23 DE AGOSTO: John Dollond justaposição de
lentes no progresso da ótica
DOLLOND
John Dollond
(nasceu em 1706, em
Londres; morreu em 1761, em Londres)
SÁBIO CIENTISTA INGLÊS
INVENTOR DAS LENTES ACROMÁTICAS
Nesta
segunda semana estão os representantes dos que desenvolveram o emprego de
materiais para obter máquinas úteis ou peças artísticas. Vaucanson é o chefe da
semana. Ele mostrou extraordinária habilidade em criar autômatos, máquinas que
imitam o movimento e funções de um ser vivo, animado.
Ver em
0813 01 C Quadro do Mês de Gutenberg, A Indústria
Moderna, com os grandes tipos representantes do mês.
NOSSOS
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores
figuras humanas na antiguidade
que
prepararam a civilização do futuro.
JOHN
DOLLOND (1706-1761)
era filho de um francês protestante fabricante de tecidos de seda. Seu pai,
refugiado da perseguição religiosa no seu país, estabeleceu-se em Spitalfields,
um distrito de Tower Hamlets na Grande Londres. Nessa área, a tecelagem da seda
fora introduzida por huguenotes foragidos da França, nos anos 1600, no século
17.
Dollond
desde cedo mostrou interesse pelas ciências e aprendeu línguas, matemática e
física por esforço próprio. Tornou-se um sábio e um cientista destacado. Mas só
depois da madureza, em 1752, associado ao seu filho Pierre, passou a fabricar
material de ótica. Dollond é o fundador de uma família de óticos que floresceu
por mais de um século.
Os
primeiros fabricantes de telescópios verificaram que a imagem observada
aparecia cercada de uma borda com as cores do arco íris, o que tornava confusa
a visão. Esse fenômeno foi chamado de aberração cromática. Newton demonstrara
que quando um raio de luz branca atravessava um prisma, refratando, as cores
que compunham a luz se dispersavam, isto é, as cores sofriam refração
diferente.
Em
1747 levantou-se uma controvérsia a respeito da afirmação de Newton de que essa
aberração cromática das lentes não poderia ser eliminada. Dollond em princípio
concordou e pensou que esse defeito era totalmente próprio às lunetas
refringentes e deixou de fabricá-las, e se dedicou aos telescópios de espelho
refletor, no que foi seguido pelos mais experimentados óticos.
Apesar
da grande autoridade de Newton, sempre se manteve a esperança de que, pela
combinação de meios de transmissão da luz com poderes refratores diferentes se
poderia neutralizar a dispersão das cores.
Euler
propôs fazer a combinação de lentes ocas, cheias com água, com as lentes de
cristal. Chester Hall, de Essex parece ter chegado em 1730 a realizar uma
combinação análoga. Mas Dollond não teve conhecimento dessa experiência, que,
de fato, só foi comunicada muito mais tarde. Ele foi levado a fazer
experiências nessa questão ao ler uma memória de Kingenstierna da Suécia. Seus
testes foram coroados de sucesso e foram claramente descritas na memória que
Dollond leu diante da Sociedade Real de Ciências em 1758. Depois de ter
explicado os fenômenos de refração e de dispersão, ele mostrou que se um raio
de luz passando através de dois prismas de mesma substância dispostos de modo
que as refrações sejam iguais e em sentidos contrários, o raio de luz que sai é
de luz branca, sem cores. Mas o que ocorre se a refração oposta se faz em meio
diferente? Newton mantém que se teria o mesmo resultado: Dollond se dispôs a
examinar o problema.
Das
experiências que fez, Dollond começou a pesquisar a propriedade ótica dos
diferentes tipos de vidro. Depois de repetidos ensaios, ele verificou que o
vidro tipo Crown e o tipo Flint tinham poder dispersivo muito diferente. O
vidro Crown era de uso comum em telescópios e microscópios nessa época. O seu
índice de refração é baixo. O vidro Flint tem um índice de refração alto. Mas
era muito mais duro para trabalhar e tinha menor aplicação. Fazendo a
combinação de peças dos dois tipos de vidro, de modo que a sua refração ficasse
na relação de 3 para 2, em direções opostas, ele conseguiu neutralizar a
dispersão colorida.
Dollond
tinha criado a lente sem aberração cromática, sem as inconvenientes bordas
coloridas, a lente acromática. É a combinação de uma lente convexa Crown colada
a uma lente côncava Flint. Dollond patenteou e comercializou sua invenção.
A
invenção de Dollond resultou, na verdade, de várias tentativas de antecessores
e de contemporâneos seus. Muitos fabricantes procuravam a solução do problema,
em vários países.
Dollond
continuou a produzir telescópios de primeira qualidade e sua fabricação de
aparelhos óticos passou para seus filhos John Júnior e Pierre, depois que
Dollond morreu em 1761 em Londres.
AMANHÃ:
O inventor de aperfeiçoamentos na produção de fios para tecidos: Sir Arkwright.
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