quarta-feira, 29 de junho de 2011

0629 AFONSO DE ALBUQUERQUE

0629 AFONSO DE ALBUQUERQUE

29 DE JUNHO: Afonso de Albuquerque conquistador e administrador no Império Português do Oriente.

AFONSO DE ALBUQUERQUE
(nasceu em 1453, em Alhandra, Lisboa; morreu em 1515, no mar, em Goa, na Índia)
NAVEGADOR CONQUISTADOR E ESTADISTA FUNDADOR DO IMPÉRIO PORTUGUÊS NO ORIENTE

Quais foram as grandes contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana?
Duas forças coordenadas caracterizam a história da Idade Média: uma católica ou religiosa e a outra feudal ou cavalheiresca. De sua atuação resultou:
1. Purificar e disciplinar as mais fortes paixões do homem, sobretudo a desumanidade, o orgulho e os apetites sensuais.
2. Teve como conseqüência elevar a condição da mulher.
3. Fez a proteção do fraco, honrar a nobreza do caráter, elevar a natureza humana.
4. Suprimiu a guerra universal e transformou a guerra de conquista em guerra defensiva.
5. Estabeleceu os governos verdadeiramente locais com o acordo do dever recíproco, em vez da submissão a um império centralizado.
6. Suprimiu a escravidão geral na população e fundou o trabalho livre.
Os três primeiros resultados foram principalmente tarefa da Igreja Católica, com a Cavalaria participando na elevação das mulheres.
Os três últimos progressos foram principalmente obra do feudalismo junto com a religião.
Foram nove séculos de avanços, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão, crueldade e crimes; mas também com um heroísmo e uma dedicação admiráveis.

As duas primeiras semanas estão representadas por militares.
Na segunda semana o tipo principal é Godofredo de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que termina a semana.

Ver em 0618 1   O QUADRO DO MÊS CARLOS MAGNO  A CIVILIZAÇÃO FEUDAL  com todos os grandes tipos humanos do mês.


AFONSO DE ALBUQUERQUE, grande marinheiro e capitão que criou o império de Portugal nas Índias, pertencia a uma das mais ilustres famílias de Portugal. Era descendente da casa real por um ramo ilegítimo.
Ele nasceu em Alhandra, perto de Lisboa em 1453. Foi educado na corte real de Alfonso V e depois recebido na casa real de João II.
Depois de servir muito tempo na África e cumprido cargos públicos na Europa, fez sua primeira viagem à Índia em 1503, com a idade de 50 anos. Três anos depois, tomou parte na grande expedição de Tristão da Cunha para a costa da África e, em seguida para a Índia.
Albuquerque, que tinha seus próprios navios, conquistou Ormuz, porto central na entrada do golfo pérsico. Forçado a se afastar, ele se retirou para Socotora, uma ilha situada na altura da extremidade oriental da África. Recebendo reforços em 1508, foi para a costa de Malabar, no oeste do Industão, onde foi investido do comando em chefe, e, depois de sete anos de guerras incessantes ao lado de uma política habilidosa, formou o império português da Índia, com a capital em Goa, um dos pequenos territórios que Portugal tinha conservado no oriente.
Ele estabeleceu em seguida a soberania portuguesa na península de Malaca e finalmente retomou Ormuz. Logo depois que ele tinha feito essas grandes conquistas a corte de Lisboa mandou um substituto para seu lugar, o que muito o aborreceu.
Albuquerque caiu doente e morreu de desgosto com seus 63 anos, em 1515. Enterrado em Goa, seu corpo foi depois levado para Portugal.
Albuquerque foi, sem dúvida, um dos maiores conquistadores e organizadores dessa admirável época que forneceu a primeira idéia de unidade entre o oriente e o ocidente, completando o sentimento de uma vida humana em comum sobre o planeta terra.
Ele foi um cavaleiro na guerra e um completo administrador, dotado da capacidade de reconhecer os objetivos mais importantes e os interesses comerciais. Foi ambicioso, autoritário, sem escrúpulos e sem remorsos para atingir os seus fins, e por tais qualidades chegou a proporcionar os fundamentos da inveja da metrópole portuguesa e da suspeita de seus objetivos finais.
O título real que honra a Afonso de Albuquerque consiste na justiça que exercia como chefe, justiça que lhe atraia a confiança dos povos que ele conquistou e governou. Conta-se que os mouros e os hindus da costa de Malabar faziam peregrinações ao lugar de sua sepultura para lhe implorar proteção contra a tirania de seus sucessores.
Albuquerque, o maior dos conquistadores no oriente, foi, em todos os aspectos, superior àqueles que lhe deram ordens e superior ao seu tempo. Porque, como verdadeiro herói e como agente de criatividade, ele sentiu instintivamente a necessidade de justiça e de sabedoria para fundar um império para sempre no oriente.


AMANHÃ: Cavaleiro sem medo e sem pecado: Bayard.


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