24 DE JANEIRO. Rei
Salomão: o sábio legislador da teocracia hebraica
SALOMÃO
Solomon, em hebraico Shlomô ,
em árabe Sulayman
(viveu cerca dos anos
950 antes de nossa era)
REI-SACERDOTE BÍBLICO DE GRANDE
SABEDORIA, RIQUEZA E PODER
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando a civilização do futuro.
SALOMÃO (cerca anos 900 antes de Cristo) ficou famoso por sua
sabedoria, sua riqueza e seus escritos. Era filho do rei David e de Bethsaida,
a mulher tirada em traição de seu marido Urias.
Com a morte do rei David, Bethsaida, como favorita, teve uma
grande influência para dar a sucessão do trono a seu filho Salomão. O conflito
foi sangrento com o filho de outra esposa do rei e com a morte de seus
servidores. Essa é uma disputa pelo poder impossível de evitar nas monarquias
onde existe a poligamia.
O Rei Salomão manteve e aumentou as conquistas de seu pai o rei
David e colocou a monarquia dos hebreus na sua mais alta glória. No sul ele fez
uma aliança amigável com o Faraó do Egito, cuja filha se tornou sua esposa
principal. Ao norte, seu reino chegava até o domínio de Tiro. Ele isentou de
impostos as tribos da vizinhança que eram hostilizadas por Israel. Os navios
construídos junto ao Mar Vermelho comerciavam no oriente e no sul a abundância
de ouro, de jóias e de marfim. Ele fez também com o Egito um comércio
crescente. A monarquia dos hebreus estava, assim, destinada a se tornar uma das
grandes potências do Mar Mediterrâneo.
O Rei Salomão erigiu ao Deus da tribo um Templo de grande
magnificência nunca vista nas casas de culto dos hebreus. O seu Templo não era maior
do que os templos dos assírios e dos egípcios, mas era muito luxuoso, sendo
necessários sete anos para sua construção.
A solenidade de dedicação do Templo de Salomão foi presidida pelo
próprio Rei-Sacerdote. A tradição diz que ele pronunciou nessa ocasião uma
longa prece que mostra um puro deísmo repleto de alusões ao futuro destino de
Israel e referência a um tempo onde todas as nações da terra se prosternariam
diante o Deus de Israel.
A prece de Salomão que conhecemos é, na verdade, de uma data muito
posterior ao tempo onde o culto de Jahveh sofreu uma profunda modificação
espiritual. É suficiente indicar que as esculturas de animais e de plantas, tão
rigorosamente proibidas pelo monoteísmo judaico, eram abundantes no templo de
Salomão. E também notou-se que junto ao templo de Jahveh havia altares aos
deuses Chemosh, Moloch e Astoroth do culto de tribos rivais ou derrotadas.
Salomão foi considerado por seu povo como o mais sábio dos homens
e como o mais poderoso dos reis. Não se pode afirmar se O Cântico dos Cânticos, uma compilação dos Provérbios nacionais que levam o nome de Salomão, é de seu tempo ou
de vários séculos mais tarde.
Os mais altos tipos pessoais do judaísmo são Abrahão, Moisés e
Salomão, que bem representam a Teocracia do pioneiro monoteísmo dos judeus, um
regime político onde os sacerdotes estão no governo político, subordinando os
guerreiros. O Rei Salomão é até hoje o representante de mais alta qualidade do
rei de uma Teocracia, do legislador sábio e do grande organizador do culto
religioso de uma nação.
Deve ser bem clara a nossa simpatia para com os grandes serviços
do devotado povo judaico para a cultura humana na milenar evolução da
sociedade. Como resultado de sua dispersão, estarão eles mais preparados para
aceitar a filosofia moderna da civilização industrial de paz e de liberdade. Só
assim será possível render a grande homenagem devida à sua raça. E fazer a
reparação para sempre das marcas de sofrimento deixadas em seu povo por uma
ingratidão nunca merecida.
AMANHÃ: A poesia hebraica de Isaias.
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