28 DE MAIO. Teodósio
Imperador: Ele sai ardente na fé cristã das águas do batismo
TEODÓSIO I
Théodose, Theodosius the Great, Flavius Theodosius
(nasceu no ano 347 da
nossa era, em Cauca, Gallaecia, Espanha; morreu em 395, em Mediolanum, Milão,
Itália)
IMPERADOR ROMANO
CRISTÃO DEFENSOR DA ORTODOXIA COM O COMBATE ÀS HERESIAS
A regeneração moral
com a compressão do egoísmo anti-social
O Catolicismo teve uma
ação importante na evolução social da Idade Média: a regeneração moral dos
povos, com a educação dos sentimentos e costumes. Esse resultado foi obtido
estimulando o altruísmo, que é o sentimento gregário, de associação, e
comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal. Assim os
violentos guerreiros se tornaram Cavaleiros para a proteção da mulher, dos
pobres, dos fracos e doentes; ao culto da sua dama e da Mãe de Deus
Verifica-se e fica bem
claro na história o papel das doutrinas religiosas no ensino e consagração para
a proteção, manutenção e aperfeiçoamento da sociedade humana em nome de um
sagrado ser superior divino. As doutrinas anti-sociais perturbam e mesmo levam
à morte da própria congregação religiosa. Essa é a razão do supremo poder de vida
ou de morte da associação humana, suave e sutilmente exercido desde os mais
remotos milênios da evolução da espécie. Os sábios sacerdotes de todas, de
todas as religiões sentiram a força dessa lei sociológica básica. Regra que
obrigou e obriga a todos a eternamente proteger e servir ao grande organismo
social humano em nome de seus adorados e poderosos deuses. Caso contrário,
todos morreriam.
O Calendário Filosófico
indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: na primeira semana os
quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; na segunda
semana a instituição política do papado, com Hildebrando, o papa Gregório VII; na
terceira os fundadores da vida nos monastérios; na última semana o controle e
estímulo da vida moral da população e o surgimento do protestantismo.
HILDEBRANDO
A segunda semana do
mês de São Paulo é presidida por Hildebrando, que tomou o nome de Gregório VII
como papa. Sua biografia está no domingo que encerra a semana. Com Hildebrando
se completa a constituição do Catolicismo no continente europeu como poder
político sem armas. Respeitado por sua cultura, por seu elevado conceito, por
seu exemplo, por meio do ensino e da consagração.
LIBERDADE DE
CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na
história o poder das opiniões, do ensino e da consagração sem armas se torna
livre em relação ao poder coercitivo político armado. É a libertação do Poder
Espiritual, da liberdade de consciência, em relação ao Poder Temporal da
disciplina dos atos. A liberdade dos formadores de opinião foi feita pelo
Catolicismo pela primeira vez na história do mundo. Antes do cristianismo o
poder político era totalitário, não havendo liberdade de consciência em todas
as civilizações passadas. Comprova-se assim que o totalitarismo é de fato um
regime retrógrado e cruel, muito antigo, barbaro.
Desse modo se completa
a instituição política da religião de São Paulo, começada pelo imperador
Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo
estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a
direção de Hildebrando papa Gregório VII.
Ver em 0520 01 B, de maio dia 21, O
QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do
mês.
Teodósio
nasceu na província de Galícia no norte ocidental da Espanha. Filho do general
Flávio Teodósio, foi educado na Espanha e participou nas campanhas de seu pai
contra os Picts e Scots na Bretanha em 369, com 22 anos, contra os Alemanni na
Gália em 370 e contra os Sarmatians nos Bálcãs, que derrotou em 374 tendo então
27 anos.
Seu
pai foi sentenciado à morte e executado devido a intrigas políticas na corte
romana em 376. Então Teodósio, com 29 anos, retirou-se para a Espanha, vivendo
perto de Sevilha, onde tinha nascido.
Quando
o imperador do oriente Valens e dois terços foram destroçados pelos godos em
Andrinopla, o imperador do ocidente, Graciano, chamou Teodósio como o único
capaz de fazer face ao perigo público e o colocou como imperador do oriente, no
ano de 379, com 32 anos.
Depois
de quatro campanhas, terminou habilmente a guerra com os godos, tolerando a sua
permanência no Império, como aliados. Em 387 derrotou Máximo, que se fizera
imperador em Roma. Entrou
em Roma em triunfo, tendo sido o último que o fez, em toda história de Roma.
Teodósio
governou por 3 anos na Itália, retornando a Constantinopla. Mais tarde, em 394,
destruiu adversários pagãos em
Aquilea. Em 395 morreu em Milão, aos 48 anos de idade.
“O
gênio de Roma expirou com ele”, disse Gibbon.
Os
imperadores Valens e Constâcio, que antecederam Teodósio, eram da seita ariana,
que negava a divindade de Cristo. Constantinopla era a principal fortaleza do
arianismo, que dominava o palácio do bispo, a catedral e todas as igrejas.
Teodósio
foi batizado, no primeiro ano de seu governo, na fé da Santíssima Trindade, a
doutrina ortodoxa do catolicismo. Teodósio “saindo todo ardente das fontes do
batismo” fez o seu célebre decreto que declarou que todos os seus governados
teriam que ser “católicos cristãos”, ameaçando todos os dissidentes de castigo
como hereges infames.
O
imperador Teodósio realizou a imposição da doutrina católica pelo poder
político. Essa violência era indispensável para proteger a nova religião das
heresias e do perigo da discussão. Não havendo uma base firme, experimental,
para a narrativa religiosa, a nova igreja era impotente contra as numerosas
heresias e discussões sem fim.
Mesmo
com o politeísmo extirpado como religião pela força policial, muitas
instituições dos pagãos foram introduzidas no culto católico, como a invocação
dos santos protetores no lugar dos deuses antigos, das preces pelos mortos, da
adoração dos túmulos e das relíquias dos santos. Essas práticas não havia no
judaísmo, onde só o deus único era adorado.
Teodósio
começou expulsando os prelados do arianismo e suas congregações. Colocou
Gregório de Naziance como bispo e reuniu o Concilio Geral de Constantinopla em
381, que confirmou em definitivo a doutrina da Trindade. Ao mesmo tempo,
promulgou pelo menos 15 decretos dos mais severos contra ministros, proibindo
as reuniões dos hereges.
Contra
os pagãos foi também muito enérgico, proibindo seus ritos até mesmo o culto dos
seus deuses domésticos. Os sacrifícios foram declarados crimes de alta traição
e deu ordem para destruir os templos pagãos, muitos sendo magníficos espécimes
da arquitetura grega. Essas violências aconselhadas e aprovadas pelos chefes da
Igreja, devem ser tidas como decorrentes do absolutismo monotêico, que
condenava todos os seus predecessores.
O
ultimo conselheiro religioso de Teodósio foi Ambrosio, que impôs ao imperador a
exclusão pública da entrada na Catedral durante oito meses, como penitência dos
massacres que, por sua ordem, foram feitas aos moradores de Tessalônica em 390.
O imperador se submeteu ao castigo.
Teodósio
aceitou, dessa forma, por antecipação, a disciplina feita pelo sacerdócio
católico na Idade Média, então sem poder das armas, apenas pelo poder da
opinião e do prestígio pessoal, uniformemente por toda a Europa do ocidente.
AMANHÃ: A eloqüência de S. Crisóstomo, a boca
de ouro.
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