domingo, 13 de maio de 2012

0511 B OS GRACOS jovens reformadores pela reforma agrária em Roma


11 DE MAIO. OS IRMÃOS GRACOS: jovens estadistas paralisando o poder das minorias


OS GRACOS: LES GRACQUES, THE GRACCHI
Os irmãos Gracos são dois:
Tiberius Sempronius Gracchus, Tibério Graco
(nasceu no ano 169 antes da nossa era; morreu no ano 133, em Roma)
E seu irmão
Gaius Sempronius Gracchus, Caio Graco
(nasceu no ano 160 antes da nossa era; morreu no ano 121, em Furrina, Roma)


ESTADISTAS ROMANOS PELAS REFORMAS CONTRA O PRIVILÉGIO DO SENADO E DOS NOBRES


         A CIVILIZAÇÃO MILITAR
           Guerra para a Paz, Cultura e Cooperação

Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês do calendário histórico-filosófico.
São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi Roma com suas qualidades militares e de administração política que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e de cooperação.
O resultado foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, que veio a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.

Esta terceira semana do mês da Civilização Militar representado pela figura de Júlio César mostra os melhores tipos da fase inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o Africano, nascido de família patrícia, sendo o maior general romano antes de César. Ele incentivou a difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder do Senado na tendência que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia corrupta e perturbadora sem poder político, passando a ser apenas consultiva. Cipião é homenageado no domingo último dia da semana.

Ver o Quadro 0422 01 B do mês de César  a Civilização Militar que mostra os grandes homens representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.


TIBÉRIO GRACO era neto do grande Cipião. Cavalheiresco, simpático e ardente, conseguiu ser eleito tribuno.
Os ricos em Roma não só compravam as terras dos agricultores, mas tomavam o monopólio do poder político, como se fossem os donos do Estado romano, tal como se ele fosse propriedade particular. As primeiras leis agrárias para corrigir esse abuso não foram obedecidas, tornaram-se letras mortas. A produção agrícola, em muitos lugares desapareceu. A Itália estava ameaçada de se tornar um imenso pasto ocupado por pastores.
Pareceu a Tibério Graco que essa era a causa única do declínio político do país, cada dia mais visível, depois que os últimos rivais de Roma sucumbiram na batalha de Pydna no ano 168 antes da nossa era, com a derrota da Macedônia e de seus aliados gregos.
Tibério, super-excitando o entusiasmo popular, fez aprovar uma nova lei agrária que obrigava os nobres a restituir a maior parte das terras públicas que haviam usurpado e as distribuir aos trabalhadores como se eles as usassem por arrendamento e fossem inalienáveis. Esse foi o começo da revolução romana do ano 133 antes da nossa era, que só terminou com o estabelecimento do Império Romano. Mas o Senado, que se submetera no momento da pressão do povo, provocou, antes do fim do ano, um tumulto e executou sem julgamento o jovem reformador.
CAIO DRACO, seu irmão mais jovem, nove anos mais tarde chegou à política sendo entusiasta como ele, porém mais capaz e mais prudente. Estava convencido da idéia de que o primeiro passo para fazer uma reforma qualquer consistiria em dominar diretamente o Senado. Eleito tribuno por dois anos sucessivos, tomou uma série de adequadas medidas dignas de um estadista, assim paralisando o poder das minorias.
Desse modo ficou por algum tempo com um poder de imperador, exceto por não ter o poder militar. Esse foi o seu ponto fraco. O momento chegou em que o apoio popular se esfriou. Caio Draco, herdeiro de Cipião, precursor de César, comprometeu a democracia para estender a todos os italianos o direito de cidadania, mas a democracia não tinha se elevado a tal ponto.
Caio perdeu numa terceira eleição e não tendo nenhuma força armada em sua defesa, morreu, do mesmo modo como seu irmão, vítima da violência da reação política.
A memória dos dois nobres irmãos foi difamada por Cícero e por outros escritores oligárquicos. Mas a memória dos irmãos GRACO brilha, cintilante, inesquecível, na história de Roma por sua luta pela justiça.


AMANHÃ: Anulação do papel do Senado Romano por Cipião.

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