15 DE SETEMBRO.
GOETHE: idealização dos enganos e sofrimentos da dúvida moderna
GOETHE
Johann Wolfgang von Göthe, -von Goethe
(nasceu em 1749, em
Frankfurt am Main, Alemanha; morreu em 1832, em Weimar, Alemanha)
NOTÁVEL SÁBIO POETA
E PENSADOR ALEMÃO AUTOR DO DRAMA DE “FAUST”
Estética
parte da Filosofia para a
idealização, para a emoção
O motor da ação humana é o sentimento
Estética é a teoria da arte, o
conjunto dos princípios fundamentais da arte. É apresentada também como a filosofia da arte.
Define-se
a arte afirmando que:
arte é a representação idealizada
da realidade, dos seres e dos acontecimentos.
O objetivo
da arte é cultivar o nosso sentimento, da emoção de perfeição, do belo. Assim
como a ciência explica a realidade, a arte embeleza o real para emocionar,
estimulando o sentimento social, a compaixão, o altruísmo.
Em ambos os casos, a tarefa de
classificação tanto na ciência como na arte se faz começando pelos objetos
simples do mundo exterior ao homem. Em seguida se eleva gradualmente aos
complicados fatos da vida e da natureza humana, coletiva na sociologia ou
individual na psicologia.
O mundo antigo era a muitos
respeitos mais favorável do que a modernidade à produção da grande poesia. A
sociedade era mais homogênea e mais harmoniosa em sua constituição, também mais
estável e mais regular em seu movimento.
Na modernidade nos encontramos em
fase de transição, em tempos de revolução, ao passar de uma civilização
medieval para uma civilização científica e industrial. Mas, apesar do clima de
revolta, triunfos esplendidos foram conseguidos pelo gênio artístico
independente.
A primeira semana do mês do Drama
Moderno compreende os autores dramáticos puros, os grandes sucessores de
Shakespeare, desde Lope de Vega a Goethe. Nessa classe se encontram criadores
do drama de imaginação que nos representam um mundo ideal povoado de seres
fictícios. O chefe de semana é Calderon.
Ver em 0910 C O QUADRO DO MÊS DE SHAKESPEARE, o Drama
Moderno, com todos os grandes tipos humanos do mês.
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
Goethe (1749-1832) recebeu uma boa educação de seu pai, que, aos
16 anos, o enviou para Leipzig na esperança de torná-lo um advogado. Depois foi
à Universidade de Strasburgh onde encontrou o filósofo Herder (1744-1803), cujo
espírito filosófico e elevada cultura muito o estimularam.
Seu pai, que era filho e neto de trabalhadores, destacou-se nas
universidades, tornou-se doutor em Direito, viajou muito, colecionou obras de
arte e finalmente se estabeleceu em sua cidade natal onde ele chegou a ser do
conselho do império da Prússia. Era um homem de caráter enérgico, de espírito
forte e severo.
A mãe de Goethe, Katharine Elisabeth Textor, filha do
Bürgermeister, o prefeito de Frankfurt, era de uma sociabilidade nobre e ampla,
tanto pessoal como pública, e, com sua filha Cornélia, foi sempre associada à
memória do poeta. Ela colocou seu filho em contato com as mais importantes e
ricas figuras da cidade.
Em 1775 Goethe foi convidado por Karl August, o jovem duque de
Weimar, para residir em sua corte. Uma sólida amizade, de nobre caráter, se
formou entre os dois, e, com todas as formas de uma subordinação respeitosa,
Goethe fez a administração do ducado por um longo período. Ali ele encontrou
Wieland (1733-1813), conhecido poeta. Herder chegou pouco tempo depois e se
tornou o principal orador da corte e, em 1799, o poeta Schiller (1759-1805) veio
ali morar. Weimar veio a ser, por alguns anos, o centro da cultura alemã e o
mais importante da Europa depois do fim da Revolução Francesa.
Goethe, a partir de 1794, com a ajuda de Schiller, decidiu se
dedicar à obra que lhe pareceu a mais importante, que é a manifestação de um
objetivo mais elevado da vida e do pensar, através da arte ideal, em especial
por meio do teatro e do ideal de unidade pela ciência.
Ele escreveu vários poemas dramáticos, como Goetz de Berlinchingen
em 1771, Egmont em 1787 e Tasso em 1789. O Faust já estava em começo, mas longe
de ser terminado. As peças teatrais de Lessing e de Schiller foram compostas em
Weimar, sofrendo a rigorosa revisão de Goethe.
O plano de Goethe em Weimar era fazer representar as obras-primas
de todos os gêneros e de todos os países, no que elas tinham de excelentes. Foi
assim que ele colocou em cena várias peças de Voltaire, Racine, de Shakespeare
e de Calderon. Mas Goethe continuava a trabalhar nas duas obras que ocuparam a
maior parte de sua vida: Wilhelm Meister e o Faust. Essa fase de sua vida foi
apenas o começo.
A riqueza da obra de Goethe não pode ser resumida em poucas
linhas. O resultado de seu prodigioso trabalho são centenas de peças teatrais,
de poemas, de crítica, de pesquisa científica. Foi o mais sábio dos poetas, com
largo conhecimento enciclopédico.
No começo de sua vida, dois dos grandes pensadores modernos,
Espinosa e Diderot exerceram sobre ele uma grande influência. Ele tomou um vivo
ardor pela pesquisa em biologia, então uma ciência nova e em desenvolvimento,
ficando na frente dos investigadores que mostraram que as formas de vida
vegetal e animal procediam de uma evolução gradual e não por uma criação
mágica, brusca.
Em resumo, o objetivo da vida de Goethe foi a desenvolver a
cultura em seu sentido mais amplo e profundo. Escolher o melhor em tudo e
rejeitar o medíocre e o inferior, esse o que desejava para ele e para o mundo.
Claramente Goethe procurou esse fim, apesar das tempestades da paixão, com uma
independência completa de preconceitos de crença ou de estreito nacionalismo,
reconhecendo os limites da vida humana e sua insuficiência.
O drama do Faust, a obra-prima de sua vida inteira, mostra o
resumo de sua experiência extraordinária. E mostra uma idealização dos
dolorosos enganos e sofrimentos da dúvida que se estabelece no ceticismo da
modernidade.
AMANHÃ:
Uma
sublime arte, visão psicológica e seu padrão moral: Calderon de la Barca.
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