quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

0125 C ISAIAS a supressão do culto de outros deuses que não o Deus único de Israel


25 DE JANEIRO. Isaias: a poesia hebraica na influência sobre a Europa ocidental

ISAIAS
Isaiah, Yesha’yahu, em hebraico: “Deus é Salvação”
(viveu cerca dos anos 770 a 530 antes de nossa era)

PROFETA JUDAICO AUTOR DO LIVRO DE ISAIAS O MAIS LONGO DO VELHO TESTAMENTO

ANTEPASSADOS INESQUECÍVEIS
Maiores figuras humanas na antiguidade,
preparando a civilização do futuro.

ISAIAS (770-530 antes de Cristo) era filho de Amós. Ele se tornou um profeta durante o reino de Ahaz, rei de Judá. O livro de Isaias é atribuído em sua totalidade a ele, embora pesquisadores recentes pensem que o livro tomou uma forma definitiva depois de vários séculos, antes do ano 180 aC.
O livro de Isaias é tido hoje como sendo uma obra de pelo menos dois autores, em que um é o filho de Amós e ou outro autor que depois de mais de cento e cinqüenta anos, perto do fim do exílio dos judeus, cantou a queda da monarquia dos Assírios e falou das esperanças ardentes da restauração dos hebreus. Isaias viveu quando o Império da Assíria realizou sua expansão para o oeste, ameaçando o reino de Israel. Esse perigo Isaias declarou ser um aviso de Deus como castigo para um povo sem fé. Pela tradição, Isaias teria sido martirizado em 701 aC.
A partir do século 8 antes de nossa era começou o protesto contra o culto de fetiches aliado aos deuses de cada tribo e contra os holocaustos como contrários à justiça e à misericórdia. Assim eles traçaram uma separação clara entre os hebreus e as outras tribos vizinhas. Isaias, filho de Amós foi a voz mais possante desse protesto.
As duas grandes monarquias da Assíria e do Egito ameaçavam a nação de Israel pelos dois lados como inimigos mortais. No ano de 720 aC Salmanasar da Assíria destruiu o reino de Judá ao norte e suas dez tribos foram postas no exílio e desapareceram da história.
Poucos anos depois, um ataque semelhante teve lugar contra o reino do sul, o reino de Israel, com Jerusalém. Isaias fez o rei Ezequias lutar com  uma vigorosa resistência. Os invasores foram destruídos pela peste. Então a influência de Isaias estava no seu apogeu. Por instigação de Isaias o rei Ezequias suprimiu o culto dos deuses outros que não fosse o deus de Israel e destruiu todos os templos com exceção do templo de Jerusalém. Essa reforma foi seguida de uma longa reação de Manassé e de uma nova e completa reforma por Josias. Então, em 600 aC ocorreu a destruição de Jerusalém e o longo cativeiro na Babilônia.
Mais tarde, quando Ciro da Pérsia libertou os judeus da Babilônia, surgiu o grande poeta que escreveu os últimos capítulos do livro que conhecemos como o livro de Isaias
Agora a transformação religiosa de Israel estava completa. Jeová tornou-se bem mais que um dos deuses de tribo. Era então o único Deus de justiça, destinado a conquistar o mundo todo de uma maneira nunca vista.
Com o fervor ardente e o brilhante lirismo do segundo Isaias a poesia hebraica atingiu seu mais alto nível.
Sua alusão tocante a um servidor de Deus, que poderia ser Jeremias ou uma pessoa ideal, desprezado e rejeitado pela sociedade, por seu martírio faria perdoar os pecados de sua raça. Essa imagem foi empregada pelo catolicismo e é bem válida para todos os mártires da humanidade.
Segundo a profecia de Isaias, um Messias apareceria na terra como o salvador da humanidade como grande e poderoso rei. Na interpretação de Paulo de Tarso, São Paulo, o Cristo é posto como o Messias anunciado por Isaias. Mas a religião judaica afirma que o verdadeiro Messias ainda está para vir.
Passagens do livro de Isaias influenciaram o pensamento da Europa do ocidente, sua arte e sua literatura.
Deve ser bem clara a nossa simpatia para com os grandes serviços do devotado povo judaico para a cultura humana na milenar evolução da sociedade.
Como resultado de sua dispersão, estarão eles mais preparados para o estudo da filosofia moderna, de uma civilização industrial de paz e de liberdade.
Nessa ocasião será possível render a grande homenagem devida à sua raça. E será a hora de fazer a reparação para sempre das marcas de sofrimento deixadas em seu povo por uma ingratidão nunca merecida.

AMANHÃ: João Batista, sucessor dos antigos profetas.

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