domingo, 25 de outubro de 2015

1021c BACON: a observação experimental na sociologia e na psicologia


21 DE OUTUBRO. Bacon: pesquisa científica também na sociedade e nos costumes

FRANCIS BACON
Sir Francis Bacon, Visconde de Saint Alban, Lord Chanceler da Inglaterra
(nasceu em 1561, em Londres; morreu em 1626, em Londres)

FILÓSOFO INGLÊS NOBRE FUNDADOR DA FILOSOFIA MODERNA

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O movimento intelectual na Europa do ocidente nos anos 1300, século XIV até os anos 1700, século XVIII, passou a ter duas correntes. Um movimento foi de decomposição e destruição da filosofia monoteísta antiga e o outro movimento foi de composição e preparação da nova filosofia positiva, clara e distinta.
Descartes mostrou que o método de pensar moderno baseia-se numa evidencia verificável, na observação, na experiência. Explicou que não são evidencias aceitáveis a autoridade de líderes e profetas, nem escritos novos ou antigos, por mais veneráveis e respeitáveis que sejam.
Homens como Kepler e Galileu, Descartes e Francis Bacon ao mesmo tempo em que construindo a nova filosofia perturbaram o antigo modo de pensar. A revolta começada por Descartes conduziu finalmente a assaltos ainda mais poderosos , contra as crenças recebidas do que a ação de alterações religiosas feitas pelos reformadores protestantes.
Descartes é o representante mais completo do movimento duplo de composição e decomposição. Começou a grande revolução matemática que permitiu a Newton interpretar o sistema solar. Abriu-se o caminho para a operação destrutiva do século XVIII que afinal levou à Revolução Francesa contra a política antiga de privilégios. Hobbes e Espinosa continuaram o movimento de demolição. A teodicéia de Leibnitz era ainda mais perigosa. Locke renunciou francamente ao conhecimento do absoluto divino. Hume e Diderot demonstraram sua impossibilidade. Kant completou a operação. Eles foram todos tanto construtores como destruidores.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes, Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em 1008 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês


NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS

FRANCIS BACON (1561-1626) nasceu em Londres, filho de Sir Nicolas Bacon, Lord Guarda do Grande Sinete durante 20 anos no governo da rainha Elisabeth da Inglaterra.
Desde cedo mostrou um espírito vivo e aos 13 anos foi estudar no Colégio Trinity em Cambridge. Mesmo antes de seus 16 anos, já estava profundamente convencido da inutilidade da filosofia aristotélica escolástica então ensinada nas universidades.
Deixando Cambridge, ele estudou jurisprudência e depois viajou pela França, onde fez observações minuciosas da política. Ele relatou suas conclusões na sua obra sobre o Estado da Europa, escrito quando tinha 20 anos de idade.
Em seu retorno para Londres, ele tornou-se advogado em 1582, ganhou grande prática forense e foi nomeado em 1589 conselheiro extraordinário da rainha da Inglaterra. Em 1591 foi eleito membro do Parlamento. Em 1607 foi feito Promotor-Geral, em 1613 Procurador-Geral e em 1617 Lord Guarda do Grande Sinete e no ano seguinte Lord Chanceler.
Durante todo esse tempo, ele continuou o seu grande projeto de juventude: a renovação da filosofia, a ser fundada sobre a ciência moderna. Sua famosa obra-prima, o Novum organum, só seria publicada em 1620. Esse texto tem sua leitura recomendada até hoje.
Na última parte de sua vida, Francis Bacon foi acusado de procedimentos ilegais, perdeu seus títulos, foi condenado a uma grande multa, banido da corte real e até esteve preso na Torre de Londres. Mas ele continuou suas pesquisas científicas pelo resto de sua vida. Por conseqüência de uma explosão acidental em seu laboratório, ele morreu em 1626, em Londres.
Francis Bacon forma com Descartes e com Galileu o grupo de pensadores que fundou a nova filosofia moderna positiva, o sistema de conhecimentos que substituiu a filosofia antiga, elaborada desde a remota antiguidade até a Idade Média.
O início da filosofia moderna foi marcado pelas descobertas astronômicas dos anos 1500, século 16. O momento seguinte foi usado para mostrar que as observações científicas da natureza conduziam a uma regra que permitia a construção de uma nova forma de vida, de progresso, de riqueza. Ao passo que as teorias sobrenaturais eram improdutivas.
O Novum organum começa eliminando quatro fontes de erro que Bacon chama de os Ídolos.
1. OS ÍDOLOS DA RAÇA. São os erros devidos à fraqueza natural da inteligência humana, pelos enganos dos sentidos ou da paixão; a simplificação, a impaciência e a pressa.
2. OS ÍDOLOS DA CAVERNA. São os erros do temperamento particular de cada pessoa, de suas ambições e vaidade.
3. OS ÍDOLOS DA PRAÇA. Os erros do uso da palavra na linguagem.
4. OS ÍDOLOS DO TEATRO. Os erros por preconceitos enganosos.
Descartes aplicou o método científico positivo às ciências naturais, físicas e mesmo à biologia, mas não o aplicou à vida social e moral. Ao contrário, Bacon englobou em seu programa de pesquisa também o estudo da sociedade e dos costumes.
A contribuição de Francis Bacon teve importante repercussão sobre a longa série de pensadores desde Thomas Hobbes até David Hume, pesquisadores que aplicaram o método indutivo da observação experimental ao estudo da sociedade e do comportamento individual.

AMANHÃ: O estabelecimento de normas jurídicas na perda de poder da religião: Hugo Grotius.




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