01 DE NOVEMBRO.
Condorcet: a noção de progresso contínuo da espécie humana
CONDORCET
Marquês de Condorcet, Marie Jean Antoine Nicholas de Caritat
(nasceu em 1743, em
Ribemont, França; morreu em
em Bourg-la -Reine, França)
FILÓSOFO
MATEMÁTICO FRANCÊS DO PROGRESSO SOCIAL CONTÍNUO
A EVOLUÇÃO DO
PENSAMENTO
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
religião e do feudalismo.
É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em
nome de poderes por vezes injustos e misteriosos.
A quarta semana está sob a presidência de Hume, que, na discussão
da natureza humana e da vida social, industrial e religiosa coloca as bases da
moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão historiadores filosóficos como
Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria positiva da História; de Maistre que
fez a primeira apreciação do sistema da Idade Média sob o ponto de vista humano
e os três principais representantes do pensamento alemão moderno com Kant,
Fichte e Hegel.
Ver em 1008 01 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
CONDORCET (1743-1794)
nasceu na antiga província da Picardie, no Canal da Mancha, na França. Foi um
sábio, destacado matemático, cientista, educador e filósofo, tornando-se membro
da Academia de Ciências em Paris, mais tarde sendo seu secretário. Suas
biografias dos acadêmicos, em especial a de Voltaire e a de Turgot, são de
grande valor e merecem ser lidas até hoje. Também se recomenda a leitura do seu
tratado de Aritmética Elementar bem
como do Esquisse d'un tableau historique
des progrès de l'esprit humain,
o
Esboço de um quadro histórico do progresso do espírito humano.
Ele foi eleito membro da Assembléia Legislativa em 1792 e ficou no
partido dos Girondinos, o mais moderado grupo da Revolução Francesa. Com a
queda desse partido, ele foi declarado fora da lei, expulso e condenado à
morte, vivendo escondido por alguns meses. Em 1794 ele foi preso em
Bourg-la-Reine, quando foi encontrado morto na prisão onde estava para ser
conduzido para a morte pela guilhotina.
Foi durante sua condenação que ele escreveu sua obra imortal sobre
o Progresso do espírito humano, que
apresenta uma original e importante
teoria da filosofia da história, que se tornou a base para a elaboração da sociologia teórica abstrata como ciência
positiva, verificável e de leis infalíveis. A parte mais importante da obra histórica de
Condorcet é a Introdução, em que ele apresenta uma visão do futuro fundado sobre o estudo científico do passado.
Ele começa por distinguir claramente o estudo do indivíduo do estudo das
sociedades. As sociedades oferecem os fenômenos de reação entre os indivíduos e
os fenômenos da sucessão das gerações.
É admirável o método
que ele emprega quando abstrai das
descrições concretas dos viajantes e dos historiadores o que existe de fatos gerais comuns a cada caso particular. Ele afirma que devemos
escolher e combinar os fatos gerais da história dos diferentes povos de modo a
construir o caso hipotético de uma só
nação progredindo continuadamente desde a origem dos tempos.
Condorcet divide a vida de uma nação assim estudada
em 9 períodos:
Passando da tribo
vivendo da caça dos povos nômades, desses ao período sedentário da agricultura
durante a qual a escrita é descoberta, chega à civilização grega que foi salva
da destruição pela batalha de Salamina.
Ele descreve o
desenvolvimento da filosofia e da arte na Grécia, o começo das ciências
positivas, da matemática, da biologia, da psicologia.
Segue com a conquista
romana e sua preciosa herança da jurisprudência, com o nascimento do
cristianismo que surge da decadência de Roma.
O obscurantismo que
resulta disso; a cultura da ciência na Europa depois das três cruzadas; a
descoberta da bússola, a invenção da imprensa e o estímulo trazido pela Reforma
protestante para o livre-pensamento.
O último período ele
coloca como sendo depois de Descartes até a formação da República na França.
Ele conclui com uma
descrição do futuro do espírito humano e da renovação social que então ocorre.
A filosofia histórica proposta pela obra-prima de Condorcet forma a base da nova ciência da sociedade.
A sociologia científica abstrata com as
leis infalíveis que regulam os fenômenos de grupo associado deve orientar a
ação política no governo da sociedade humana.
Em 1805 foi publicada a segunda edição do seu trabalho Éléments du calcul des probabilités et son application aux jeux de hasard, à la
loterie et aux jugements des hommes, Elementos do cálculo das
probabilidades e sua aplicação aos jogos de azar, à loteria e aos julgamentos
dos homens. Nesse estudo ele mostra que as eleições nem sempre conseguem
escolher os melhores entre vários candidatos. Essa tese foi recentemente re-estudada
e ampliada pelos estatísticos.
Condorcet foi precursor do estudo científico da sociedade, o
criador da noção de progresso contínuo da espécie humana. Que revela o
permanente aperfeiçoamento da humanidade, tal como comprovado pela pesquisa
inteligente da história.
Condorcet foi um genial representante do Iluminismo, defensor da
liberdade econômica, da tolerância religiosa, da reforma das leis e do ensino.
O que ele desejou foi levar o império da
ciência ao governo da sociedade.
AMANHÃ: A teoria política e a necessidade da unidade de comando no
governo: De Maistre.
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