quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

0131 C ANACREONTE poesia grega lírica suave e os prazeres de viver


31 DE JANEIRO. Anacreonte: Seus alegres versos líricos e sátiras.

ANACREONTE
Anacreon
(nasceu cerca do ano 582, em Teos, na Ásia Menor; morreu cerca do ano 485 antes de nossa era)

NOTÁVEL POETA LÍRICO GREGO ANTIGO EM SÁTIRAS E POEMAS

O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do Oriente
Na Grécia a arte coordenou a política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
Foi uma guerra entre o politeísmo militar e o politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por humanos.
Nesta semana são consagrados os poetas líricos e trágicos da Grécia, num período de mais de 1300 anos. A semana tem como chefe Ésquilo, que a termina.
Ver em 0129-01 C Quadro do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os grandes tipos representantes do mês.

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.


ANACREONTE era um grego da Jônia, nascido em Teos, um porto de mar na Ásia Menor. Ele vivia numa época em que os gregos da Ásia estavam expostos a ataques que chegavam dos povos do oriente.
Ele foi duas vezes obrigado a mudar de residência e se estabelecer na corte do tirano Policrato, o brilhante dominador de Samos. Depois da morte de Policrato, ele encontrou um outro protetor no tirano Hiparco, de Atenas. A sua popularidade era grande na cidade, mesmo depois do assassinato de Hiparco no ano 514.
Anacreonte é o poeta típico da Jônia, o poeta da felicidade, da alegria, da graça. Ele também é o poeta do amor, mas de um amor oposto ao amor de Safo. Anacreonte vivia na ociosidade e no conforto, cantando o amor e o vinho com uma continuada volúpia que nada temia a não ser a chegada da velhice. Ficou famoso por suas composições que exaltavam os prazeres da vida e do amor.
No dialeto da Jônia, Anacreonte foi o mais importante escritor da poesia lírica. Poucos fragmentos de seus versos chegaram até nós. Ele viveu quase sempre nas cortes dos tiranos que eram protetores importantes da arte e da literatura nos anos 500 antes de nossa era.
Os poemas de Anacreonte mais citados por autores mais recentes são principalmente de exaltação do amor, do vinho e do sonho. Ele pode ter escrito poemas sérios, que não foram citados. Não gostava de estilos exóticos escrevendo de modo formal e elegante. Sua métrica é suave e simples, embora seu conjunto mostre certa ironia no aproveitamento dos prazeres de viver.
A poesia, como forma de literatura, faz ressaltar o ritmo da linguagem e vários outros meios de som e de imaginação no uso das palavras para o embelezamento da vida humana.
O rival de Anacreonte na literatura antiga é o poeta Horácio. Mas Anacreonte não tem a sábia calma de Horácio ou de sua doce simpatia para todas as fases da vida humana.
No entanto, Anacreonte escreveu os mais alegres e os mais atraentes de todos os versos gregos e deu o tom aos escritores que vieram depois dele. O seu estilo ficou bem marcado na literatura, até que os versos feitos em modo e tema similar ao seu estilo, passaram a ser chamados de “anacreônticos”.
A fama de Anacreonte chegou até ao ponto de fazer com que um certo número de poemas compostos na sua maneira graciosa, nos quatro séculos que se seguiram, passaram correntemente como se fossem de Anacreonte.
Vários autores da Europa recente escreveram poesia no estilo anacreôntico. Anacreonte chegou a influenciar a literatura moderna na Itália e na Alemanha, a Goethe e Ronsard.

AMANHÃ: Os hinos e odes da inspirada lírica de Píndaro.

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