28 DE JANEIRO. Maomé:
A Teocracia do grande líder religioso.
MAOMÉ
Mahomet em
francês; Muhammad em inglês; por extenso: Abu al-Qasim
Muhammad ibn 'Abd Allah ibn 'Abdal-Muttalib ibn Hashim
(nasceu em 570 em Meca,
Arabia; morreu em 632 em Medina, Arabia)
PROFETA FUNDADOR
DA RELIGIÃO ISLÂMICA PARA GRANDE PARTE DO MUNDO
Maiores
figuras humanas na antiguidade, preparando
a
civilização do futuro.
MAOMÉ era filho de Abdallah, que era filho de Abd-el-Mottalib da
tribo dos Koreishitas, que por duzentos anos dominaram a região de Meca. Na
vasta península da Arábia nenhum governo central se formou. Várias tribos, em
parte nômades, em parte sedentárias, tinham o domínio sobre territórios mal definidos;
certa unidade era mantida pela linguagem comum, pelos mesmos costumes, pelas
peregrinações religiosas e pelas viagens de negócio.
Havia muitos templos locais em que o culto fetíchico de pedras e o
culto das estrelas eram praticados. Em alguns lugares os poderes divinos eram
representados na forma humana. Nenhum templo era tão sagrado como o templo de
Meca, onde três divindades eram adoradas. O objeto central do culto em Meca era
para uma pedra negra, colocada no ângulo oriental do muro do templo.
O pai de Maomé morreu antes que ele nascesse e sua mãe Amina
faleceu quando ele ainda estava na infância. Abou-Taleb, irmão de seu pai,
cuidou de Maomé e lhe confiou o cuidado de sua criação de animais. Ele se
distinguiu por seu distanciamento dos prazeres grosseiros dos jovens e por uma
lealdade sem falhas. Seu nome era então Al Amin, o leal.
Aos 25 anos ele tornou-se o agente viajante de Kadichah, uma rica
viúva 15 anos mais velha do que ele. Ela ficou sendo sua mulher, que o apoiou
com sua confiança inquebrantável durante as lutas internas que ocorreram antes
que Maomé começasse sua missão religiosa. Ela foi sua primeira discípula.
Vários anos se passaram antes que ele se colocasse em oposição
contra os costumes de sua tribo. Quando o templo de Meca foi destruído por uma
inundação, Maomé ficou encarregado de recolocar a pedra sagrada em seu lugar.
Ele fez a tarefa com grande sucesso. Com 35 anos de idade, era alto, tinha o
peito largo, grande cabeça, com os olhos em chamas. Muitas
vezes ele se retirava para uma gruta solitária para meditar.
Na gruta lhe foi revelado o que deveria fazer como a obra de sua
vida por uma visão feita com o fogo do céu, quando seus cabelos ficaram brancos
e ele ficou momentaneamente sem forças. Maomé tornara-se o profeta enviado por
Deus para unir todas as nações do Islã.
A pregação de Maomé começou com poucos adeptos. Logo um rico
comerciante, Abou-Bekr, seu mais caro amigo e seu sucessor imediato, junto com
outros, formaram um primeiro grupo de discípulos. No espaço de três anos se
multiplicaram até chegarem a ser 40 adeptos. O sucesso de Maomé foi lento.
Durante a grande peregrinação do ano 620 vários moradores de
Medina se declararam pela nova fé de Maomé e juraram fidelidade. Suas
expressões são significativas: “Nós só
adoraremos um único Deus; não mais roubaremos, não cometeremos o adultério, não
mataremos mais nossos filhos, não caluniaremos de forma alguma e nós não
desobedeceremos ao profeta em tudo que seja justo.”
O primeiro passo foi juntar a força política ao poder religioso,
reunindo as tribos árabes em torno de Medina como centro do governo, enquanto
Meca permaneceria a cidade sagrada, o centro da fé, o ponto para o qual cada
devoto muçulmano deveria se dirigir em suas preces. A Hégira ou fuga a Medina,
que ocorreu em 622, é considerada a data inicial da era maometana.
Dez anos depois da morte de Maomé sua religião já era
preponderante na Síria, na Pérsia e no Egito. Antes do fim do século a fé
dominou o norte da África e começou a ameaçar a Europa do ocidente.
Comparando Maomé com a doutrina estabelecida por Paulo de Tarso no
cristianismo, verifica-se que Maomé se dirigiu aos governantes; Paulo de Tarso
se dirigiu aos governados. Maomé fez governos com religião oficial. Paulo fez
uma religião separada do Estado, com o lema – “A César o que é de César, a Deus
o que é de Deus”. Essa foi a religião do continente mais adiantado: a Europa do
ocidente.
Interessante notar que Maomé poderia ter sido o Messias que os
judeus ainda esperam: o Profeta que dominou o mundo pela fé imposta pela força.
Quase dominou toda a Europa. Foi até a Espanha, no sul do continente. Então os
dois monoteísmos, o maometano e o cristão, se neutralizaram. Ninguém chegou à
vitória final, ao domínio mundial.
Ambos os monoteísmos contribuíram para o progresso da sociedade
humana em sua longa evolução.
Hoje temos uma evolução exigindo uma nova filosofia de ciência, de
indústria e de paz para a solução dos grandes impasses: a filosofia do
humanismo social.
AMANHÃ: O mês da Poesia Antiga; Homero; Hesíodo que com Homero
criou a fé grega.
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