ABRIL 08. Apolônio de
Perga: modelos geométricos aplicados aos
planetas e cometas
APOLÔNIO DE
PERGA
Apollonius de
Perga o “Grande Geômetra”
(nasceu cerca do ano
260 antes da nossa era, em Perga, Pamphylia, na Ásia Menor;
morreu em 190, em
Alexandria, Egito)
GRANDE CIENTISTA
MATEMÁTICO E ASTRÔNOMO GREGO
AS BASES DA CIÊNCIA ABSTRATA INFALÍVEL. INFALÍVEL
Os gregos antigos
tiveram grandes filósofos até a obra de Aristóteles. Depois dele, os pensadores
passaram ao estudo das ciências particulares.
O que tornou os gregos
antigos célebres foi que descobriram as
primeiras leis abstratas infalíveis
dos fenômenos dos seres, por suas propriedades, seus acontecimentos. Mas só com
Tales e aqueles que o sucederam tiveram o mérito de, por meio de sua
imaginação, retirar, por abstração, as linhas e os ângulos que se formam nos
objetos. Linhas e ângulos são propriedades percebidas pelos sentidos, não são objetos físicos concretos
A função cerebral da abstração é a forma mais complexa da capacidade
da inteligência humana. O psicólogo Jean Piaget (1896-1980) confirmou pela
experiência que as crianças só conseguem pensar abstratamente após cerca da
idade de sete anos. O mesmo ocorre nos povos primitivos só após a astrolatria.
A
terceira semana do mês de Arquimedes mostra os mais destacados astrônomos da
Grécia e da Arábia. Foi na época em que a Astronomia, deixando de ser apenas um
registro de observações dos astros, tornou-se uma ciência abstrata infalível. Somente com a abstração e as leis abstratas foi possível, pela
primeira vez no mundo realizar uma previsão dos acontecimentos
astronômicos futuros: a previsão infalível, segura. Positiva, infalível.
No
posto de chefe de semana está Hiparco no domingo que encerra a semana.
Ver o Quadro 0326 01 C
do mês de Arquimedes Ciência Antiga.
O quadro mostra os grandes homens representantes da
criação dos fundamentos do conhecimento cientifico na antiguidade.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
APOLÔNIO DE PERGA (260-190 aC) foi contemporâneo mais jovem de
Arquimedes, tendo vivido mais 10 anos após a morte dele. Ele nasceu em Perga,
estudou matemática em Alexandria com os sucessores de Euclides e passou uma grande
parte de sua vida em Perga, na Ásia Menor.
Sua grande obra sobre as seções cônicas contém oito livros, dos
quais, no tempo de Descartes, restaram apenas os quatro primeiros livros. Pouco
tempo depois, o quinto, o sexto e o sétimo foram descobertos traduzidos na
língua árabe. Isso foi uma importante descoberta, porque esses três livros
demonstram uma força matemática que os leitores dos quatro primeiros livros
tinham apenas suspeitado. Apolônio escreveu muitas outras obras sobre vários
temas matemáticos de que nós temos apenas os títulos.
Numa dessas obras ele trata, como já tinha feito Arquimedes, de
estender e melhorar o sistema grego para a numeração. Um fragmento de outra
obra sobre as quantidades irracionais foi recentemente descoberto e editado; é
possível que outros textos possam ser recuperados. Apolônio foi tido, com
justiça, por seus contemporâneos e sucessores como um grande matemático.
As curvas produzidas por um plano que corta um cone, chamadas de seções
cônicas, foram estudadas por muitos geômetras anteriores a Apolônio. Menechme,
aluno de Eudóxio, usou duas dessas curvas, a parábola e a hipérbole, para
resolver o famoso problema da duplicação do cubo. Aristeu o Velho e Arquimedes
deram grande atenção a essas curvas e a quadratura, isto é, o cálculo da área
da parábola, foi calculada por Arquimedes com uma notável habilidade.
O quinto livro de Apolônio sobre as curvas das seções cônicas
ultrapassa de muito os livros anteriores. Essa é a opinião de Georg Cantor
(1845-1918) na sua HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
ANTIGA E MEDIEVAL. Apolônio se coloca mais alto, muito acima do
conhecimento de seu tempo por uma série de proposições sobre as linhas mais
longas e mais curtas que possam ser traçadas de um ponto dado até a seção
cônica. Apolônio fez a generalização de várias questões, entre elas do problema
dos Máximos e Mínimos.
Nos passos iniciais da Geometria feitos pelos gregos foi
inevitável fazer o estudo especial de cada curva em separado. Não era
possível a generalização que Descartes conseguiu fazer ao criar a algébrica Geometria
Analítica, representando qualquer curva por sua equação matemática. Mas pode-se
encontrar nos textos de Apolônio os primeiros esforços para a aplicação de
métodos de generalização para o tratamento de toda e qualquer curva.
Apolônio de Perga, chamado com toda justiça “O GRANDE GEÔMETRA”,
escreveu também tratados sobre o cálculo aritmético e sobre estatística.
Contribuiu para o conhecimento da Astronomia com a aplicação dos modelos geométricos
à órbita dos planetas e dos cometas.
AMANHÃ:
Eudóxio de Cnido geômetra e astrônomo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário