19 DE OUTUBRO a
Enciclopédia no registro do conhecimento científico e técnico
DIDEROT
Denis Diderot
(nasceu em 1713, em
Langres, Champagne, França; morreu em 1784, em Paris)
GENIAL FILÓSOFO
FRANCÊS CRIADOR DA ENCICLOPÉDIA NO ILUMINISMO
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
unanimidade católica e do feudalismo.
O mês de Descartes da
Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em
toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana
representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII
dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de
maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes,
Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de
semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em 1008 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
DIDEROT (1713-1784)
nasceu na Champagne, França, onde seu pai e seus ancestrais estiveram
estabelecidos como fabricantes de cutelaria por duzentos anos.
Estudou nas escolas dos jesuítas e depois foi para Paris, onde sua
vocação filosófica logo se manifestou. No meio de um mundo letrado e vivendo
como podia da literatura, tornou-se o chefe de um grupo de pensadores e de
escritores.
Esse grupo, depois chamado de Enciclopedistas, dedicou-se à obra
de destruição e de renovação do pensamento com uma tenacidade que não tem igual
na história do mundo. Voltaire foi o chefe reconhecido do exército de críticos
e de demolidores.
Mas o gênio de Diderot era essencialmente pela construção, pela
organização, embora o tempo da elaboração de um sistema doutrinário durável não
fosse ainda possível. Com um feliz instinto, ele imaginou o expediente de
elaborar uma Enciclopédia, para registro de todo o saber conhecido na época,
tanto teórico como prático. Nela os homens de diferentes especialidades e de
diversos temperamentos pudessem participar.
A Enciclopédia se destinava a divulgar o conhecimento científico e
técnico positivo de todo tipo e assim procurava contornar habilmente a
proibição da censura religiosa ainda existente.
Nos primeiros anos, ele teve como associado d’Alembert, que
escreveu a Introdução da obra. No grupo de colaboradores estiveram nomes
importantes como Montesquieu, Voltaire, Rousseau, Marmontel, Quesnay,
d’Holbach, des Brosses, Haller, Turgot e Condorcet.
O primeiro volume foi publicado em 1751. A obra foi proibida
por algum tempo depois do segundo volume. A publicação foi continuada em meio
da forte condenação dos padres católicos até que em 1759, depois do artigo sobre
Genebra de d’Alembert houve uma segunda proibição da impressão da obra. Então
d’Alembert abandonou a Enciclopédia, que Diderot dirigiu até sua completa
publicação.
Diderot é considerado como o pensador com o saber mais
enciclopédico que a filosofia já teve depois do grande Aristóteles. Nesses
filósofos todos os departamentos do conhecimento foram estudados. A filosofia
para eles era definida como a representação do mundo e do homem, em todos os
aspectos.
Recomenda-se até hoje a leitura de quatro das numerosas obras de
Diderot: a Carta sobre os cegos, a Carta sobre os surdos-mudos, os Pensamentos sobre a interpretação da
natureza e a Teoria do Belo.
O estudo das deficiências dos sentidos foi uma análise brilhante
sobre a organização do físico do homem. Na interpretação da natureza ele mostra
claramente que o progresso da ciência exigiria a pesquisa direta dos fenômenos
do mundo e da vida humana, além da pura dedução de dados algébricos. De fato,
sua previsão, dentro de cem anos se confirmou, com a formação da química com
Lavoisier, da biologia com Bichat e com a sociologia com Augusto Comte após
apenas duas gerações.
A grande escola dos Enciclopedistas reuniu os melhores pensadores,
todos livres das crenças sobrenaturais e afastados das ambições políticas, ao
mesmo tempo em que respeitavam o poder sem se tornarem servis ao governo. Esse
grupo de elite dos anos 1700, século 18, se ligava ao século anterior com
Fontenelle e chegava até o século 19 com o grande Condorcet.
Diderot conseguiu, com sua sabedoria e energia, fazer da
elaboração da Enciclopédia uma forma de oficina filosófica e política para o progresso do
conhecimento comprovado, positivo. Com grande habilidade, conseguiu reunir revolucionários na
tarefa de construção de um sistema de conhecimento seguro e verificável. Dessa
forma, fez com que destruidores progressistas contribuíssem para a construção
da nova civilização industrial, científica e pacífica. Muitos dos destruidores se tornaram parte da ação orgânica
construtiva, a reorganização intelectual, emocional e política da sociedade.
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