29 DE
OUTUBRO. Robertson: filósofo na preparação da moderna teoria sociológica
ROBERTSON
William
Robertson
(nasceu
em 1721, em Midlothian, Escócia; morreu em 1793, em Edinburgo, Escócia)
NOTÁVEL
HISTORIADOR E FILÓSOFO ESCOCÊS DA TEORIA DA SOCIEDADE
A
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
A grande
revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do
papado, da religião e do feudalismo.
A quarta semana está sob a presidência de Hume, que, na
discussão da natureza humana e da vida social, industrial e religiosa coloca as
bases da moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão historiadores
filosóficos como Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria positiva da
História; de Maistre que fez a primeira apreciação do sistema da Idade Média
sob o ponto de vista humano e os três principais representantes do pensamento
alemão moderno com Kant, Fichte e Hegel.
Ver em
1008 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS
DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social do mês
ROBERTSON (1721-1793), filho de um ministro presbiteriano, nasceu em Edimburgo. Ele
seguiu a profissão de seu pai e chegou a ser o presidente da Assembléia Geral
da Igreja Escocesa.
Em 1759 ele publicou sua História
da Escócia durante os governos da Rainha Mary e do rei James VI, obra que
exigiu dele numerosas pesquisas históricas. Em 1752 foi nomeado principal da
Universidade de Edimburgo e em 1764 como historiógrafo do rei para a Escócia.
Sua principal obra foi a História
de Carlos V, precedida de uma descrição do progresso da Sociedade européia após
a queda do império romano até o começo do século 16. Essa obra foi
publicada em 1769, seguida da História da
América, publicada em 1777. Robertson morreu em 1793 em Edimburgo.
Robertson se coloca entre os pensadores filosóficos devido a sua
capacidade de pesquisa e de generalização. Ele não realizava apenas a simples
descrição dos fatos históricos. Em meio à grande quantidade de detalhes
específicos, ele pesquisa os fatos gerais. Ou seja, Robertson conclui mostrando as leis que regulam e esclarecem
o conjunto dos fatos particulares.
Ao estudar o estabelecimento do sistema feudal na Europa da Idade
Média, ele mostra a uniformidade das leis e da política nos diferentes países
do continente. Ele nota que, embora as nações bárbaras tomassem seus novos
territórios em diferentes épocas, vindo de regiões diversas, falando outras
línguas, sob chefes diferentes, a política e as leis que se estabeleceram foram
pouco diferentes. Essa uniformidade
surpreendente, explica Robertson, não é uma questão de raça. Deve-ser
atribuída ao estado uniforme da
sociedade e dos costumes das nações em suas terras e à situação semelhante
que eles encontraram nos novos domínios.
Analisando o progresso rápido da sociedade desde o século 11 até o
século 16, ele indica a influência
devida a cada fator separado, assim relatados:
-As cruzadas, que familiarizaram a Europa do ocidente com a cultura
polida do império do Oriente e da Ásia. O que provocou a transformação dos
baronatos em reinos que assim evitou as lutas internas durante a ausência dos
guerreiros e estimulou as atividades comerciais das repúblicas italianas.
-O desenvolvimento das
municipalidades e a ação das corporações profissionais.
-O nascimento da classe dos burgueses
ou Terceiro Estado como força
política. Burgueses são a nova
classe social formada pelos camponeses saídos das terras dos castelos medievais
reunidos aos artesãos, comerciantes e trabalhadores livres moradores nos
burgos, nos novos povoados, vilas e cidades fora das terras dos feudos e seus
castelos. Essas pessoas pertenciam ao clero,
o Primeiro Estado nem à nobreza, o
Segundo Estado,que era a elite governante, isenta de impostos. Assim surgiu o
povo comum, sem privilégios, como pagador de impostos.
-A libertação dos servos da gleba, transformando-os no povo, a população dos cidadãos comuns, sem privilégios.
-O melhoramento da administração da justiça pelo processo judiciário
e o apelo ao tribunal feudal.
-A preponderância da lei canônica, bem mais favorável aos
direitos individuais do que a lei feudal.
-A preponderância, que se seguiu, da lei romana.
-O espírito e as instituições da cavalaria
medieval.
-O progresso da ciência
devido à influência da cultura dos árabes.
-O renascimento do comércio.
A História de Carlos V
teve várias edições e foi traduzida para todas as principais línguas da Europa.
Ela tem sua leitura recomendada até os nossos dias.
A obra histórica de Robertson faz parte da criação da teoria sociológica moderna, colocando-o
entre os grandes pensadores do Iluminismo, ao lado de David Hume e Edward
Gibbon.
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