OUTUBRO
25 FRERET: o filósofo na fundação da nova
historiografia crítica
FRERET
Nicolas
Fréret
(nasceu
em 1688, em Paris; morreu em 1749, em 1749, em Paris)
FILÓSOFO
HISTORIADOR FRANCÊS FUNDADOR DA CRÍTICA CIENTÍFICA DA HISTÓRIA
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA
MODERNA
A grande
revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do
papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O mês de
Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual,
a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental
a todo conhecimento.
Nesta terceira semana se consagra o estudo filosófico humano
em suas relações com a sociedade. Seu chefe é Leibnitz. Associados estão
grandes autores que pesquisaram os princípios fundadores das leis: Grotius,
Cujas e Montesquieu; os que se dedicaram â filosofia da história como Vico,
Fréret, Herder. Segue com Winckelmann na história da arte e Buffon na exposição
das relações da espécie humana com as outras raças animais.
Ver em
1008 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS
DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da
evolução social do mês
NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.
FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS
NICOLAS FRERET (1688-1749) era filho de Charles-Antoine Fréret, procurador do
Parlamento de Paris. Mostrou desde cedo uma grande disposição para a leitura,
em especial para o estudo da história. Destinado por seu pai a ser advogado,
ele obteve autorização para se dedicar às pesquisas históricas.
Na idade de 19 anos ele já tinha escrito várias memórias sobre a
religião dos gregos e em 1714 foi recebido na Académie Royale des
Inscriptions et Belles-Lettres.
Sua primeira contribuição na Academia
foi uma investigação muito cuidadosa e muito documentada sobre a origem dos
povos Francos e seu estabelecimento na Gália: foi Da
origem dos Francos, de 1714. Ele afirmou que os Francos formaram
uma liga de tribos dos Germanos do Sul e não o que a lenda aceita então de que
os Francos teriam sido uma nação de homens livres descendentes dos gregos e que
mantiveram a civilização em meio aos bárbaros. A indignação resultou na prisão
de Freret na fortaleza da Bastilha como sendo um ataque contra a monarquia.
Esse ato ofensivo à liberdade é uma
verdadeira prova da arbitrariedade do poder político. A partir desse desastre,
ele renunciou ao estudo da história moderna, dedicando-se ao estudo da
antiguidade. Ele
fez seu campo de pesquisa o estudo
crítico da mitologia, da geografia e da cronologia antiga.
Freret é considerado o principal fundador da escola crítica da
História, ou seja, entre os criadores do método científico de raciocínio na
pesquisa histórica. Muitos dos princípios essenciais, muitas vezes atribuídos
aos escritores alemães desse século, foram postos primeiro por Freret.
Na sua memória sobre a história primitiva da França, ele expõe seu
método clara e simplesmente. Diz ele:
“Eu começo
por recolher todas as notícias dos historiadores antigos relacionados ao
assunto. A seguir, eu abandono o que é contemporâneo e dou preferência ao resto
que sobra. Entre os escritores contemporâneos, eu escolho somente aqueles que
foram testemunhas dos fatos que eles contam e que devem, por conseqüência, ter
a melhor informação. Os resultados assim obtidos eu junto tanto quanto
possível, de modo a construir a descrição dos eventos que parece a mais
provável.”
Freret reproduz esses princípios de uma maneira mais sistemática
nas suas Observações gerais sobre a história antiga:
“O método
mais próprio a nos conduzir à verdade num assunto qualquer é aquele que começa
por recolher um conhecimento certo sobre os pontos particulares e visando os
princípios gerais, mas desde que eles
pareçam resultar de fatos particulares reconhecidos como certos. É o método
que distingue não somente entre o absolutamente verdadeiro ou falso, mas entre
os diferentes graus de probabilidade que se aproximam desses dois limites, e
que, ainda, não se contenta de apenas distinguir os diversos graus de certeza
de maneira abstrata, mas quantifica o grau de certeza possível de atingir em
todos os campos de pesquisa, já que quase todos têm um procedimento especial a
usar.”
Nicolas Freret teve uma vida tranqüila e trabalhosa de um pensador
puro e sábio, morrendo em Paris em 1749.
AMANHÃ: O Iluminismo e a necessidade da Sociologia como ciência de
observação: Montesquieu.
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