17 DE OUTUBRO. John
Locke: tornou a ciência confiável, útil, global pelo empirismo
LOCKE
John Locke
(nasceu em 1632, em
Somersetshire, Inglaterra; morreu em 1704 em Essex, Inglaterra)
FILÓSOFO INGLÊS
DO ILUMINISMO FUNDADOR DO EMPIRISMO
O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do
pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da
unanimidade católica e do feudalismo.
O mês de Descartes da
Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em
toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana
representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII
dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de
maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes,
Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de
semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em 1008 C em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES
A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do
mês
NOSSOS ANTEPASSADOS
INESQUECÍVEIS
Maiores figuras
humanas na antiguidade
que prepararam a
civilização do futuro.
JOHN LOCKE (1632-1704)
foi um pensador que teve muitos leitores, foi e ainda é muito famoso. Nasceu em
Somersetshire, na Inglaterra. Seu pai serviu no exército do Parlamento.
Estudou em Westminster e depois foi para Oxford, onde estudou
medicina e se destacou junto ao grande médico Sydenham. Foi com o diagnóstico
inteligente que fez da doença de que sofria o Lord Shaftesbury que Locke ganhou
a amizade do nobre.
Com uma saúde delicada e ainda por suas opiniões liberais serem
opostas às do governo, obrigou-se a sair da Inglaterra até depois da revolução
de 1688, chamada de A GLORIOSA por não ter derramado sangue e sido bem
sucedida.
Locke morou no sul da França e depois na Holanda, trabalhando por
vários anos em seu Ensaio sobre o entendimento humano, publicado
em 1690. Ao voltar para a Inglaterra, iniciou uma grande amizade com Isaac
Newton, mantendo com ele uma longa correspondência. Alem dessa grande obra, ele
escreveu o Ensaio sobre a tolerância, escrito
na Holanda, seu tratado sobre o Governo e
outro sobre a Educação.
O Ensaio dobre o
entendimento humano se compõe de 4 livros. O primeiro é uma refutação
da teoria de que as idéias são inatas no espírito. O segundo livro
contêm sua análise e classificação das idéias. Todas as idéias são tomadas da experiência. Umas são obtidas pelos
sentidos, outras são da reflexão do espírito sobre suas operações.
O terceiro livro trata da linguagem e contem certas refutações da doutrina metafísica das essências, ele mostrando que as essências são simples abstrações
artificiais feitas pelo homem.
O quarto livro trata do conhecimento e da demonstração. O que mais
chama a atenção é o desprezo que o autor mostra em relação ao silogismo
escolástico. Esse procedimento não é, diz ele, o modo empregado por aqueles
que fazem um uso judicioso de sua própria razão.
Explicado a uma mulher camponesa que o vento é aquele de Sudoeste
e que o tempo é de chuva, ela compreenderá facilmente que não é seguro para ela
sair sem agasalho após ter uma forte febre na gripe. Ela percebe claramente a
relação provável de tudo aquilo, do vento de Sudoeste e as nuvens, a chuva, o
frio, a recaída na febre e na gripe com o perigo de morrer. Mas não entrará na
confusão desses tropeços artificiais e embaraçantes dos vários silogismos que
atrapalham o espírito. Ela poderá passar de uma idéia a outra mais depressa e
mais claramente sem os silogismos.
O emprego direto da observação da realidade é o
característico de destaque no método da filosofia de Locke. É o emprego da
experiência, do empirismo na pesquisa científica e filosófica.
A evolução científica, partindo das ciências mais simples, exigiu
novos métodos de pesquisa. Na matemática, as observações, ou seja, a INDUÇÃO é
muito simples. Dois mais dois são quatro, a experiência é feita com os dedos.
Nas doutrinas antigas, a imaginação que deduzia as verdades
divinas era, de fato, a conclusão do que era lido nos livros antigos, era uma
DEDUÇÃO pura, uma hermenêutica, um
estudo nada científico, sem base na observação do mundo.
O progresso científico, especialmente alcançando a astronomia, a
física, a química e depois a biologia, exigiu uma aprendizagem para que o
emprego da indução e da dedução fosse bem regulado. A questão foi resolvida no
método moderno subordinando a dedução à
indução. Ou seja, primeiro se
experimenta, se observa, isto é, se faz a
indução, para depois generalizar pela dedução.
Essa foi a importante participação inicial de Locke na demorada
evolução da teoria da ciência positiva
abstrata, da epistemologia moderna. Um progresso que nos fornece hoje o saber confiável, positivo, útil,
reproduzível, globalizado, por leis
abstratas infalíveis, capaz de realizar as mais importantes previsões,
dentro da aproximação desejada. E que são a base da moderna indústria, da
política e da educação. Com que nos permite melhorar muito a saúde humana,
regular a prática política planejada e aperfeiçoar o comportamento humano.
AMANHÃ: Os grandes pensamentos vêm do coração: Vauvenargues.
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