FEVEREIRO
16. Juvenal: O ideal de virtude na poesia de suas sátiras
JUVENAL
Juvenal,
Decimus Junius Juvenalis
(nasceu
cerca do ano 60 de nossa era em Aquino, Itália; morreu cerca do ano 130)
FAMOSO
POETA SATÍRICO ROMANO DA VIRTUDE E DA SIMPLICIDADE
O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia
Sacerdotal do Oriente
Na Grécia a arte
coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi
eliminado o total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes
das teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
A arte gera emoções,
cria visões de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de
antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural,
criado por humanos em sociedade.
A terceira semana se compõe de autores cômicos e satíricos
da Grécia e de Roma,
porque, nesse gênero a obra dos romanos
pode ser comparada à
dos gregos. Isso não acontecia no caso
da tragédia e nas
artes da forma. Os autores de fábula aqui figuram
por continuarem a
comédia dos costumes humanos. A semana
tem como chefe Aristófanes, que a termina.
Ver em 0129 C Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.
Veja em 0101 00 (código para JANEIRO 01) a apresentação
e a fonte do Calendário Filosófico.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
JUVENAL (60-130 dC), o mais
conhecido poeta satírico romano,
nasceu em Aquino, no sul da Itália. De sua vida conhecemos pouco, mas suas
palavras se tornaram famosas. Entre elas, “o
pão e o circo”, que os demagogos oferecem para enganar o povo.
Sabemos que ele escreveu no fim dos anos do primeiro século da
nossa era e que esteve por pouco tempo na carreira militar. Mais tarde ele
perdeu a amizade do imperador Domiciano e foi exilado para o Egito, voltando no
fim da vida, quando se tornou protegido do imperador Adriano. Ele foi o mais enérgico dos poetas satíricos de
Roma e dirigiu os seus ataques contra os vícios sociais do Império Romano.
Todas as suas sátiras mostram uma profunda antipatia contra o
sistema imperial e lamenta a queda dos costumes e o fim da constituição
republicana, do tempo em que os romanos formavam um grupo unido e forte com
gostos simples e hábitos de sérios guerreiros.
Juvenal sente as vantagens do Império Romano, mas insiste sobre os
males e os abusos trazidos pelos costumes estrangeiros e sobre um estado de paz
que não servia ao progresso da nação. Coloca os recursos da sátira contra os
grupos de gregos espertos e sem escrúpulos que eram capazes de tudo fazer para
ganhar dinheiro.
Ele descreve o excesso de luxo de toda sorte, o culto do ouro e
dos interesses materiais, a degradação das antigas famílias, a arrogância e a
ostentação dos novos ricos. Juvenal lamenta a extensão de superstições novas e
degradantes, principalmente entre as mulheres. Ele insiste especialmente sobre
o enfraquecimento dos antigos laços sociais, a mudança no caráter das mulheres,
a corrupção da juventude, a desunião da família.
Juvenal
ficou conhecido por suas sátiras, 16 das quais são conhecidas. O seu estilo é brilhante, notável
por pequenas descrições bem feitas. Ele escreveu por cerca de 30 anos a partir
do ano 98 da nossa era, ficando famoso por seus ataques severos contra os
excessos e vícios da sociedade do Império Romano. Com isso ele dá uma descrição
detalhada da vida em Roma, no seu tempo. Muitas das sátiras mostram profunda
simpatia pelos pobres e muito desagrado pelos ricos. Os textos de Juvenal fazem
contraste como a obra do anterior poeta romano Horácio, que produziu sátiras
com um ridículo gentil.
O estilo de
Juvenal tornou-se uma técnica literária ao fazer a crítica amarga com ironia, no
julgamento do governo e da sociedade com ataques pessoais, indignação e
pessimismo. Esse modo de escrever passou a ser chamado de “sátira juvenaliana” e tem entre autores modernos representantes
conhecidos, como Samuel Johnson no poema London
e em The Vanity
of Human Wishes, A Vaidade dos
Desejos Humanos, e Jonathan Swift com as suas Viagens de Gulliver.
Nas suas últimas sátiras, Juvenal reúne suas acusações vigorosas e muitas vezes pessoais com passagens de grande beleza, nas quais
ele descreve o ideal da existência
virtuosa e dos costumes simples.
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