quinta-feira, 16 de outubro de 2014

1017 C JOHN LOCKE primeiro se experimenta depois se generaliza pela indução

17 DE OUTUBRO. John Locke: tornou a ciência confiável, útil, global pelo empirismo

LOCKE
John Locke
(nasceu em 1632, em Somersetshire, Inglaterra; morreu em 1704 em Essex, Inglaterra)

FILÓSOFO INGLÊS DO ILUMINISMO FUNDADOR DO EMPIRISMO

O RACIOCÍNIO CIENTÍFICO NA FILOSOFIA MODERNA
A grande revolução do pensamento humano ocorreu com o fim da Idade Média, com a queda do papado, da unanimidade católica e do feudalismo.
O mês de Descartes da Filosofia Moderna descreve essa importante revolução intelectual, a maior em toda a história da sociedade humana ao estender a razão experimental a todo conhecimento.
A segunda semana representa o desenvolvimento da pesquisa científica dos séculos XVII e XVIII dirigida à natureza individual do homem físico e moral, em grande parte de maneira preparatória e indutiva da Psicologia científica abstrata. Hobbes, Locke, Vauvenargues, Diderot e Cabanis aqui são comemorados. Bacon é o chefe de semana ao colocar a filosofia ao serviço do homem.
Ver em 1008 C  em 08 de outubro o QUADRO DO MÊS DE DESCARTES A FILOSOFIA MODERNA, com os grandes nomes representativos da evolução social do mês

NOSSOS ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade
que prepararam a civilização do futuro.

JOHN LOCKE (1632-1704) foi um pensador que teve muitos leitores, foi e ainda é muito famoso. Nasceu em Somersetshire, na Inglaterra. Seu pai serviu no exército do Parlamento.
Estudou em Westminster e depois foi para Oxford, onde estudou medicina e se destacou junto ao grande médico Sydenham. Foi com o diagnóstico inteligente que fez da doença de que sofria o Lord Shaftesbury que Locke ganhou a amizade do nobre.
Com uma saúde delicada e ainda por suas opiniões liberais serem opostas às do governo, obrigou-se a sair da Inglaterra até depois da revolução de 1688, chamada de A GLORIOSA por não ter derramado sangue e sido bem sucedida.
Locke morou no sul da França e depois na Holanda, trabalhando por vários anos em seu Ensaio sobre o entendimento humano, publicado em 1690. Ao voltar para a Inglaterra, iniciou uma grande amizade com Isaac Newton, mantendo com ele uma longa correspondência. Alem dessa grande obra, ele escreveu o Ensaio sobre a tolerância, escrito na Holanda, seu tratado sobre o Governo e outro sobre a Educação.
O Ensaio dobre o entendimento humano se compõe de 4 livros. O primeiro é uma refutação da teoria de que as idéias são inatas no espírito. O segundo livro contêm sua análise e classificação das idéias. Todas as idéias são tomadas da experiência. Umas são obtidas pelos sentidos, outras são da reflexão do espírito sobre suas operações.
O terceiro livro trata da linguagem e contem certas refutações da doutrina metafísica das essências, ele mostrando que as essências são simples abstrações artificiais feitas pelo homem.
O quarto livro trata do conhecimento e da demonstração. O que mais chama a atenção é o desprezo que o autor mostra em relação ao silogismo escolástico. Esse procedimento não é, diz ele, o modo empregado por aqueles que fazem um uso judicioso de sua própria razão.
Explicado a uma mulher camponesa que o vento é aquele de Sudoeste e que o tempo é de chuva, ela compreenderá facilmente que não é seguro para ela sair sem agasalho após ter uma forte febre na gripe. Ela percebe claramente a relação provável de tudo aquilo, do vento de Sudoeste e as nuvens, a chuva, o frio, a recaída na febre e na gripe com o perigo de morrer. Mas não entrará na confusão desses tropeços artificiais e embaraçantes dos vários silogismos que atrapalham o espírito. Ela poderá passar de uma idéia a outra mais depressa e mais claramente sem os silogismos.
O emprego direto da observação da realidade é o característico de destaque no método da filosofia de Locke. É o emprego da experiência, do empirismo na pesquisa científica e filosófica.
A evolução científica, partindo das ciências mais simples, exigiu novos métodos de pesquisa. Na matemática, as observações, ou seja, a INDUÇÃO é muito simples. Dois mais dois são quatro, a experiência é feita com os dedos.
Nas doutrinas antigas, a imaginação que deduzia as verdades divinas era, de fato, a conclusão do que era lido nos livros antigos, era uma DEDUÇÃO pura, uma hermenêutica, um estudo nada científico, sem base na observação do mundo.
O progresso científico, especialmente alcançando a astronomia, a física, a química e depois a biologia, exigiu uma aprendizagem para que o emprego da indução e da dedução fosse bem regulado. A questão foi resolvida no método moderno subordinando a dedução à indução. Ou seja, primeiro se experimenta, se observa, isto é, se faz a indução, para depois generalizar pela dedução.
Essa foi a importante participação inicial de Locke na demorada evolução da teoria da ciência positiva abstrata, da epistemologia moderna. Um progresso que nos fornece hoje o saber confiável, positivo, útil, reproduzível, globalizado, por leis abstratas infalíveis, capaz de realizar as mais importantes previsões, dentro da aproximação desejada. E que são a base da moderna indústria, da política e da educação. Com que nos permite melhorar muito a saúde humana, regular a prática política planejada e aperfeiçoar o comportamento humano.

AMANHÃ: Os grandes pensamentos vêm do coração: Vauvenargues.



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