29 DE JANEIRO: O mês
de Homero da Poesia Antiga.
Na Grécia a arte coordenou a
política num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o total poder
político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.
A arte tem, desse modo, o poder de
antever o progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural,
criado por humanos. Mas não é a profecia sobrenatural mágica, dos antigos.
Até a civilização da Grécia antiga
só havia grandes impérios religiosos. Eram regimes teocráticos. Ao evoluir do
feiticismo primitivo, a sociedade humana passou primeiro à adoração dos astros
e depois à adoração dos deuses. A importante classe teórica dos sacerdotes foi
criada para a interpretação dos poderes divinos. Essa classe por todo o planeta
toma o poder político com o seu valor divino, oráculos que eram do infinito
poder dos deuses. Foi a criação da religião mais estável e mais completa. Os
sacerdotes dominavam os militares, que eram enviados para missões de conquista
no estrangeiro.
Na Grécia a arte coordenou a
política num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o total poder
político e mental da casta hereditária e secreta dos sacerdotes das teocracias.
Devido ao seu território acidentado, os militares dominaram os sacerdotes, assumindo
o poder político pela força. Os artistas e pensadores assumiram as funções de
ensino e opinião.
A civilização militar da Grécia e
de Roma foi criada nas ilhas gregas e nas costas próximas do Mar Mediterrâneo.
E foram os artistas que sistematizaram as crenças, que deram o ideal de
heroísmo, glorificaram a guerra e foram as artes que criaram os tipos de
coragem, de beleza e de sabedoria.
HOMERO
O MÊS DA
POESIA ANTIGA
HOMERO, Homer
(viveu entre os anos
800 e os anos 700 antes de nossa era, na Jônia, Ásia Menor)
MAIOR
DOS POETAS ANTIGOS MESTRE RELIGIOSO FAZ A UNIDADE SOCIAL DOS GREGOS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.
A POESIA
ANTIGA.
A Teocracia foi em seu tempo a primeira forma religiosa que reuniu as famílias
agrupadas em clãs para formar uma civilização com grande população e notável
força e riqueza. A primeira religião do homem, o Feiticismo, Fetichismo ou
Feitiçaria, com a adoração das coisas como se fossem seres vivos, não tinha
inicialmente necessidade de intérpretes religiosos, que passou a ser a classe
dos sacerdotes, dos que formam as opinião, os professores. As crenças individuais
e de cada família, com fetiches que protegiam o indivíduo ou o grupo doméstico,
sob a chefia prática do pai e a orientação moral da mãe, com seus serviços do
lar.
Somente quando a população atinge uma idade
mental que permite a formação da ABSTRAÇÃO e só então é que os povos conseguem
pensar nas qualidades teóricas ou abstratas. O que permite o raciocínio abstrato, necessário para que formassem a idéia de
cada deus e de seus poderosos atributos. Na infância, essa idade se situa após
os 7 anos de idade, que é o fim da infância. Pode-se dizer, então, que, ao
criar seus primeiros deuses no Politeísmo Teocrático, a humanidade começa a ser
capaz de raciocinar abstratamente.
Os deuses do Politeísmo nasceram a partir da
adoração dos astros como fetiches maiores, no fetichismo astrolátrico. Essa é a
razão de terem os deuses os mesmos nomes dos astros, como Vênus, Marte, Netuno,
Júpiter. Só podem inventar deuses os povos que sabem abstrair ou tirar das
coisas as suas qualidades, em
teoria. E os magos, feiticeiros, pajés, xamãs, bruxos ou
sacerdotes só então se tornaram necessários, para interpretar a vontade dos astros
ou dos deuses que lá moravam, como novos poderes mágicos.
Os sacerdotes na Teocracia do Politeísmo
formavam a mais elevada CASTA da sociedade, detendo o poder político que se
chama de poder TEMPORAL. Possuíam ao mesmo tempo o poder da formação da
opinião, pelo ensino e pela consagração, o que se chama de poder ESPIRITUAL. Os
guerreiros na Teocracia ficaram subordinados aos sacerdotes. Os artistas se
formavam dentro da casta dos padres, sendo todos anônimos, na classe sagrada e
hermética. Nós não temos os seus nomes.
A Grécia antiga pela primeira vez no mundo venceu
com seu Politeísmo Militar, o regime extremamente conservador da Teocracia,
quando os guerreiros passaram a dominar a casta sacerdotal.
Foi um passo muito importante na redução
progressiva do poder mental e moral das crenças sobrenaturais sobre os humanos.
A divulgação das narrativas religiosas passou a ser feita sempre pelos
artistas, que se tornaram os comunicadores da época. Eles se mostram nos
grandes poetas da Grécia antiga, que passam a ser conhecidos. Eles explicavam e
pregavam a doutrina do Politeísmo Militar, formando a fonte de ensino
intelectual, moral e até das noções práticas. Substituíram dessa forma a casta
sacerdotal teocrática secreta e anônima. Asseguravam a efetiva realização do
objetivo de todas as religiões: o ensino e a consagração da população,
promovendo a unidade de pensamento e da ação. As religiões ligam o indivíduo em
sua coerência pessoal mental e religam a pessoa ao grupo, realizando a unidade
da coletividade.
Na Grécia, a poesia de Homero foi o símbolo da
unidade helênica da nação de guerreiros. Os seus dois poemas fizeram dele o autor
de maior influência, fornecendo a base da educação e da cultura grega, formando
o núcleo da educação humana no Império Romano e na civilização cristã que se
seguiu.
HOMERO
(entre 800 e 700 antes de Cristo).
Permaneceu por muitos séculos o nome de Homero como o maior e mais
típico da poesia antiga bem como do conjunto da arte antiga. São muitos os
motivos: Homero é o maior representante da poesia primitiva pré-literária; A
Ilíada e a Odisséia são os tipos de poesia épica formando a poesia mais nobre e
pura que o mundo já viu; Homero é a fonte mais importante do conhecimento que
temos da existência e da mentalidade da Grécia primitiva; Homero é o principal
fator do progresso intelectual na Grécia, o tipo e o modelo da arte e do
caráter dos gregos.
A civilização descrita pelos poemas de Homero
não era totalmente pura ficção. A visão principal da sociedade grega se baseia
nos fatos reais, mas os detalhes são poeticamente imaginários em grande parte.
Essa poesia épica até certo ponto pode ser considerada como documento
histórico, como mostrado por pesquisas arqueológicas nos últimos 150 anos.
Na época provável da criação da poesia
homérica uma classe de cantores ou menestréis errantes recitava as histórias
dos tempos passados. Alguns eram poetas criadores; outros repetiram os cantos
conhecidos e faziam adaptações. A unidade dos poemas nos faz crer que um desses
bardos criou a história do núcleo da poesia e esse grande bardo foi chamado de
Homero. A poesia mostra os tipos humanos verdadeiros, com seus traços claros e
característicos.
Na apresentação dos deuses gregos, na sua
teologia, Homero deixa ver os antigos fetiches como a terra, o sol, o mar,
substituídos pelos tipos posteriores perfeitamente humanos, como Júpiter,
Apolo, Afrodite ou Poseidon que os gregos colocavam como seus deuses.
Homero nos fornece a chave para entrar no
mundo grego: seu ideal religioso e moral domina todas as concepções que ele
descreve.
AMANHÃ: Tirteu, a inspiração poética para a ação.
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