28 DE ABRIL
Fócion: general e estadista de greande
habilidade estratégica e tática
FÓCION
Phocion
(nasceu no ano 402
antes da nossa era; morreu no ano 319)
ESTADISTA E
MILITAR ATENIENSE AMANTE DA PAZ GRANDE DEFENSOR DA GRÉCIA
A
CIVILIZAÇÃO MILITAR
Paz,
Cultura e Cooperação
Os guerreiros e
estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês
do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da
civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental,
teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais
laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam
em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua defesa, sempre
procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a
conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os
pequenos povos num império de paz e cooperação. O resultado foi pela primeira
vez uma paz de longa duração num
território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que
permanece para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as
condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde um religião
universal, comum a todo o continente.
A primeira semana
comemora a obra política e militar da Grécia antiga que repeliu os ataques da
teocracia persa de forma permanente, defendendo a nossa civilização ocidental.
A semana se encerra no domingo com Temístocles, o seu representante principal.
Ver o Quadro 0423 01 C
do mês de César a Civilização Militar que mostra os grandes homens
representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
Phocion foi aluno na Academia de Platão. Mais
tarde, foi muito amigo do filosofo platônico Xenocrates. Phocion teve uma longa
vida, com numerosos e corajosos serviços prestados.
Phocion tinha uma expressão facial impassível,
imperturbável. Nunca era visto alegre ou triste. No exército ele marchava
descalço e sem agasalhos, a não ser em dias muito frios de inverno..
Era gentil e bondoso, sempre com o rosto rígido e
sério. Sua fala era curta e direta ao ponto, no estilo de espartano, com poucas
palavras, conciso. Aquilo que ele dissesse era feito sempre com muito bom
senso.
Zeno disse que um filósofo não deveria falar a não
ser que suas palavras estivessem bem cheias de significado. Assim era o modo de
falar de Phocion.
Phocion falava bem. Mas, na época, Demóstenes era
tido como o maior orador. Mas Phocion era o orador mais poderoso.
Na mocidade, ele serviu como o tenente do general
Chabrias, de Atenas. Por seus serviços, tornou-se um oficial indispensável.
Phocion participou de muitas campanhas nas guerras internas na Grécia e na
Pérsia.
Destacou-se como militar, dirigindo várias ações
como general no comando, mostrando extraordinária habilidade estratégica e
tática. Sabe-se que estratégia define o que deve ser feito. Tática estabelece o
modo como fazer.
Alexandre o Grande, da Macedônia, pediu certa vez o
conselho de Phocion. Phocion lhe disse que Alexandre deveria procurar a paz.
Mas, se seu desejo fosse a gloria, então ele deveria fazer a guerra, não dentro
da Grécia, mas contra os bárbaros, contra os persas. Foi atendido com respeito.
Entre os anos 322 e 318 dirigiu o governo de Atenas
com moderação e com reconhecida honestidade pessoal. Em 319 ele foi deposto,
acusado de traição e executado por envenenamento por revoltados na luta pela
restauração da democracia. A morte foi sem sepultura ou cremação.
Pouco tempo depois, os atenienses decretaram seu
sepultamento oficial e a ereção de uma estatua em sua honra.
Em política,
a Grécia antiga mostrava uma turbulência desenfreada, como decorrência da falta
de um objetivo comum das cidades-estados da Grécia.
O resultado foi que demagogos, exploradores
medíocres do povo, tomavam o poder. O governo só passava para mãos competentes
em situações de grande perigo. Nas horas de incerteza é que se pode notar a
desordem política que havia, pela ingratidão das decisões da multidão
desgovernada, na nova democracia grega. Os melhores servidores recebiam da
desordem geral, muitas vezes, a humilhação e até a morte sem direito a defesa.
O ostracismo, que, em Atenas, fazia o desterro por
dez anos dos cidadãos influentes, mostra como foram desregrados e confusos os
costumes resultantes da democracia populista e demagógica na Grécia.
Famosos foram os casos dos assassinatos de Sócrates
e de Phocion, importantes e respeitáveis figuras da guerra, da cultura e da
política.
A falta de gratidão do povo sem governo e a
desordem política na Grécia antiga, nos leva a admirar muito mais os grandes e
notáveis chefes, que, voluntariamente, se dedicaram ao serviço de todo o povo
grego e colaborando na longa evolução da sociedade humana.
Esse devotamento, essa dedicação, é uma comprovação
histórica de serem os homens dotados, por sua natureza, de bons sentimentos, de
afeição ao conjunto da sociedade humana.
O sentimento da associação humana é o verdadeiro
motor da história. Esse sentimento é o altruísmo, inato nos humanos.
A constante dedicação ao progresso da sociedade dos
homens foi quase sempre feita sem interesse, sem esperar qualquer recompensa
oferecida pelos deuses. A recompensa consistia somente no prazer de servir. No
prazer decorrente do sentimento social, decorrente do altruísmo.
AMANHÃ: Temístocles mestre da estratégia grega.
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