20 DE SETEMBRO.
Voltaire: o hostilizado chefe mais típico da literatura francesa
VOLTAIRE
Pseudônimo de François-Marie Arouet
(nasceu em 1694, em
Paris; morreu em 1778, em Paris, França)
GRANDE
DRAMATURGO FRANCÊS DE TRAGÉDIAS HISTÓRICAS
Estética
parte da Filosofia para a
idealização, para a emoção
O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o
conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se
a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada
da realidade, dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo
da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim
como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar,
estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de
classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos
simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos
complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou
individual na psicologia.
O mundo antigo era a muitos
respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A
sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais
estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em
fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização
medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de
revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico
independente.
Nesta segunda semana do Calendário
estão como representantes desta fase da evolução social aqueles mestres do
drama histórico que pintaram os tipos tomados do passado de preferência a
caracteres puramente imaginários. Desse modo aqui Schiller é colocado ao lado
de Corneille, assim como na semana passada Goethe foi colocado ao lado de
Calderon. A semana tem como chefe Corneille.
Ver em 0910 C O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama
Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
VOLTAIRE (1694-1778) foi o nome literário adotado na idade de 24
anos pelo filho mais novo de François Arouet, tabelião em Paris e de
tradicional família do Poitu. Ele nasceu em Paris em 1694 e foi educado pelos
jesuítas no colégio aristocrático de Louis-le-Grand onde se destacou logo por sua
audácia e seu talento.
Voltaire é homenageado neste calendário, que é um instrumento
educativo resumido da longa evolução construtiva de nossa sociedade em todos os
seus aspectos, na arte, no saber da filosofia e na tecnologia, na indústria.
Voltaire está aqui como escritor de peças teatrais, como dramaturgo e não como
filósofo. Como pensador e crítico, Voltaire não teve um papel intelectual
construtor. Muitos outros personagens históricos que não tiveram uma obra
construtiva não têm lugar no calendário.
A proposta de Voltaire foi destruir a religião, mantendo a
monarquia. Jean-Jacques Rousseau foi o divulgador, não o criador, da proposta
invertida de manter a religião, destruindo a monarquia. Mas os filósofos
modernos têm o desafio de construir tanto a nova formação da opinião em
liberdade como o moderno regime político com unidade de comando.
Voltaire produziu imensa quantidade de escritos, mas aqui se
mostram apenas a suas peças de teatro, como arte, de sua fecunda obra, feita
numa longa vida de 84 anos, como poeta dramático.
Voltaire após os seus estudos foi logo admitido na companhia dos
jovens nobres brilhantes e dissolutos. Por duas vezes ficou preso na fortaleza
da Bastilha e por duas vezes foi agredido a pauladas pelas vítimas de seu
espírito crítico maldizente.
Com a idade de 32 anos foi para a Inglaterra onde ficou por três
anos, talvez os anos mais importantes de sua vida, que lhe deram a chave de sua
futura carreira. Depois, durante vinte anos, ele se ocupou principalmente da
poesia.
Voltaire passou a maior parte de seu retiro na fronteira, em Ciry,
no castelo de Madame du Châtelet. Quando ela morreu em 1749 ele foi visitar o
imperador Frederico o Grande da Prússia, em Berlin, onde viveu por três anos.
Em 1755 ele fixou residência perto do lago de Geneva e se dedicou inteiramente
à sua inesgotável atividade literária até 1778. Nesse ano ele fez uma entrada
triunfal em Paris, depois de 28 anos de ausência. Três meses depois, ele morreu
com a idade de 84 anos, em maio de 1778.
A hostilidade do rei Luis XV, de sua corte e dos jesuítas forçaram
o chefe mais típico da literatura francesa a passar quase toda sua vida fora de
sua pátria ou em qualquer retiro obscuro, tendo quase todas as suas obras
características publicadas no estrangeiro.
Até hoje se recomenda a leitura de nove de suas tragédias: Brutus, Zaïre, Alzire, Mérope, Semiramis,
Oreste, Rome Sauvée, l’Orphelin de la
Chine e Tancredo. Recomenda-se também seu texto Século de Luiz XIV.
Voltaire deixou de produzir apenas poesia para fazer de seu teatro
histórico um instrumento de libertação espiritual. Pregava o fim da opressão
religiosa retrógrada e de uma autocracia cruel sem limites.
Desse modo, Voltaire se coloca entre os benfeitores permanentes do
gênero humano na qualidade de grande poeta dramático.
AMANHÃ: O único poeta criador que encanta pela ternura e pela
emoção: Metastásio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário