30 DE JANEIRO. Tirteu:
a arte poética cria o amor à ação guerreira
TIRTEU
Tyrtaeus
(viveu cerca dos anos
650 antes de nossa era em Esparta, na Grécia antiga)
POETA GREGO FAMOSO
POR SUAS ELEGIAS E CANTOS DE GUERRA
O Politeísmo Militar Ocidental vence a Teocracia Sacerdotal do
Oriente
Na Grécia a arte coordenou a
política militar num período histórico crítico. Nessa época foi eliminado o
total poder político e mental da casta hereditária dos sacerdotes das
teocracias. O que foi feito pela primeira vez no mundo. Para sempre.
Foi uma guerra entre o politeísmo
militar e o politeísmo sacerdotal.
A arte gera emoções, cria visões
de progresso, visões do futuro.A arte tem, desse modo, o poder de antever o
progresso, de criar novos ideais. É um poder profético natural, criado por
humanos.
Nesta semana são consagrados os
poetas líricos e trágicos da Grécia, num período de mais de 1300 anos. A semana
tem como chefe Ésquilo, que a termina.
Ver em 0129-01 C Quadro
do Mês de Homero, a Poesia Antiga,
com os
grandes tipos representantes do mês.
ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando a civilização do futuro.
TIRTEU (cerca dos anos 650 antes de Cristo) foi o poeta grego que
se tornou famoso por seus cantos de guerra. Ficou mesmo figurando como um poeta
que, junto com Homero, “entregou o
coração do homem à guerra”.
Os fatos da vida de Tirteu não são conhecidos, como sua origem,
como e onde se formou, sua evolução na arte da poesia. A tradição dos gregos
relata que ele teria nascido em Aphidnéia, que era um dos bairros de Atenas e
se diz que viveu no tempo da revolta dos povos da Messênia contra Esparta.
Os danos e o descontentamento com os ataques da Messênia contra a
Esparta se tornaram tão frequentes que os espartanos decidiram consultar o
Oráculo de Delphos sobre os modos de acabar com esses saques. O Oráculo lhes
mandou que procurasse um chefe que fosse de Atenas.
O ateniense
escolhido foi Tirteu. As narrativas anteriores diziam que Tirteu tinha sido um
professor indeciso, não acostumado aos trabalhos da guerra. Mas Tirteu seria
capaz de dar aos espartanos aquilo que mais eles precisavam: a excitação da
poesia e da música. Ele em Esparta escreveu cantos de guerra e elegias. Com
seus poemas, incentivou os espartanos, que obtiveram a vitória na segunda
guerra de Messênia.
Inspirados pelos cantos de guerra os espartanos se puseram em
campo e venceram. E foi a Tirteu que os espartanos atribuíram a sua completa
vitória.
Tirteu se tornou assim, um bom exemplo do poder do pensamento
sobre a atividade prática. Em outras palavras, Tirteu demonstrou o valor da
teoria, da formação das opiniões, no resultado final da ação prática. Foi a
comprovação da importante afirmação de que o pensamento comanda a vida, a
filosofia comanda o mundo. E do alto valor do mestre, do professor, do
sacerdote na visão do mundo e na orientação da atividade prática.
Tirteu foi mandado a Esparta pela autoridade religiosa do Oráculo
de Delphos. Os oráculos eram instituições antigas dos sacerdotes da Teocracia
oriental, que permaneceram na Grécia mesmo depois que a casta sacerdotal tinha
sido dominada pelos militares.
Tirteu inspirou e manteve o apoio da atividade guerreira embora
que ele mesmo, um homem despreparado, não pudesse tomar parte na batalha.
Alguns fragmentos inflamados que nos ficaram de seus poemas
justificam a estima que seus versos receberam dos gregos. Os versos de Tirteu
combinam a exortação à coragem e à disciplina pessoal com a memória das
vitórias passadas e a certeza das futuras vitórias.
Esses versos mostram toda a força da poesia como estimulante de
ações corajosas e de nobres sentimentos.
AMANHÃ: Os alegres versos líricos de Anacreonte.
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