sexta-feira, 31 de outubro de 2014

1101 C CONDORCET o progresso comprovado pela pesquisa inteligente da História

01 DE NOVEMBRO. Condorcet: a noção de progresso contínuo da espécie humana


CONDORCET
Marquês de Condorcet, Marie Jean Antoine Nicholas de Caritat
(nasceu em 1743, em Ribemont, França; morreu em em Bourg-la-Reine, França)

FILÓSOFO MATEMÁTICO FRANCÊS DO PROGRESSO SOCIAL CONTÍNUO

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da religião e do feudalismo.
É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes por vezes injustos e misteriosos.
A quarta semana está sob a presidência de Hume, que, na discussão da natureza humana e da vida social, industrial e religiosa coloca as bases da moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão historiadores filosóficos como Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria positiva da História; de Maistre que fez a primeira apreciação do sistema da Idade Média sob o ponto de vista humano e os três principais representantes do pensamento alemão moderno com Kant, Fichte e Hegel.

Ver em 1008 01 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês

CONDORCET (1743-1794) nasceu na antiga província da Picardie, no Canal da Mancha, na França. Foi um sábio, destacado matemático, cientista, educador e filósofo, tornando-se membro da Academia de Ciências em Paris, mais tarde sendo seu secretário. Suas biografias dos acadêmicos, em especial a de Voltaire e a de Turgot, são de grande valor e merecem ser lidas até hoje. Também se recomenda a leitura do seu tratado de Aritmética Elementar bem como do Esquisse d'un tableau historique des progrès de l'esprit humain, o Esboço de um quadro histórico do progresso do espírito humano.
Ele foi eleito membro da Assembléia Legislativa em 1792 e ficou no partido dos Girondinos, o mais moderado grupo da Revolução Francesa. Com a queda desse partido, ele foi declarado fora da lei, expulso e condenado à morte, vivendo escondido por alguns meses. Em 1794 ele foi preso em Bourg-la-Reine, quando foi encontrado morto na prisão onde estava para ser conduzido para a morte pela guilhotina.
Foi durante sua condenação que ele escreveu sua obra imortal sobre o Progresso do espírito humano, que apresenta uma original e importante teoria da filosofia da história, que se tornou a base para a elaboração da sociologia teórica abstrata como ciência positiva, verificável e de leis infalíveis.  A parte mais importante da obra histórica de Condorcet é a Introdução, em que ele apresenta uma visão do futuro fundado sobre o estudo científico do passado. Ele começa por distinguir claramente o estudo do indivíduo do estudo das sociedades. As sociedades oferecem os fenômenos de reação entre os indivíduos e os fenômenos da sucessão das gerações.
É admirável o método que ele emprega quando abstrai das descrições concretas dos viajantes e dos historiadores o que existe de fatos gerais comuns a cada caso particular. Ele afirma que devemos escolher e combinar os fatos gerais da história dos diferentes povos de modo a construir o caso hipotético de uma só nação progredindo continuadamente desde a origem dos tempos.

Condorcet divide a vida de uma nação assim estudada em 9 períodos:
Passando da tribo vivendo da caça dos povos nômades, desses ao período sedentário da agricultura durante a qual a escrita é descoberta, chega à civilização grega que foi salva da destruição pela batalha de Salamina.
Ele descreve o desenvolvimento da filosofia e da arte na Grécia, o começo das ciências positivas, da matemática, da biologia, da psicologia.
Segue com a conquista romana e sua preciosa herança da jurisprudência, com o nascimento do cristianismo que surge da decadência de Roma.
O obscurantismo que resulta disso; a cultura da ciência na Europa depois das três cruzadas; a descoberta da bússola, a invenção da imprensa e o estímulo trazido pela Reforma protestante para o livre-pensamento.
O último período ele coloca como sendo depois de Descartes até a formação da República na França.
Ele conclui com uma descrição do futuro do espírito humano e da renovação social que então ocorre.

A filosofia histórica proposta pela obra-prima de Condorcet forma a base da nova ciência da sociedade. A sociologia científica abstrata com as leis infalíveis que regulam os fenômenos de grupo associado deve orientar a ação política no governo da sociedade humana.
Em 1805 foi publicada a segunda edição do seu trabalho Éléments du calcul des probabilités et son application aux jeux de hasard, à la loterie et aux jugements des hommes, Elementos do cálculo das probabilidades e sua aplicação aos jogos de azar, à loteria e aos julgamentos dos homens. Nesse estudo ele mostra que as eleições nem sempre conseguem escolher os melhores entre vários candidatos. Essa tese foi recentemente re-estudada e ampliada pelos estatísticos.
Condorcet foi precursor do estudo científico da sociedade, o criador da noção de progresso contínuo da espécie humana. Que revela o permanente aperfeiçoamento da humanidade, tal como comprovado pela pesquisa inteligente da história.
Condorcet foi um genial representante do Iluminismo, defensor da liberdade econômica, da tolerância religiosa, da reforma das leis e do ensino. O que ele desejou foi levar o império da ciência ao governo da sociedade.

AMANHÃ: A teoria política e a necessidade da unidade de comando no governo: De Maistre.



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