20 DE ABRIL: FRONTINO-a organização em alto grau de perfeição nas
cidades romanas
FRONTINO
Sextus Julius
Frontinus
(nasceu no ano 35 de
nossa era, morreu cerca do ano 105)
POLÍTICO ROMANO
HISTORIADOR DOS AQUEDUTOS DE ROMA
AS BASES DA CIÊNCIA ABSTRATA INFALÍVEL. INFALÍVEL
Os gregos antigos
tiveram grandes filósofos até a obra de Aristóteles. Depois dele, os pensadores
passaram ao estudo das ciências particulares.
O que tornou os gregos
antigos célebres foi que descobriram as
primeiras leis abstratas infalíveis
dos fenômenos dos seres, por suas propriedades, seus acontecimentos. Mas só com
Tales e aqueles que o sucederam tiveram o mérito de, por meio de sua
imaginação, retirar, por abstração, as linhas e os ângulos que se formam nos
objetos. Linhas e ângulos são propriedades percebidas pelos sentidos, não são objetos físicos concretos
A função cerebral da abstração é a forma mais complexa da capacidade
da inteligência humana. O psicólogo Jean Piaget (1896-1980) confirmou pela
experiência que as crianças só conseguem pensar abstratamente após cerca da
idade de sete anos. O mesmo ocorre nos povos primitivos só após a astrolatria.
A quarta e última
semana do mês de Arquimedes apresenta a comemoração dos tipos humanos,
principalmente romanos, que, sem fazer descobertas científicas, aplicaram as ciências abstratas às artes úteis da vida. Plínio o Velho é o representante principal desses
antepassados, entre os quais estão autores de tratados sobre agricultura,
arquitetura e geografia. Plínio é o chefe de semana, no domingo que a termina.
Ver o Quadro 0326 01 C
do mês de Arquimedes Ciência Antiga.
O quadro mostra os grandes homens representantes da
criação dos fundamentos do conhecimento cientifico na antiguidade.
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
FRONTINO foi soldado, governador e alto funcionário nos governos
dos Flavius, de Nerva e de Trajano. Ele ficou famoso como governador da
Bretanha por sua conquista da tribo dos Silures no país de Gales, na antiga
Inglaterra. Foi elevado à alta função de curador das águas no ano 97 e à grande
dignidade de augure na qual teve como sucessor Plínio o Jovem. Os augures eram
membros de um corpo sacerdotal romano para interpretação religiosa do
sacrifício dos animais para conselho aos governantes. Frontino morreu cerca do
ano 105.
Frontino escreveu 4 livros sobre os ESTRATAGEMAS DE GUERRA, mas
seus dois livros AQUEDUTOS DE ROMA, escritos perto do ano 100, constituem sua
principal obra. Esse é um tratado cuidadoso e exato sobre o sistema de
aquedutos, que é parte da organização da cidade de Roma levada a um muito alto
grau de perfeição. Os gregos haviam negligenciado esse assunto, que foi bem
tratado pelos romanos e muito aperfeiçoado por eles.
Plínio o Jovem declarou que não havia nada mais maravilhoso no
mundo do que o aqueduto Claudiano, completado no governo do imperador Cláudio
no ano 50. As cidades gregas eram de extensão média, o país montanhoso e a
organização municipal pouco complicada, encontrando seu abastecimento de água
nos poços e nas fontes naturais. Mesmo nas grandes cidades gregas, como
Alexandria e Siracusa eram fornecidas de água por meio de fontes ou de canais
que se abasteciam dos rios vizinhos.
O aqueduto propriamente dito é um canal muito elevado e
ligeiramente inclinado que leva a água pura a uma grande distância. É uma
invenção que foi criada pelos romanos, muito antiga e aplicada de forma geral
em todo o império criado por Roma. O enorme volume de água que a higiene exigia
entre os romanos tornou indispensável construir o aqueduto para conduzir a água
a grandes distâncias, como se fosse um rio artificial.
No tempo em
que Frontini escreveu, no ano 100 da nossa era, Roma recebia
a água de que necessitava por meio de nove aquedutos, num volume que somado,
equivaleria a um enorme rio correndo em direção à cidade. O mais antigo
aqueduto era o AQUA APPIA, construído
pelo famoso censor Appius Claudius no ano 313 antes da nossa era, mais de 400
anos antes de Frontini. Alguns dos aquedutos tinham mais de 60 e até 80 quilômetros de
comprimento.
Frontini diz com um justo orgulho que essas gigantescas obras de
necessidade do povo ultrapassam de muito por sua utilidade as pirâmides do
Egito e os famosos, mas vãos monumentos da Grécia. Os romanos tinham muito
cuidado com a conservação de seus aquedutos. O diretor principal era um
empregado de alto nível e era um administrador capaz. Um corpo formado com 460
escravos era empregado constantemente na reparação dos aquedutos.
É um fato profundamente característico que os romanos fossem o
único povo da antiguidade que levou ao mais alto ponto essa instituição da vida
civil: o constante abastecimento de água de fonte a mais pura, em quantidade
ilimitada e inesgotável.
É ainda mais impressionante que a mesma perfeição numa das
condições essenciais da civilização não fosse conseguida por nenhum outro povo
antigo.
AMANHÃ:
As muitas vidas de Plutarco, sacerdote de Apolo.
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