24 DE AGOSTO: Arkwright rolos de laminação
para a produção de fios para tecidos
ARKWRIGHT
Sir Richard
Arkwright
(nasceu em 1732 em
Preston, Inglaterra; morreu em 1792 em Cromford, Inglaterra)
INVENTOR INGLÊS
NA MECANIZAÇÃO DA FIAÇÃO DE ALGODÃO
A INDÚSTRIA MODERNA
Nesta
segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de
materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da
semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que
imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.
Ver em
0813 C Quadro do Mês de Gutenberg, A
Indústria Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.
NOSSOS
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores
figuras humanas na antiguidade
que
prepararam a civilização do futuro.
ARKWRIGHT (1732-1792) nasceu em família pobre, em Preston,
uma cidade com porto no noroeste da Inglaterra, condado de Lancashire, em 1732.
Começou a trabalhar com aprendiz de barbeiro e depois na fabricação de perucas.
Nessa atividade viajou por todo o território da Grã-Bretanha e começou sua
auto-educação que duraria o resto de sua vida. Mais tarde, em 1764, aos 32
anos, veio a se dedicar à fiação de algodão. A formação de um fio é que se
chama de fiar, fazer a fiação.
Sua primeira máquina de fiar foi construída usando a força de um
cavalo. Obteve a patente de sua máquina em 1769. Ele observou a laminação do
aço, feita com a passagem do metal entre dois cilindros laminadores. O
laminador seguinte ao primeiro tem uma velocidade maior do que o primeiro
laminador, porque o material estirado tornou-se mais longo. Arkwright imaginou
fazer o mesmo com a fiação do algodão, fiando e estirando as fibras retorcidas
do material. O algodão seria primeiro cardado, isto é, penteado por escovamento,
antes sendo retiradas as impurezas da fibra usada como matéria prima.
Esse foi o princípio da invenção da máquina de fiar de Arkwright,
fabricada com a colaboração Kay, um relojoeiro de Warrington. O inventor James
Hargreaves tivera anos antes, sua máquina de fiar destruída por fiandeiros que
faziam a fiação manual, no Lancashire, receosos da perda de seus empregos pela
produção muito mais rápida pela nova técnica. Conhecendo esse risco, Arkwright
instalou sua primeira fábrica bem longe, em Nottingham, em 1769.
Ele melhorou o acionamento de sua segunda fábrica, construída em
Cromford, Derbyshire, movida pela força da queda dágua, muito mais econômica.
Muitos melhoramentos foram feitos na máquina de fiar até 1775, então
considerada em sua forma definitiva.
A máquina de Arkwright produzia um fio muito mais forte, adequado
para a urdidura, que é o fio longitudinal na tela da peça de um tecido. A
máquina de fiar inventada antes, em 1767, por Hargreaves, a spinning jenny, a “Jane que fia”, produzia um fio mais
fraco, que só podia ser usado na trama, que é o fio transversal na peça de
tecido.
A principal oposição sofrida por Arkwright veio tanto dos
fabricantes do Lancashire como dos seus operários. Eles formaram um movimento
para impedir a compra do fio de suas fábricas. Opuseram-se com força contra a
diminuição do imposto sobre os tecidos de algodão. Deixaram destruir uma de
suas fábricas em Chorley, num tumulto com a presença da polícia, sem que
ninguém tentasse intervir. A patente obtida por Arkwright causou vários
processos de anulação e seu direito sobre uma patente ampliada foi finalmente
negado em 1775.
Com vários
sócios, Arkwright abriu várias fabricas e em poucos anos ele operava um grande
número de fábricas equipadas com maquinaria para todas as fases de fabricação
de tecidos, desde as cardas até a fiação da fibra do algodão e da formação do
tecido e seu tingimento. Ele foi bem sucedido na indústria, e mais tarde, em
1786, foi feito cavaleiro da Inglaterra pelo rei George III, tornando-se Sir
Arkwright.
A produção de
fios e a tecelagem é uma das primeiras formas do trabalho humano na antiguidade.
O emprego da roca e do fuso é feito desde os tempos da pré-história. Nós não
temos registro da época muito recuada no tempo em que as curtas fibras dos
vegetais foram colocadas lado a lado e reunidas pela torção, de maneira a
formar um fio contínuo longo, para fabricar cordas e tecidos. A formação de um
fio é que se chama de fiar, fazer a fiação.
Essa história
mostra como o progresso numa das atividades mais importantes se faz com a
colaboração individual, reunida na sociedade pelo sentimento de união dos
humanos ao longo dos séculos. É a nossa dívida em relação ao passado da
sociedade, nossa dívida a nossos antecessores na grande família humana. E
claramente se vê que não foi pela destruição das primeiras máquinas que se fez
o progresso. O conflito, a guerra, a luta, destroi, não constroi.
AMANHÃ:
Ele era capaz de inventar qualquer coisa necessária, desde o projeto até o
acabamento: Nicolas-Jacques de Conté.
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