JANEIRO 10. Manu:o
primeiro dos reis e os grandes e poderosos Brahmas da Índia.
MANU
(figura lendária da
Índia como sendo o primeiro homem)
MANU SMRITI NA
LENDA O AUTOR HINDU DO CÓDIGO DE LEIS
NOSSOS ANTEPASSADOS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando as bases da civilização do futuro.
MANU na mitologia da Índia seria o primeiro
homem que existiu. O grande poema épico Mahabharata relata as guerras entre os
príncipes depois da conquista do rio Ganges, quando o espírito militar era
ainda preponderante. De acordo com o poema, Manu seria o autor do “Manu Smriti” ou Leis de Manu. Esse era o
código de leis Hindu que contaria com 100 mil versos em seu original na mais
remota antiguidade. Hoje ele consiste em 2685 versos, dividido em 12 livros.
Nos livros da lei encontra-se o regulamento de uma sociedade
essencialmente pacífica, conservadora e teocrática, sob o governo dos sacerdotes. Contém as regras para a
realização das cerimônias e dos rituais, com lições de moral e de
sociabilidade. O objetivo principal do livro é dar normas para a instituição do
sistema de castas na Índia e de colocar os Brahmas, que eram os sacerdotes, na
posição mais alta do poder material e espiritual.
O primeiro e o principal desses livros é atribuído a Manu, como o
mais antigo da sua raça. Manu é o
radical de palavras na linhagem das línguas Indo-Européias significando “homem”, em germânico e em inglês “man”. Manu seria o primeiro dos reis e
aquele que fez o primeiro sacrifício aos deuses.
Teocracia Hindu. Os arianos, vindos das montanhas, depois
de terem conquistado o vale do rio Indus eram ainda um povo nômade e guerreiro.
Mas quando se expandiram no rico vale do rio Ganges, o período de conquista
terminou, tornando possível o nascimento da Teocracia Hindu. Essa Teocracia
atingiu na região a sua mais completa formação, com todas as suas funções.
Repousava o regime sobre a supremacia dos sacerdotes com rigoroso sistema de
castas que impedia a mistura pelo casamento e pela adoção.
O povo era dividido em quatro grandes castas que mais tarde se
subdividiram. Eram as castas, a partir das mais importantes: os Brahmas ou sacerdotes que governavam;
os Chattryas ou guerreiros, de que o rei sempre fazia parte; os Waishias,
agricultores, mercadores, artesãos; e os Soudras ou trabalhadores. Ninguém
podia passar para uma classe superior àquela a que pertencesse por seu
nascimento. O casamento entre castas diferentes estava formalmente proibido.
Aqueles que transgredissem a lei eram excluídos de sua própria casta e seus
filhos tornavam-se membros das castas consideradas impuras, às quais eram dadas
as tarefas mais rejeitadas ou temidas.
As funções dos Brahmas eram o ensino, os sacrifícios aos deuses, a
consagração das festas de família e o recital dos poemas sagrados para os
habitantes de suas cidades. Os brahmas também ocupavam um grande número de
cargos na administração pública. Cada hindu tinha deveres e usos de sua casta,
que eram maiores quanto mais elevada fosse a sua casta. Além disso, teria que
cumprir os deveres em relação ao culto
de seus antepassados e em relação à sua família. Ele poderia mesmo perder o
direito à sua casta se procedesse de maneira incorreta.
Os sacerdotes, estabelecidos no vale do rio Ganges para consagrar
o regime de castas e sua própria presença, fizeram de Brahma o deus principal.
Pela sua mitologia o mundo teria origem desse deus e os sacerdotes seriam os
primeiros dos homens, as mais antigas emanações sendo as mais puras.
Mas nós devemos lembrar e homenagear sob o nome de Manu os grandes
Brahmas que compuseram o Livro da Lei e organizaram a antiga civilização da
Índia. Os Brahmas, sábios sacerdotes, ficaram anônimos, já que seus nomes
ficaram guardados na sua casta sagrada e secreta.
É pelo estudo filosófico da História que podemos entender como
ocorreu a lenta mas continuada evolução intelectual da nossa sociedade. Sabemos
que todos os atributos da coletividade se desenvolvem em conjunto. Em outras
palavras, a evolução ou aperfeiçoamento ocorre tanto no conhecimento, como nos
sentimentos, como na atividade útil, na produção e na arte, com as
belas-artes.
AMANHÃ: Ciro o imperador sábio e justo, pai de seu povo.
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