07 DE SETEMBRO.
Coulomb: o atrito nas máquinas e na
resistência das cordas
COULOMB
Charles-Augustin
de Coulomb
(nasceu
em 1736, em Angoulême; morreu em 1806, em Paris)
FÍSICO E
ENGENHEIRO FRANCÊS PIONEIRO NA PESQUISA DA ELETRICIDADE E MAGNETISMO
A INDÚSTRIA MODERNA
Nos últimos anos da idade média
foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura
do feudo e a seu barão.
FORMAÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO
A atividade nos burgos pelos
artesãos libertados do trabalho agrícola no feudo produzia o que era de
necessidade imediata. Desse modo foi iniciada a organização inicial da
indústria e do comercio.
A partir do século XI, a partir do
ano 1001, na Europa católica já foi
reconhecida a indústria moderna, instituída no sistema econômico do
capitalismo. Que a seguir foi empregado com sucesso em todo mundo
ocidental. Desde antiguidade no comércio a troca era feita em liberdade pelos proprietários das mercadorias que ficavam com os
lucros e as perdas do negócio. Tentar a eliminação do capitalismo é um atraso
de mais de mil anos. É um erro bárbaro totalitário que empobrece a sociedade em
todos os países.
Nesta
quarta semana do mês o chefe é Montgolfier, com biografia no domingo que
encerra a semana. Aqui são lembradas as descobertas industriais que nos tempos
modernos se desenvolveram com fecundidade. A partir desses trabalhos o homem
aprendeu a voar, os rios passaram a ser usados para muitas tarefas, as plantas
e os animais foram sistematicamente estudados e modificados e as técnicas foram
muito aperfeiçoadas. A tecnologia progrediu pelo desenvolver da ciência e com
sua aplicação permitindo a submissão às leis naturais. Resultou da aplicação das
leis abstratas, das regras e das normas sucessivamente estabelecidas pela
leitura do livro da natureza, isto é, pelas lições da experiência obtida pelos
sentidos.
O aparente domínio da natureza foi na realidade uma submissão
às leis abstratas infalíveis que governam cada categoria de fenômeno observado nos seres concretos. A submissão é sempre a base do aperfeiçoamento. O
progresso permanente não resulta do conflito, da luta ou da guerra. Resulta da
cooperação entre as gerações e da solidariedade entre os vivos, movida pelo
sentimento social, sentimento gregário, que Augusto Comte batizou de altruísmo.
Ver em
0813 01 C Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria
Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.
NOSSOS
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores
figuras humanas na antiguidade
que
prepararam a civilização do futuro.
COULOMB
(1736-1806) nasceu em Angoulême, no Charente,
oeste da França.
Nos
primeiros anos de sua vida trabalhou como engenheiro militar, servindo na ilha
de Martinica, colônia francesa nas Índias Ocidentais, no Caribe. Depois foi
para Rochefort, Aix e Cherbourg, na França.
Coulomb
realizou uma pesquisa sistemática do atrito nas máquinas e sobre a resistência
das cordas. Publicou seu relatório em 1781, que lhe deu uma alta reputação científica.
Desde então se tornou conhecido por seu bom caráter e por sua competência.
Ele
pertenceu à comissão oficial para fazer o novo sistema métrico de pesos e
medidas. Mais tarde, o governo da Revolução Francesa afastou Coulomb dessa
comissão, junto com Borda, Lavoisier, Laplace e outros cientistas. Coulomb
retirou-se para Blois, no Loir-et-Chair, dedicando-se à pesquisa científica. Em
1802 foi indicado para ser Inspetor da Instrução Pública.
Coulomb
também pesquisou a lei do inverso do quadrado na força de atração e repulsão
dos pólos magnéticos, com resultados que foram a base para a teoria matemática
das forças magnéticas de Siméon-Denis Poisson. Ele estudou ainda a elasticidade
do metal e das fibras de seda.
A
noção da resistência à força de corte de um material, da força de cisalhamento,
foi introduzida em 1713 pelo matemático francês Antoine Parent. Mas foi Coulomb
quem desenvolveu a questão, tanto no estudo das vigas como no esforço e ruptura
do solo, em 1773 e depois, em 1779, no estudo do atrito de deslizamento.
Um
grande serviço prestado por Coulomb para o progresso da ciência foi sua
investigação matemática e experimental sobre a distribuição da eletricidade e
da força produzida pelas cargas elétricas. Ele inventou uma balança de torção
muito sensível para medir a força entre os corpos eletrizados. Por meio da
balança ele estabeleceu a LEI DE COULOMB, que relaciona a força produzida com a
carga elétrica e a distância entre os corpos.
A
lei de Coulomb diz que:
“a força exercida entre duas cargas elétricas é tanto maior quanto o
produto da multiplicação das cargas e tanto menor quanto for o quadrado da
distância entre as cargas”. Essa lei pode ser explicada de outra forma: “A
força entre duas cargas elétricas é proporcional ao produto das cargas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.” A força entre
as cargas elétricas é uma das importantes forças relacionadas nas reações
atômicas.
A
contribuição científica de Coulomb teve grande valor nesse tempo de estudos
iniciais da eletricidade e do magnetismo. Em reconhecimento por seus serviços,
a unidade de carga elétrica recebeu o seu nome: COULOMB.
Deve-se
notar que a lei de Coulomb relaciona as PROPRIEDADES das COISAS. As
propriedades ou atributos dos seres não são COISAS, não são objetos concretos,
são fenômenos, aparências, são ABSTRAÇÕES. Portanto, a lei é uma relação
abstrata, que liga a força, as cargas, as distâncias. Em abstrato, a relação é
constante. Ao aplicar a lei na prática, as medidas podem apresentar diferenças
pelos erros na medição, uma vez que todo aparelho de medição tem sua faixa de
erro, de precisão. Sabe-se que toda medição contém o erro que todo aparelho de
medida tem.
A
ciência abstrata, com suas leis, é que permite a PREVISÃO. Quando há uma relação entre os fenômenos ou
acontecimentos, pode-se prever o que vai acontecer sabendo-se os dados. Com
alguns dados, pode-se prever o resultado. Na ciência que apenas descreve os
seres, as coisas, como na Zoologia ou na Botânica, classificando os animais ou
as plantas, não há leis abstratas. Não é uma ciência abstrata, é uma ciência
descritiva, sem previsões, mas de utilidade básica, indispensável, na
representação do mundo concreto.
AMANHÃ: Reflexões sobre a
metafísica do cálculo infinitesimal: le Grand Carnot.
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