23 DE ABRIL: Milcíades a civilização ocidental livre do retrocesso
da teocracia
MILCÍADES
Miltiades the
Younger
(nasceu cerca do ano
550 antes da nossa era, em Atenas, Grécia; morreu cerca do ano 490, em Atenas)
GENERAL GREGO
VENCEDOR DA BATALHA DE MARATONA CONTRA A TEOCRACIA PERSA
A
CIVILIZAÇÃO MILITAR
Paz,
Cultura e Cooperação
Os guerreiros e
estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês
do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da
civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental,
teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais
laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países
viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua defesa, sempre
procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a
conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os
pequenos povos num império de paz e cooperação. O resultado foi pela primeira
vez uma paz de longa duração num
território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que
permanece para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as
condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde um religião
universal, comum a todo o continente.
A primeira semana
comemora a obra política e militar da Grécia antiga que repeliu os ataques da
teocracia persa de forma permanente, defendendo a nossa civilização ocidental.
A semana se encerra no domingo com Temístocles, o seu representante principal.
Ver o Quadro 0423 01 C
do mês de César a Civilização Militar que mostra os grandes homens
representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
Milcíades (550-490) foi o general grego que levou
os atenienses à vitória na famosa batalha de Maratona, no ano de 490 antes da
nossa era.
É o tempo em que os gregos resistem e depois vencem
a teocracia Persa. Nas teocracias o governo absoluto fica com a casta dos
sacerdotes do politeísmo. O politeísmo teocrático é a forma religiosa mais
completa, mais estável e mais duradoura. Essa religião deixou grandes
monumentos e templos de grande porte. Se a teocracia vencesse a Grécia,
governada pelos militares, livre dos sacerdotes, a cultura européia ficaria
estagnada por anos ou por séculos.
A vitória na batalha de Maratona marca o começo da
defesa da Europa pelo pequeno contingente grego contra a invasão do exército da
teocracia persa, comandado por Dario o Grande.
Milcíades comandou os gregos na luta na planície de
Maratona, quando os navios de Dario lá desembarcaram. Ele decidiu atacar os
invasores. Ou poderia fugir, para mais tarde defender Atenas.
A forma vitoriosa usada por Milcíades foi atacar os
persas quando ainda começavam o desembarque de suas tropas e de sua perigosa
cavalaria. Os inimigos, ao descerem dos navios, estavam, então, sem defesa e
incapazes de reagir.
Milcíades atacou a infantaria persa por mais de um
quilômetro pela planície de Maratona, em que morreram 6400 persas, tomando 7
navios, com apenas 192 mortos entre os gregos.
Os persas embarcaram de novo e fugiram.
O grande herói da batalha foi Milcíades, jamais
esquecido por seus compatriotas e para sempre honrado pela humanidade.
A importante vitória de Maratona levou os gregos,
mais tarde, dez anos depois, a enfrentar e vencer os poderosos guerreiros
persas na batalha naval de Salamina. A Europa, que produziria, na modernidade,
a mais avançada civilização da sociedade, ficou, assim, livre do perigo de
retrocesso representado pelas teocracias da Ásia central.
Hoje se usa o nome de maratona para a corrida de
longa duração, como a que foi feita pelo mensageiro que levou a notícia da
vitória de Maratona até Atenas.
O venerável poder da civilização da teocracia
antiga ficou, para sempre, incapaz de ameaçar a evolução da sociedade humana.
AMANHÃ:
Leônidas e os espartanos que nunca se rendem.
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