ABRIL 30. Felipe II da Macedônia: a estratégia e a tática contra o império Pérsia
FELIPE II DA MACEDÔNIA
Philippe, Philip of Macedonia
(nasceu no ano 382 antes da nossa era, em Pella na Macedônia; morreu no ano 336, na Ásia Menor)
ESTADISTA E MILITAR PACIFICOU A GRÉCIA E PREPAROU A CONQUISTA DA PÉRSIA
A CIVILIZAÇÃO MILITAR
Guerra para a Paz, Cultura e Cooperação
Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês do calendário histórico-filosófico.
São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista.
Foi Roma com suas qualidades militares e de administração política que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e de cooperação.
O resultado foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, que veio a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.
Esta é a segunda semana do mês da Civilização Militar que mostra a cultura grega imposta pela força sobre a parte do oriente do mundo antigo. Representa a garantia da defesa feita da civilização ocidental por meio da dominação militar na conquista da Teocracia oriental.
O tipo humano representante desta fase da evolução social é Alexandre, que chefia a semana que finda com o domingo.
Ver o Quadro 0422 01 B do mês de César a Civilização Militar que mostra os grandes homens representantes da criação de um continente europeu unido e em paz.
Quando jovem Felipe recebeu treinamento militar em Tebas, nessa época a melhor preparada força militar da Grécia. Foi lá que o general mais criativo tático Epaminondas conduzia então o melhor dos exércitos gregos.
Embora exímio guerreiro, Felipe sempre evitou a luta armada, agindo com grande paciência e habilidade, preferindo o acordo diplomático ao confronto militar.
Ao assumir o trono na Macedônia, com a morte em combate de seu irmão Perdiccas, Felipe reorganizou o exército e manteve a segurança interna.
Em seguida conquistou ou fez acordo com várias colônias gregas. Tomou o domínio das minas de ouro do Monte Pangeus, o que lhe permitiu financiar as guerras que se seguiram.
Em longa e trabalhosa campanha de guerras e de negociações, conseguiu pacificar e reunir os gregos após sua vitória no ano de 338 antes da nossa era, para que eles pudessem, como associados à Macedônia, então bem preparada militarmente, atacar os persas na Ásia. A campanha da Grécia não se destinava a submetê-la, o que não era o objetivo final. O resultado esperado era reunir todos os gregos contra o Império da Pérsia.
Felipe sempre mostrou grande capacidade tática, de bom senso, reconhecendo o tempo certo, as oportunidades, as prioridades, preferindo a paz com diplomacia em vez de usar sempre a força armada, muito mais cara e perigosa.
O exercito que conquistaria a Pérsia com seu filho Alexandre foi adestrado por Felipe, que introduziu novas táticas de combate e novos armamentos, como a SARISSA, uma espada vez e meia mais comprida do que as espadas da Grécia.
Felipe II mostrou continuamente uma capacidade estratégica brilhante, preferindo quase sempre o acordo diplomático à guerra, atacando objetivos limitados em vez de planos grandiosos, preferindo os menores riscos em vez dos maiores, não esquecendo que, depois de tudo, existe o tempo que se segue, isto é, o dia seguinte.
A vitória de Felipe II na Grécia em 338 lhe deu o domínio de toda a Grécia. Mas, dois anos depois, quando preparava a invasão da Pérsia, Felipe foi assassinado por um jovem nobre macedônio.
Como herança, deixou Felipe II a formação do poderoso exercito da Macedônia, a ser empregado por seu filho, Alexandre o Grande, para conquistar e helenizar o Oriente Médio.
O tumulo real de Felipe II, acompanhado de obras de arte e de rico tesouro, foi escavado em Vergina, na Grécia, em 1977.
O prolongado esforço de Felipe II da Macedônia mostra como nossos antepassados, de modo espontâneo, colaboraram para a conservação e o aperfeiçoamento da sociedade humana, em todos os setores. Um tipo humano como o rei da Macedônia deve ser relembrado como o figurante mais importante dessa multidão de auxiliares que colaboraram nessa obra de valor para a evolução da cultura humana que foi a civilização da Grécia antiga..
É a família humana em sua trajetória de trabalhos e de vitórias. Não estamos sozinhos nessa grande sociedade. Somos irmãos numa bela família de grande e permanente sucesso. Fraternizemos em plena felicidade.
AMANHÃ: Demóstenes o maior dos oradores gregos.
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