23 DE ABRIL. César: a unidade
de comando na Civilização Militar, o Senado sem poder
QUINTO MÊS DO
CALENDÁRIO FILOSÓFICO
CÉSAR
Gaius
Julius César, Caio Júlio César
(nasceu no ano 100
antes da nossa, era em Roma; morreu no ano 44, em Roma)
GENERAL ROMANO
CRIADOR DO IMPÉRIO NÃO HEREDITÁRIO COM SUCESSÃO PELO MÉRITO
A
CIVILIZAÇÃO MILITAR
Paz,
Cultura e Cooperação
Os guerreiros e
estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês
do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da
civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental,
teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais
laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países
viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua defesa, sempre
procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a
conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os
pequenos povos num império de paz e cooperação. O resultado foi pela primeira
vez uma paz de longa duração num
território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que
permanece para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as
condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde um religião
universal, comum a todo o continente.
A primeira semana do
mês de César comemora a obra política e militar da Grécia antiga que repeliu os
ataques da teocracia persa de forma permanente, defendendo a nossa civilização
ocidental. A semana se encerra no domingo com Temístocles, o seu representante
principal.
Ver o Quadro 0423 01 C
do mês de César a Civilização Militar que mostra os grandes homens
representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
JULIO
CÉSAR (100-44 aC) general e estadista romano, o homem que lançou o governo de
comando único pessoal do império de Roma, um governo em que a sucessão da maior
autoridade era feita por escolha do mérito, não por sucessão hereditária, sendo
um governo vitalício, até a morte. O senado ficou para sempre apenas
consultivo, sem poder. O império romano foi, portanto, um presidencialismo sem
parlamento, vitalício, com sucessão por indicação do governante que se retira.
O império romano, não hereditário, nos dá uma lição como funciona um governo
com unidade de comando e com apoio popular.
César,
mesmo sendo nascido de família aristocrática, sempre esteve no partido popular.
Ele recebeu a simpatia do povo e ganhou grande popularidade. César foi um homem
extraordinário e um dos mais importantes tipos humanos. Foi um homem
sofisticado, um bom escritor, bom historiador, um intelectual e um orador dos
melhores, competindo em igualdade com Cícero, um dos maiores oradores de Roma.
E, ao lado desses valores, foi um dos mais temidos e vitoriosos guerreiros. Sua
grande simpatia pessoal recebia a lealdade de todos, homens e mulheres, e
conseguia apoio tanto nas reuniões políticas como recebeu a lealdade de seus
soldados.
César
reuniu uma inteligência sem igual a uma vontade forte, decidida, sem hesitação.
Sua constante e merecida ambição recebeu uma realização constante e resoluta.
Ao lado dessas qualidades possuía um profundo conhecimento de si mesmo, de seus
amigos e de seus adversários, tomando assim a completa visão da situação
política da época. Assim tornou-se um grande e vitorioso general e um tipo
humano dos mais admirados.
A
civilização mais adiantada dos tempos mais recentes se desenvolveu na Europa do
ocidente, com países como a Itália, a França, a Espanha e Inglaterra. Foi a
Europa que deixou de fazer guerra entre seus povos, com a pacificação feita
pelos romanos, depois educada pela fé do Catolicismo de Roma. Hoje, essa
cultura ocidental mais avançada se expande por todo o planeta, formando a
irresistível globalização. A globalização é a tendência do predomínio do
conhecimento da Europa ocidental e do modo de vida da civilização da indústria
e da paz.
Na série
formada pelas mais adiantadas populações, foi a Grécia militarizada que limitou
e depois dominou a expansão da teocracia da Pérsia sobre a Europa. Foi por meio
de lutas sangrentas que os gregos afastaram e venceram os exércitos persas. A
produção do saber, livre da casta dos sacerdotes, conseguiu se desenvolver com
liberdade, democraticamente, difundindo o conhecimento a todos, na sociedade. O
conhecimento na fase teocrática era fechado, hermético, mantido em sociedade
secreta, dentro da casta dos sacerdotes teocratas, que dominavam os militares.
Se os
exércitos da teocracia tivessem vencido os gregos, nós teríamos parado a
evolução da sociedade por muitos anos ou séculos, e não haveria lugar para a
Roma, também um poder não teocrático, em que o governo ficou com os militares e
não com os sacerdotes, como na Pérsia, na Babilônia e no Egito. A derrota da
teocracia é um fato importante na evolução das religiões, marcando a redução do
poder absoluto da religião e do poder político do politeísmo. Em seguida a
religião do politeísmo daria lugar para a chegada do monoteísmo. O poder e o número
dos deuses se reduz a apenas um.
Em época
muito mais antiga, a evolução feita com o desenvolvimento do politeísmo foi
também uma redução das entidades sobrenaturais. Já que antes, na fase da magia,
da idolatria, todos os corpos tinham poderes mágicos, divinos. Então, os
corpos, as coisas, deixaram de ter poderes divinos e só os deuses, em menor
número, passaram a ser a referência divina, com vontade e poder sobre tudo.
Eram muitos deuses, mas em menor número, já que todas as coisas passaram a ser
inertes, sem poder, não eram tidos com o poder dos deuses.
Se
lembrarmos essa longa evolução da sociedade humana, notaremos como foi feito
esse enorme saber que nós recebemos de nossos antepassados. Como foi que se fez
o avanço do pensamento, desde a feitiçaria antiga, do feiticismo ou fetichismo,
passando pelo politeísmo, pelo monoteísmo, até chegar a nossos dias? Foi pelo
pensamento, que juntamos, pouco a pouco, até chegarmos aos nossos dias. Um
conhecimento que foi conservado e ensinado pelos sacerdotes das diversas
religiões. O saber que hoje divulgamos e que desenvolvemos ainda mais, um saber
que não para de crescer.
Essa é a
bela história da família humana em sua admirável evolução. A história da nossa
família.
AMANHÃ: Leônidas e os espartanos que nunca se rendem.
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