terça-feira, 8 de janeiro de 2013

0109 C SESOSTRIS rei do Egito no comando único do poder longo e próspero


JANEIRO 09.   Sesostris: grandes construções, mineração do ouro, ametista e diorita

SESOSTRIS
Sesostris I ou Senuseret I rei do Egito
(viveu nos anos 1900 antes de nossa era reinou de 1956 a 1910 antes de Cristo)

REI EGÍPCIO DESENVOLVEU A TEOCRACIA DO PAÍS NUM LONGO E PRÓSPERO REINADO

NOSSOS ANTEPASSADOS
Maiores figuras humanas na antiguidade, preparando
a civilização do futuro.

SESOSTRIS I (reinou de 1956 a 1910 antes de Cristo) sucedeu seu pai depois de ter sido co-reinante durante 10 anos, levando o Egito ao topo de sua prosperidade. O jovem governante assumiu em 1956 aC como auxiliar do rei Amenemhet I, levando o poder do país até a Núbia ao sul e avançando seu controle até a segunda catarata do rio Nilo. Construiu fortificações em muitos pontos estratégicos.
O indispensável comando único inevitável tem sido chamado de pejorativamente de governo absoluto. O poder não pode ser dividido, deve sempre haver unidade na atividade coletiva convergente. Verifique o comando único em todo e qualquer exército ou empresa e na unidade secular da igreja católica na Idade Média. Compare a instabilidade política usual com na divisão de poderes hoje usual no mundo. Sesostris com seu longo reinado demonstra o sucesso de um governo de unidade numa população teocrática.
O Egito foi a Teocracia que teve a maior influência sobre a civilização da Europa ocidental. Na variação egípcia da religião do Politeísmo sacerdotal conservador os sacerdotes dominam os guerreiros, tendendo a um regime de produção pacífico com formação e acumulação de grande capital. A guerra, embora sendo a atividade predominante, é usada pela casta sacerdotal para afastar os guerreiros do país, em conquistas no exterior.
No governo das Teocracias o poder político coercitivo prático domina o poder da formação de opinião, sendo, assim um totalitarismo primitivo religioso. Nesse caso é o Poder Espiritual, das opiniões, mais forte, que domina o Poder Temporal, dos atos, mais fraco, dominado.
Na modernidade, com a queda do papado a partir do ano 1300, gradualmente ocorre a secularização na sociedade ocidental. Sem conflito, mas em continuidade o governo político, o Poder Temporal coercitivo toma uma a uma as funções dos padres católicos que formavam o Poder Espiritual das opiniões. Funções como o ensino, a comunicação e a diplomacia passam a ser seculares reguladas ou dominadas pelo Poder Temporal dos atos. O domínio total é o que hoje se chama de tirania e ditadura no totalitarismo moderno. O totalitarismo resulta em nossos dias em grave prejuízo para a sociedade, com a corrupção, empobrecimento, cruéis assassinatos e genocídios experimentados em todos os paises em todos os continentes do mundo.
Na teocracia os sacerdotes expõem a lei, o rei a executa, a justiça é do domínio dos sacerdotes, tendo o rei como ministro e delegado dos deuses por intermédio da casta sacerdotal hereditária. Portanto, na Teocracia a organização temporal e espiritual tem por base a autorização dos deuses, ou seja, dos sacerdotes, onde a transmissão de todas as funções e riquezas é feita de pai para filho, portanto hereditária.
A casta dos sacerdotes concentrava um intenso poder, sendo cada membro, nos escalões mais elevados da hierarquia, professor, conselheiro, magistrado, sábio, artista, engenheiro e médico.
Devemos à Teocracia a primeira organização da indústria humana e a primeira acumulação do conhecimento e do capital dos homens. O regime é claramente conservador próprio para consagrar uma vida de trabalho produtivo e a incentivar os difíceis começos da indústria.  Somente a Teocracia do Politeísmo conservador é o sistema teológico que dá regras para toda a vida humana, afetiva, intelectual e física, cobrindo o círculo inteiro da existência dos homens.
O vale do rio Nilo, estreito fertilizado pelas inundações das águas e sendo de fácil defesa contra os inimigos, foi o lugar em que as tribos se tornaram sedentárias e começaram a vida da indústria. No Egito o Politeísmo desenvolve o culto dos antepassados, dos animais, do céu, embora a Astrolatria não permanecesse tanto quanto na Babilônia. O sistema de castas foi menos rígido do que na Índia, o casamento e a adoção entre uma casta e outra não sendo completamente proibido. O sentimento de profunda continuidade social com o culto dos antepassados deu expressão aos monumentos duráveis e levou à crença na imortalidade.
Sesostris era filho de Amenemhet I, fundador da 12ª dinastia egípcia. Depois de 46 aos de reinado de seu pai, Sesostris comandou uma expedição contra a Líbia no deserto do oeste. Na sua volta da expedição contra a Líbia soube do assassinato de seu pai. Ele assumiu o governo fazendo sua consolidação, conforme o testamento de seu pai, As Instruções de Amenemhet.
Sesostris continuou a conquista da Núbia, onde fez a exploração de ouro, prata, ametista e diorita em várias minas. No próprio Egito Sesostris retirou granito das pedreiras de Asuan e ouro em suas minas, continuando um grande programa de construções. Em Heliópolis, junto ao Cairo, reconstruiu o santuário principal e em Tebas ele construiu o complexo de templos de Karnak onde o culto de Amon começava a florescer.
Sesostris construiu seu templo funerário e sua pirâmide junto à de seu pai em Lisht, ao norte de Fayyum. Após 33 anos de seu reinado, colocou seu filho Amenemhet como co-reinante, passando a ele as tarefas mais fatigantes. Dois anos depois ele morreu depois de um longo reinado de prosperidade.
O Egito mostra por sua história como evoluiu a sociedade humana, pela cooperação da população sob a direção dos sistemas religiosos e políticos. Note-se que os deuses produzidos com toda a sinceridade pelos homens encheram a vida das populações de realizações e de progresso. Então podemos ver a importância da ABSTRAÇÃO, que permite que os deuses fossem sentidos cultuados e obedecidos. Após o culto dos astros, a astrolatria, os homens conseguiram distinguir nos seres concretos as suas propriedades, seus atributos abstratos, retirados mentalmente em separado dos corpos. Os deuses são os seres dotados de poderosas propriedades para explicar a vida, a criação do mundo e do homem. Só sendo fortes e poderosos os deuses tiveram capacidade para governar os humanos, por meio de seus únicos intérpretes, os sacerdotes. Naturalmente os deuses fracos e incapazes de fiscalizar e punir não foram respeitados. Os entes da mitologia antiga nos dirigiram por muitos milênios, no início da evolução da sociedade dos homens. A coordenação e comando dos sábios sacerdotes constituíram o grande operador do progresso na longa evolução humana, feita com muito esforço e muito trabalho.
E podemos nos felicitar ao apreciar todo o bem que hoje recebemos. Uma herança acumulada e desenvolvida pela dedicação tanto dos nossos antepassados tanto como súditos livres como escravos, nossos amados e respeitados avós, membros de nossa grande família humana. A serem reconhecidos, respeitados e venerados.

AMANHÃ: Manu e os grandes Brahmas da Índia.

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