sexta-feira, 15 de agosto de 2014

0815 C VASCO DA GAMA navegando para o oriente chega pela primeira vez na Índia

15 DE AGOSTO: Vasco da Gama almirante luso no conhecimento do planeta humano

VASCO DA GAMA
1º Conde da Vidigueira
(nasceu 1460, em Sines, no Baixo Alentejo, Portugal; morreu em 1524, em Cochin, na Índia)

NAVEGADOR PORTUGUÊS DESCOBRIDOR DO CAMINHO MARÍTIMO PARA A ÍNDIA

A INDÚSTRIA MODERNA
Nos últimos anos da idade média foram libertados os servos da gleba, trabalhadores rurais ligados à agricultura do feudo e a seu barão. Entre os anos 700 e 1000 ocorre a libertação dos servos, que se tornam comerciantes e artesões na manufatura de bens de necessidade imediata. O que ocorre nos burgos, povoados formados fora das muralhas dos castelos. Nasce então a burguesia.
FORMAÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO DO CAPITALISMO
A atividade nos burgos pelos artesãos libertados do trabalho agrícola no feudo produzia o que era demandado pelas necessidades imediatas. Desse modo foi iniciada a organização inicial da indústria e do comercio.
A partir do século XI, a partir do ano 1001, já foi reconhecida a indústria moderna, instituída no sistema econômico do capitalismo. Que a seguir foi empregado com sucesso em todo mundo ocidental. Desde antiguidade no comercio a troca era feita em liberdade pelos proprietários das mercadorias que ficavam com os lucros e as perdas do negócio. Essa forma natural de operação é o capitalismo, em que os meios para sua operação são de propriedade particular, o risco sendo remunerado pelo lucro. Com a universalização dos negócios pela globalização o capitalismo está formalizado em todo mundo.
Nesta primeira semana comemoramos os grandes exploradores por terra e por mar, que nos fazem conhecer a extensão do planeta. A influencia do comercio sobre o governo político tem por tipos Jacques Coeur e Gresham. A aplicação da ciência abstrata à navegação se vê em Napier e Briggs.
Ver em 0813 01 C  O QUADRO DO MÊS GUTENBERG, A INDÚSTRIA MODERNA, com os grandes tipos humanos do mês.

VASCO DA GAMA (1460-1524) nasceu em Sines, onde seu pai comandava a fortaleza local, na costa da província de Alentejo, no sudoeste de Portugal. Ele nasceu cerca do ano de 1460, tendo estudado em Évora. A família de Vasco tinha servido com distinção, por várias gerações, aos reis de Portugal.
O crescimento do mercado no fim da Idade Média fez crescer a demanda de produtos da Índia. A extinção do feudalismo da Idade Média, com a liberdade dos trabalhadores do campo e com o crescimento das vilas e cidades, fez crescer as trocas e aumentar a necessidade de mais comércio com diferentes produtos.
Com a queda da dinastia mongol na China, as trocas comerciais com os europeus tornaram-se mais difíceis. O que fez nascer uma necessidade urgente de achar um caminho para a Índia pelo mar.
Com a orientação do príncipe português dom Henrique o Navegador, numerosas expedições foram mandadas para a costa oeste da África, o que acabou, gradualmente, com o terror que o desconhecimento da região apresentava. O rei dom João II continuou com as expedições e, em 1487, Bartolomeu Dias chegou ao cabo da Boa Esperança.
Estimulado pela descoberta da América por Cristóvão Colombo, o rei dom Manuel I, o venturoso, em 1497 equipou três navios para realizar a viagem para a Índia por mar. Escolheu Estevão da Gama, o pai de Vasco, para chefiar a expedição. Mas Estevão faleceu antes de viajar e Vasco tomou o seu lugar.
Partindo de Lisboa no mês de julho, Gama dobrou o cabo da Boa Esperança em outubro. Ele obteve pilotos do rei de Melinda, ao norte de Zanzibar e foi para Calicut pela costa do Malabar, na Índia, lá chegando em 17 de maio de 1498. Calicut, hoje Kozhikode, era o centro comercial mais importante do sul da Índia, tendo então as trocas por via terrestre monopolizadas pelos mouros. A chegada dos navios portugueses provocou uma natural hostilidade por parte dos comerciantes. Mas Gama tinha uma energia invencível e um arsenal completo de recursos estratégicos. Por meio de ameaças, de promessas, de presentes magníficos, conseguiu estabelecer um acordo de negócios. Em seguida retornou a Portugal para relatar o resultado de sua pioneira, longa e perigosa missão.
Vasco da Gama voltou à Índia em 1502 para vingar um massacre de colonos estabelecidos no novo centro comercial, e retornou mais tarde em 1524, na qualidade de vice-rei da Índia e com o honroso título de dom Vasco da Gama. Durante mais de 25 anos os portugueses mantiveram seu empreendimento comercial com espantosa energia e até mesmo com muita violência.
Os seus navios navegavam do cabo da Boa Esperança até a extremidade da China, que ainda não se sabia que se tratava do que Marco Polo chamou de Cathay. Construíram uma série de fortes e de entrepostos que serviam de defesa contra todo o ataque inimigo.
Ao voltar em 1524 à Índia, nos poucos meses que durou o seu governo, Vasco da Gama fez um levantamento da conduta de seus funcionários, para saber como eles haviam enriquecido. Colocou a Índia no caminho mais adequado para atender ao serviço do rei e para satisfazer o bem do povo, distribuindo a justiça onde necessária. Gama morreu na Índia em 1524, seu corpo sendo levado para Portugal.
Vasco da Gama foi imortalizado no poema de OS LUSÍADAS de Luiz de Camões. É a epopéia do sistema moderno de comércio universal, inaugurado com a descoberta do caminho marítimo para a Índia. A descoberta de Vasco da Gama, navegando para o oriente e a descoberta de Fernão de Magalhães para ocidente, pelo sul da América, realizaram a satisfação exigida pelo crescimento do comércio internacional da época.
A sociedade humana passou a conhecer o seu planeta e a tomar posse de suas riquezas por meio de grandes esforços coletivos.


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