11 DE MAIO. OS IRMÃOS GRACOS:
jovens estadistas paralisando o poder das minorias
OS GRACOS: LES GRACQUES,
THE GRACCHI
Os irmãos Gracos são
dois:
Tiberius Sempronius
Gracchus, Tibério Graco
(nasceu no ano 169 antes da nossa
era; morreu no ano 133, em Roma)
E seu irmão
Gaius Sempronius Gracchus,
Caio Graco
(nasceu no ano 160
antes da nossa era; morreu no ano 121, em Furrina, Roma)
ESTADISTAS
ROMANOS PELAS REFORMAS CONTRA O PRIVILÉGIO DO SENADO E DOS NOBRES
A
CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra
para a Paz, Cultura e Cooperação
Os guerreiros e
estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês
do calendário histórico-filosófico.
São os representantes
principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo
oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma
vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos
países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria
defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi Roma com suas
qualidades militares e de administração política que conseguiu a conquista de
todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos
num império de paz e de cooperação.
O resultado foi pela
primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão.
Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre;
deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma
civilização homogênea, que veio a ter mais tarde uma religião universal, comum
a todo o continente.
Esta terceira semana do mês da Civilização Militar
representado pela figura de Júlio César mostra os melhores tipos da fase
inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o Africano, nascido de
família patrícia, sendo o maior general romano antes de César. Ele incentivou a
difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder do Senado na tendência
que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia corrupta e perturbadora sem
poder político, passando a ser apenas consultiva. Cipião é homenageado no
domingo último dia da semana.
Ver o Quadro 0422 01 B
do mês de César a Civilização Militar que mostra os grandes homens
representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.
TIBÉRIO GRACO era neto do grande Cipião. Cavalheiresco, simpático
e ardente, conseguiu ser eleito tribuno.
Os ricos em Roma não só compravam as terras dos agricultores, mas
tomavam o monopólio do poder político, como se fossem os donos do Estado
romano, tal como se ele fosse propriedade particular. As primeiras leis
agrárias para corrigir esse abuso não foram obedecidas, tornaram-se letras
mortas. A produção agrícola, em muitos lugares desapareceu. A Itália estava
ameaçada de se tornar um imenso pasto ocupado por pastores.
Pareceu a Tibério Graco que essa era a causa única do declínio
político do país, cada dia mais visível, depois que os últimos rivais de Roma
sucumbiram na batalha de Pydna no ano 168 antes da nossa era, com a derrota da
Macedônia e de seus aliados gregos.
Tibério, super-excitando o entusiasmo popular, fez aprovar uma
nova lei agrária que obrigava os nobres a restituir a maior parte das terras
públicas que haviam usurpado e as distribuir aos trabalhadores como se eles as
usassem por arrendamento e fossem inalienáveis. Esse foi o começo da revolução
romana do ano 133 antes da nossa era, que só terminou com o estabelecimento do
Império Romano. Mas o Senado, que se submetera no momento da pressão do povo,
provocou, antes do fim do ano, um tumulto e executou sem julgamento o jovem
reformador.
CAIO DRACO, seu irmão mais jovem, nove anos mais tarde chegou à
política sendo entusiasta como ele, porém mais capaz e mais prudente. Estava
convencido da idéia de que o primeiro passo para fazer uma reforma qualquer
consistiria em dominar diretamente o Senado. Eleito tribuno por dois anos
sucessivos, tomou uma série de adequadas medidas dignas de um estadista, assim
paralisando o poder das minorias.
Desse modo ficou por algum tempo com um poder de imperador, exceto
por não ter o poder militar. Esse foi o seu ponto fraco. O momento chegou em
que o apoio popular se esfriou. Caio Draco, herdeiro de Cipião, precursor de
César, comprometeu a democracia para estender a todos os italianos o direito de
cidadania, mas a democracia não tinha se elevado a tal ponto.
Caio perdeu numa terceira eleição e não tendo nenhuma força armada
em sua defesa, morreu, do mesmo modo como seu irmão, vítima da violência da
reação política.
A memória dos dois nobres irmãos foi difamada por Cícero e por
outros escritores oligárquicos. Mas a memória dos irmãos GRACO brilha,
cintilante, inesquecível, na história de Roma por sua luta pela justiça.
AMANHÃ: Anulação do papel do Senado Romano por Cipião.
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