníbal ficou no sul da Itália sem ter meios para lançar uma
ofensiva decisiva. Seu valente irmão Asdrúbal veio da Espanha para reforçar sua
posição, mas foi derrotado e morto na grande batalha de Metauro, com que Roma
começou a se livrar do que foi chamado o terror do “feroz africano”.
No
ano de 203 Aníbal foi chamado para defender Cartago, assim deixando a Itália.
Em sua pátria, a vitória de Cipião sobre Cartago no ano seguinte de 202 em
Zama, terminou com a segunda guerra púnica.
Aníbal
ainda procurou recomeçar a luta, mas foi perseguido até que se suicidou com
veneno em Bitinia, no norte da Ásia Menor.
A
longa carreira militar de Aníbal foi tão audaciosa e admirável, que se chegou a
ver em Roma três estátuas de Aníbal.
A
vitória de Roma confirmou seu destino de finalmente levar a paz em toda a
Europa, assimilando e difundindo a cultura da Grécia, junto com sua notável
obra administrativa e com seu valor próprio.
Os
tempos de nossos antepassados foram muito cruéis, com muitas vitórias e
derrotas, muitas mortes e pilhagens.
Lembrando
esse esforço coletivo, ficamos conscientes de nossas origens, e do estudo do
passado podemos sentir o quanto progredimos até chegar aos nossos dias. Temos
assim uma noção de como nosso futuro será muito melhor, ainda.
É
para onde caminha a família humana em todo o globo terrestre. É a nossa
família. Não estamos sozinhos.
AMANHÃ: A disciplina do general romano Paulo Emílio.
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