domingo, 21 de dezembro de 2014

1223 C LAVOISIER original teoria científica da vida, da respiração, do calor animal

DEZEMBRO 23. LAVOISIER: a teoria da combustão como sendo uma oxidação

LAVOISIER
Antoine-Laurent Lavoisier
(nasceu em 1743, em Paris; morreu em 1794, em Paris, França)

DESTACADO CIENTISTA FRANCÊS FUNDADOR DA QUÍMICA MODERNA


FILOSOFIA DA HISTÓRIA.
Este Calendário Filosófico tornou-se um  CURSO DE FILOSOFIA DA HISTÓRIA. Filosofia da História é a visão geral que os anais registram dos acontecimentos na sociedade. É verificar quais tendências resultaram das ações registradas em cada era. É a pesquisa inteligente da evolução social pela análise dos registros históricos. Observações específicas completam o conhecimento de Filosofia geral, na arte, na ciência, na tecnologia e na teoria política aplicada.
O Calendário Histórico mostra a espontânea, oscilante, irregular, mas contínua evolução cultural em todos os aspectos da sociedade, no aspecto afetivo, intelectual e prático. O que é feito por meio pelo estudo das maiores figuras humanas. Assim os princípios científicos são demonstrados e comprovados por sua observação e fundamentação empírica nos registros dos anais históricos.
Indica o calendário a maravilhosa faculdade criadora da sociedade para o melhoramento da vida humana. Tanto antes como depois do fim do feudalismo da guerra de defesa e do fim do poder político do papa e da religião medieval. É devido ao desenvolvimento enciclopédico do conhecimento que prepara a nova civilização pacífica e industrial moderna. Deve-se notar que os maiores progressos da ciência feitos na modernidade foram nas teorias abstratas puras, isto é, relativas aos fenômenos e não o foram nas simples descrições concretas dos seres. Foi a descoberta das leis abstratas imutáveis dos fenômenos no meio da permanente mudança da variável realidade concreta dos seres. Verificáveis, Imutáveis.
Esta terceira semana do mês mostra os grandes cientistas do desenvolvimento da Química como ciência experimental positiva nos anos 1700 e 1800, nos séculos XVIII e XIX. A Química científicaabstrata, mais complexa, só poderia se desenvolver após a criação nos anos anteriores da ciência Física, com fenômenos mais simples. Por depender do conhecimento das leis abstratas desses fenômenos.
O patrono e chefe de semana é LAVOISIER, por suas pesquisas da oxidação e da combustão e ainda pela destruição da hipótese do flogístico, um fluido metafísico transcendente inverificável que explicava a ocorrência da combustão (do grego phloks, phlogos= chama, flama).
Ver em 1203 C de dezembro 03, o QUADRO DO MÊS DE BICHAT  A Ciência Moderna com os grandes nomes representativos da evolução social da ciência.

