16 DE OUTUBRO. Pascal:
a evolução social é exclusividade da espécie humana
PASCAL
Blaise Pascal
(nasceu em 1623, em
Clermont-Ferrand, França; morreu em 1662, em Paris, França)
FAMOSO
MATEMÁTICO FÍSICO E FILÓSOFO MORALISTA FRANCÊS
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
unanimidade católica e do feudalismo.
O mês de Descartes da
Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em
toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana
representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII
dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de
maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes,
Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de
semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em 1008 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
BLAISE PASCAL
(1623-1662), nascido em Clermont em 1623, era filho de Etienne Pascal,
presidente do Tribunal em Auvergne, um homem de grande cultura, matemático. Ele
teve grande cuidado na educação de seu filho, que desde cedo mostrou grande
tendência científica.
A família foi morar em Paris, onde
Pascal encontrou-se com o grande matemático Roberval (1602-1675) e com outros
pensadores importantes. Aos 16 anos Pascal escreveu um tratado sobre as Seções
Cônicas que chamou a atenção de Descartes. Aos dezoito anos, em 1641, ele
inventou uma máquina de calcular, fazendo mais de 50 modelos até que ela
ficasse pronta. O seu objetivo era ajudar o pai nos cálculos necessários ao seu
trabalho, então no governo da Normandia.
Nos cinco anos seguintes ele se dedicou
com energia à pesquisa científica. Em 1647, com 24 anos, publicou um resumo de
suas experiências com o vácuo. A exposição completa de suas pesquisas só foi
publicada após sua morte.
Em 1648 promoveu experiências com o
barômetro de mercúrio de Torricelli no alto e na base das montanhas e na torre
de Saint-Jacques, em Paris.
Em 1663 publicou um tratado sobre o equilíbrio dos fluidos
relacionado com a pressão hidráulica.
Em 1654, sua saúde, precária desde anos
atrás, sofreu mais ainda com um acidente de carruagem. O acidente lhe provocou
uma crise moral que o afastou da ciência e da filosofia.
Ele foi levado a ter um retiro
religioso, que só foi interrompido por sua polêmica com os jesuítas, com o nome
de Lettres Provinciales, Cartas da
Província, de 1656 e pelo desafio que lançou aos sábios matemáticos sobre a
curva da ciclóide, em 1658.
Pascal havia projetado, anos antes,
escrever uma obra filosófica sobre o homem e seu destino. Desse escrito
restaram apenas fragmentos isolados, mais tarde publicados com o nome de Pensées, Pensamentos.
Os Pensées
são até hoje de leitura recomendada, embora, no conjunto, mostre um
misticismo doentio e egoísta. Mas revelam um espírito muito competente, que em
condições boas de saúde seria capaz ainda de grandes obras.
Em especial deve-se notar o mais
destacado dos Pensamentos escritos
por Pascal:
“A
série inteira de gerações humanas durante o decorrer dos séculos pode ser
considerada como se fosse um só homem que vivesse sempre e aprendesse continuamente”.
Essa afirmação contém a grande mensagem
humanista da constante evolução da sociedade dos humanos. Exprime o
conhecimento da CONTINUIDADE que ocorre na humanidade, não nos animais e somente com os humanos, em que o saber é
transmitido através do tempo, de uma geração a outra. Cada indivíduo, em toda a
escala social, coopera, com sua parcela, para o progresso constante da
humanidade.
E o reconhecimento desse enorme poder
sociológico é de grande importância na modernidade, porque é a referência que
governa os humanos. Depois do fim da Idade Média, os princípios das causas
primeiras e finais foram de novo estudados. Esses princípios antigos foram
alterados: antes eles deveriam ser tirados como verdades divinas e eternas da
Metafísica antiga, como ditadas pelos deuses. Essa importante referencia agora
é dada pela Sociologia, pela ciência abstrata das leis sociais.O humanismo descobriu
uma nova referência: a sociedade humana.
A referência para julgamento, que era
feita pela lei de Moisés, do deus único, somente para o bem da nação
dos judeus, já tinha sido alterada. A nova lei que prevaleceu na Idade
Média, a nova referência foi a lei de Paulo de Tarso, de São Paulo, do deus
único para todos os povos, para todas as nações.
Na era moderna, após o fim da Idade
Média, a lei, a nova referência, passou a ser a LEI DA HUMANIDADE. Ou seja, só é herói quem defende a sociedade. É
bandido, criminoso, aquele que prejudica, que ofende a sociedade humana. É a
lei do humanismo laico, secular, não
sectário. A lei que explica o real sucesso e a felicidade individual na vida.
Os tribunais, hoje, se regulam pela
nova lei do humanismo secular. É o
humanismo que regula as decisões dos respeitáveis juizes de nossos dias. É
o humanismo que dá prêmio e que dá castigo. Que oferece a coerência da mente e
da ação, que oferece a saúde e a felicidade.
Devemos pesquisar a filosofia moderna,
secular, humanista. Assim poderemos saber e comprovar como se alterou a nossa
cultura na modernidade da sociedade industrial, laica e pacífica em que estamos
vivendo.
AMANHÃ: : John Locke tornou o saber científico seguro, infalível, útil,
positivo, com o empirismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário