21 DE
OUTUBRO. Bacon: pesquisa científica também na sociedade e nos costumes
FRANCIS BACON
Sir Francis Bacon, Visconde de Saint Alban, Lord
Chanceler da Inglaterra
(nasceu
em 1561, em Londres; morreu em 1626, em Londres)
FILÓSOFO
INGLÊS NOBRE FUNDADOR DA FILOSOFIA MODERNA
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA
MODERNA
A grande
revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do
papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O
movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os
anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de
decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento
foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta.
Descartes
mostrou que o método de pensar moderno
baseia-se numa evidencia verificável,
na observação, na experiência.
Explicou que não são evidencias aceitáveis a autoridade de líderes e profetas,
nem escritos novos ou antigos, por mais veneráveis e respeitáveis que sejam.
Homens
como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que
construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta
começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos ,
contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos
reformadores protestantes.
Descartes
é o representante mais completo do
movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução
matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o
caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução
Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram
o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa.
Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot
demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos
tanto construtores como destruidores.
O mês de
Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual,
a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda
semana representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e
XVIII dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte
de maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes,
Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de
semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em
1008 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS
DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social do mês
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
FRANCIS BACON (1561-1626) nasceu em Londres, filho de Sir Nicolas Bacon, Lord
Guarda do Grande Sinete durante 20 anos no governo da rainha Elisabeth da
Inglaterra.
Desde cedo mostrou um espírito vivo e aos 13 anos foi estudar no
Colégio Trinity em
Cambridge. Mesmo antes de seus 16 anos, já estava
profundamente convencido da inutilidade da filosofia aristotélica escolástica
então ensinada nas universidades.
Deixando Cambridge, ele estudou jurisprudência e depois viajou
pela França, onde fez observações minuciosas da política. Ele relatou suas
conclusões na sua obra sobre o Estado da
Europa, escrito quando tinha 20 anos de idade.
Em seu retorno para Londres, ele tornou-se advogado em 1582,
ganhou grande prática forense e foi nomeado em 1589 conselheiro extraordinário
da rainha da Inglaterra. Em 1591 foi eleito membro do Parlamento. Em 1607 foi
feito Promotor-Geral, em 1613 Procurador-Geral e em 1617 Lord Guarda do Grande
Sinete e no ano seguinte Lord Chanceler.
Durante todo esse tempo, ele continuou o seu grande projeto de
juventude: a renovação da filosofia, a
ser fundada sobre a ciência moderna. Sua famosa obra-prima, o Novum organum, só seria publicada em
1620. Esse texto tem sua leitura recomendada até hoje.
Na última parte de sua vida, Francis Bacon foi acusado de
procedimentos ilegais, perdeu seus títulos, foi condenado a uma grande multa,
banido da corte real e até esteve preso na Torre de Londres. Mas ele continuou
suas pesquisas científicas pelo resto de sua vida. Por conseqüência de uma
explosão acidental em seu laboratório, ele morreu em 1626, em Londres.
Francis
Bacon forma com Descartes e com Galileu o grupo de pensadores que fundou a nova
filosofia moderna positiva, o sistema de conhecimentos que substituiu a filosofia antiga,
elaborada desde a remota antiguidade até a Idade Média.
O início da filosofia moderna foi marcado pelas descobertas
astronômicas dos anos 1500, século 16. O momento seguinte foi usado para
mostrar que as observações científicas da natureza conduziam a uma regra que
permitia a construção de uma nova forma de vida, de progresso, de riqueza. Ao
passo que as teorias sobrenaturais eram improdutivas.
O Novum organum começa
eliminando quatro fontes de erro que Bacon chama de os Ídolos.
1. OS ÍDOLOS DA RAÇA. São os erros devidos à fraqueza natural da
inteligência humana, pelos enganos dos sentidos ou da paixão; a simplificação,
a impaciência e a pressa.
2. OS ÍDOLOS DA CAVERNA. São os erros do temperamento particular
de cada pessoa, de suas ambições e vaidade.
3. OS ÍDOLOS DA PRAÇA. Os erros do uso da palavra na linguagem.
4. OS ÍDOLOS DO TEATRO. Os erros por preconceitos enganosos.
Descartes aplicou o método científico positivo às ciências
naturais, físicas e mesmo à biologia, mas não o aplicou à vida social e moral.
Ao contrário, Bacon englobou em seu
programa de pesquisa também o estudo da sociedade e dos costumes.
A contribuição de Francis Bacon teve importante repercussão sobre
a longa série de pensadores desde Thomas
Hobbes até David Hume, pesquisadores que aplicaram o método indutivo da
observação experimental ao estudo da sociedade e do comportamento individual.
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FELIZ
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