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

FELIZ
QUEM HONRA SEUS ANTEPASSADOS


LAVOISIER (1743-1794) nasceu numa família nobre e rica, recebendo uma boa educação. Seu pai lhe deu uma sólida base em linguagem, filosofia e em ciências, como em matemática, astronomia, química e botânica. Estudou Direito, diplomou-se em 1764, mas sempre seu pensamento crítico o dirigia para a pesquisa científica. Na idade de 21 anos ganhou o prêmio em concurso oferecido pelo governo da França por seu ensaio sobre os melhores métodos para a iluminação das ruas de uma cidade.
Lavoisier consagrou-se à pesquisa química, tendo entre seus estudos iniciais pesquisas sobre a composição do gesso, das rochas e minerais. Em 1768 ele foi admitido na Academia de Ciências de Paris. Ocupou funções no governo, tendo sido membro da Fazenda, na coleta de impostos, sendo da comissão que levou à adoção do Sistema Métrico de Medidas. Por ter sido do governo monárquico da França e ter títulos de nobreza, na Revolução Francesa ele foi julgado e decapitado na guilhotina, na metade de sua vida criativa de cientista, no ponto mais alto e brilhante de seu gênio, em 1794, com 51 anos de idade. Um lamentável crime de cruéis revolucionários ambiciosos que se repetiria sempre no futuro, na ruptura das instituições sociais, na quebra da ordem e da paz.
A química encontrada por Lavoisier estava dominada pela antiga hipótese do FLOGÍSTICO, uma entidade metafísica não comprovada, que explicava fenômenos como a ferrugem do ferro, a combustão e o calor. A metafísica, é bem exemplificada nesse caso, ao substituir a ação dos deuses pela atividade de entidades não humanas, para a explicação e visão do mundo. Dessa forma, o modo metafísico de filosofar liberta e incentiva a pesquisa científica ao retirar o tema da área do poder divino, absoluto e eterno, portanto imutável.
O médico e químico alemão Johann Joachim Becher formulou em 1667
a hipótese do flogístico, mantida por Stahl. Explicava-se que o carvão, rico em flogístico, juntando-se à ferrugem e ao minério de ferro, se tornava em ferrugem flogisticada, que era o ferro metálico. O que ocorre é a redução ou desoxidação do minério pela reação redutora no calor pelo o carvão. Essa explicação metafísica serviu de base para a partida da pesquisa de Lavoisier na fundação da química moderna.
Ele estudou o relato de Boyle sobre a calcinação do estanho, que sofria um aumento de peso. Por meio de longa série de engenhosas experiências, com o uso da balança, verificou que havia o aumento de peso e a diminuição correspondente do ar em contato. A descoberta do oxigênio por Priestley, a análise do ar atmosférico por Scheele e a determinação da composição da água por Cavendish, Watt e por ele mesmo, permitiram a Lavoisier explicar a calcinação e a combustão como uma simples oxigenação e levou a atacar com sucesso a hipótese do flogístico.
Essa hipótese metafísica indicava um flúido, não físico, não verificável, transcendente, como o fator produtor da combustão. O nome vem do grego phlogistós, inflamado. Seria uma hipotética substância inodora, incolor e sem peso que se acreditava ser a parte combustível de todas as substâncias inflamáveis.
Lavoisier descobriu que as mudanças no peso eram devidas à absorção ou perdas de “ar”, uma substância que ele chamou de “ar deflogisticado” identificado por Joseph Priestley em 1774. Numa memória apresentada em 1777, Lavoisier propôs o nome de oxigênio, que dizer “produtor de ácido” para o ar deflogisticado. O seu Traité élémentaire de chimie de 1789 apresentou as novas doutrinas químicas, marcando o fim da teoria do flogístico para a combustão.
Então, em 1785, Berthollet, Fourcroy e Morveau, com Black, aceitaram as conclusões de Lavoisier, abandonando a hipótese metafísica do flogístico de Becher e Stahl. Sobre a base colocada por Lavoisier a estrutura da química moderna foi construída por Davy, com Liebig e Dumas.
Lavoisier elaborou muitos trabalhos importantes, fazendo a queima de substâncias orgânicas no oxigênio e de acordo com qualidade e quantidade dos produtos obtidos, ele calculou a composição da substância queimada, assim colocando as bases da análise orgânica realizada mais tarde por Liebig.
Com a colaboração de Laplace, inventou um calorímetro com o qual eles fizeram as primeiras determinações precisas do calor específico das substâncias. O calor específico é a quantidade de calor em calorias necessária para elevar de um grau a temperatura da massa de um quilograma de uma substância.
A obra principal de Lavoisier foi a preparação feita para o estudo científico do fenômeno da VIDA, ao estabelecer a verdadeira teoria da combustão como sendo o resultado da oxidação, com o consumo de oxigênio. A função da respiração e a produção do calor animal passaram, a partir desse momento, a serem compreendidas cientificamente, pela primeira vez.

AMANHÃ: William Harvey e o aforismo OMNE VIVUM EX OVO - todo ser vivo vem do ovo




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