sexta-feira, 31 de outubro de 2014

1031 C KANT as duas realidades, a do sujeito observador e a do objeto observado

31 DE OUTUBRO. Kant: na Crítica da Razão Pura declara a morte da Metafísica

KANT
Immanuel Kant
(nasceu em 1724, em Königsberg, na Prússia; morreu em 1804, em Königsberg)

SISTEMÁTICO FECUNDO E INFLUENTE FILÓSOFO METAFÍSICO ALEMÃO

A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da religião e do feudalismo.
É quando os homens se libertam do poder do homem sobre o homem em nome de poderes por vezes injustos e misteriosos.
A quarta semana está sob a presidência de Hume, que, na discussão da natureza humana e da vida social, industrial e religiosa coloca as bases da moderna Sociologia teórica abstrata. Aqui estão historiadores filosóficos como Robertson e Gibbon; Condorcet com a teoria positiva da História; de Maistre que fez a primeira apreciação do sistema da Idade Média sob o ponto de vista humano e os três principais representantes do pensamento alemão moderno com Kant, Fichte e Hegel.
Ver em 1008 01 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês

KANT (1724-1804) nasceu em Koenigsberg, na antiga Prússia, hoje Kaliningrad, na Rússia, em família de origem escocesa. Estudou matemática e física na Universidade local e publicou várias memórias sobre as ciências. Numa de suas publicações ele previu a existência do planeta Urano, depois descoberto por Herschel. Em 1770 foi nomeado professor de lógica e de metafísica.
Em 1781, depois de 12 anos de preparação, preparou sua grande obra, a Crítica da razão pura, cuja publicação teve uma influência de grande importância na história da filosofia. A segunda edição foi feita depois de 6 anos, com mudanças substanciais.
Nessa época ele apresentou um ensaio de destaque sobre a filosofia da história universal em que o homem se apresenta como cidadão do mundo.
Em 1788, em sua Crítica da razão prática, ele procurou modificar suas doutrinas anti-religiosas da primeira obra, a Crítica da razão pura. Ali, ele demonstrara que a Metafísica não poderia ser considerada uma ciência, o que foi interpretado como a morte da metafísica, decretada por um grande pensador metafísico.
No primeiro período, Kant lecionava e escrevia com ampla liberdade de consciência, garantida pelo libertário imperador Frederico II da Prússia. O sucessor de Frederico II ameaçou Kant com a perda de seu lugar de professor na Universidade e perda de sua renda, caso ele continuasse com suas publicações anti-metafísicas e anti-religiosas.
Na Crítica da razão prática, Kant procura justificar filosoficamente as crenças religiosas e metafísicas, para não contrariar o novo governo imperial. E perder a renda recebida como professor oficial. O que faz depois de provar que é impossível demonstrar a existência de Deus na primeira fase de sua vida. Foi o retorno à forma de pensar com base em figuras de ficção imaginárias, absolutas, inverificáveis, como o Ser, o Ente, o Imperativo Categórico e Imperativo Hipotético.
Esse é um exemplo da violência do totalitarismo do poder político, na restrição da liberdade de consciência do pensador, invadindo o âmbito da ação dos intelectuais, que são os formadores da opinião, que são os líderes da sociedade, por meio da produção e ensino do conhecimento e da informação.
Kant nunca deixou Koenigsberg, onde viveu com uma simplicidade e uma regularidade extrema, universalmente respeitado. Ele morreu com 80 anos, em 1804.
Ele aceitou completamente as conclusões de David Hume sobre a relatividade dos nossos conhecimentos. O que significa que as verdades ditas absolutas, eternas, mas que não podem ser verificadas, não são claras e distintas, como recomendava Descartes e não podem ser aceitas em filosofia como certas e seguras, como científicas, positivas.
Kant fez um resumo metódico das doutrinas de David Hume, deixando bem clara a existência das duas realidades, a do observador e a da coisa observada, isto é, a existência do sujeito espectador e a existência do objeto, do espetáculo, do que é observado.
Na filosofia moderna considera-se que esse é um caso particular da lei geral dos seres vivos, em biologia, que afirma a subordinação do organismo vivo ao meio em que se encontra. Em outras palavras, o mundo exterior serve de alimento, estimulante e regulador, ao mesmo tempo, tanto para as ações mais elevadas do pensamento como para os mais simples atos materiais do ser vivo. É o mesmo dualismo SUJEITO e OBJETO, o que seja subjetivo e o que seja objetivo.

AMANHÃ: Criou a noção de progresso contínuo da espécie humana: Condorcet.


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