JANEIRO 21. Confúcio: nada
sabes da vida; que podes saber da morte?
CONFÚCIO, CONFUCIUS
K’ung-fu-tzu,
Kongfuzi, K’ung Ch’iu nome original
(nasceu em 551 antes da nossa era, em Shantung,
Lu, China; morreu em 479, em Lu, China)
FILÓSOFO
HUMANISTA CHINÊS DE MAIOR INFLUÊNCIA NA HISTÓRIA DO PAÍS
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando a civilização do futuro.
CONFÚCIO (551 -479 aC) nasceu perto da cidade
de Yen-Chow na província de Shan-Tong ou Shantung. Até hoje se comemora como
seu aniversário o dia 28 de setembro na China. Em Taiwan esse dia é feriado
oficial, o “Dia do Professor”.
Ele ficou órfão de pai quando ainda não tinha 3 anos de idade.
Confúcio recebeu grande influência de sua mãe, a quem dedicou profunda
veneração. Quando adolescente, ele tornou-se um ativo estudioso e quando já era
um jovem professor, nas visitas ao Grande Templo perguntava a respeito de todos
os assuntos.
Ele tornou-se um grande líder da cultura nacional chinesa. Muitos
dos clássicos antigos foram atribuídos a sua autoria. Esses livros,
interpretados por Confúcio e por seus discípulos formaram a literatura básica
da educação na China por mais de 2.000 anos.
Os antropólogos acreditam que o homem moderno, sucessor do Homo
erectus ou do Homo sapiens tenha chegado à China há mais de 200.000 anos atrás,
entrando na Idade da Pedra, de muito longa duração. A agricultura foi feita a
partir de 10.000 anos aC, havendo indícios de populações na Idade da Pedra
Polida 5.000 anos depois.
A primeira religião com esses povos já em estado sedentário era um
Fetichismo, que é a adoração de objetos chamados feitiços ou feitiches, sendo
todos os
corpos supostos como possuídos de magia, capazes de “feitiçaria”. Foi nessa
época que os homens fizeram a domesticação de porcos, cães, carneiros e do boi.
Os povos pastores conseguiam fazer a observação do céu e os fetiches mais
importantes passaram a ser os astros. A adoração e reverência aos astros levou
à evolução do Fetichismo para a Astrolatria, a religião dos fetiches celestes.
Só após longo progresso, os humanos passaram a ter a capacidade de abstração, pensando nas
propriedades dos corpos em separado dos corpos, como a força, a cor, o calor.
Só com a abstração puderam entender que entidades sobrenaturais poderosas
poderiam explicar os acontecimentos observados. Assim foram pensados com toda
sinceridade os seus deuses, que passaram a ter os poderes que antes estavam nos
próprios objetos, nos fetiches e amuletos. Os chineses não criaram deuses como
no Politeísmo de outras civilizações.
Na China a história é feita por muitas dinastias, e a transição da
Idade da Pedra para a Idade do Bronze teria sido feita na dinastia Xia. Objetos
de bronze foram achados desse período, cerca de 2.000 a 1.500 anos antes de
nossa era. A seguir chegou a dinastia Shang (1600 a 1000 aC ) e depois a
dinastia Zhou, cerca de 1000
a 200
aC .
Os reis na China faziam sacrifícios e rituais religiosos e se
comunicavam com seus antepassados interpretando os sinais em ossos de animais
ou em cascos de tartarugas preparados por adivinhos profissionais.
As crenças chinesas eram fetichistas, ligadas aos objetos, à
terra, ao céu, havendo um elaborado culto às coisas e não a deuses abstratos,
figuras da ficção humana, como feito em outros países. Os reis eram, portanto,
sacerdotes-imperadores de uma religião sem deuses, ao mesmo tempo que possuíam
o domínio do governo político. As dinastias faziam os sacerdotes laicos ou
seculares se sucederem por hereditariedade.
A China criou uma Teocracia diferente, com uma religião fetichista
ritual, em grande população, iniciando a indústria humana e realizando a
primeira acumulação do capital nessa civilização. Dessa forma mostrou as mesmas
características das Teocracias Conservadoras do Politeísmo. A China tornou-se
uma Teocracia Conservadora fetichista
única no mundo.
Na dinastia Shang (1600
a 1000
aC ) a indústria
do bronze se desenvolveu com grande população encarregada das minas, do
refino e transporte do minério de cobre e de estanho, de carvão. Artesãos
habilidosos eram necessários para esculpir os moldes e para o acabamento das
peças, algumas com até 800 quilos de peso. O bronze era usado mais para os
rituais do que para a guerra. A indústria do ferro, usado para ferramentas e
utensílios foi criada na dinastia Zhou (1000 a 200 aC).
A doutrina que orientou a grande Teocracia secular da China, sem
deuses, a partir de então, foi o ensino de Confúcio conservado e desenvolvido
por seus alunos. Confúcio se dirige ao pensamento do homem, não comportando
nenhum misticismo. Perto de sua morte, um discípulo se propõe a fazer orações.
Confúcio responde: “Minha vida é uma prece”.
Confúcio exclui toda metafísica, todo o saber não verificável, de
entidades abstratas. A lógica confuciana é:
“O que se sabe, saber que se sabe”
Confúcio ensina:
“Ora, sabe-se que não se
sabe nada sobre o Além.
“Tu não sabes nada da
vida; que podes saber da morte?”
O Confucionismo é um verdadeiro humanismo leigo, secular. É um
ceticismo moderno, ensinado 2.500 anos antes de nossos dias. É a doutrina
básica de uma Teocracia Conservadora do fetichismo, durando mais de dois
milênios.
Confúcio é o genial filósofo humanista da China.
AMANHÃ: Patriarca judeu é o gerador de nações: ABRAÃO.
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