0612 SÃO CARLOS BORROMEU
12 DE JUNHO: S.Carlos Borromeu e a defesa do papa contra a Reforma Protestante.
SÃO CARLOS BORROMEU
San Carlo Borromeo; Saint Charles Borromée; Borromeo, Saint Charles
(nasceu em 1538, em Arona, Milão; morreu em 1584, em Milão, Itália)
ARCEBISPO REFORMADOR DOS MAIS IMPORTANTES NA CONTRA-REFORMA PELA DIPLOMACIA E ADMINISTRAÇÃO
A Idade Média faz a transição entre a civilização da Grécia e Roma com os tempos modernos. A mudança foi feita com a passagem do politeísmo romano para o monoteísmo católico. O Catolicismo tem uma função importante nessa etapa da evolução social: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento de associação e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal.
O Cristianismo é que viria atender à necessidade de regeneração moral dos romanos e à aspiração de um libertador e redentor da nação dos judeus.
LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Pela primeira vez na história o poder das opiniões, do ensino e da consagração se torna livre em relação ao poder coercitivo político armado. Nunca ocorreu, em todo mundo, a libertação do Poder Espiritual em relação ao Poder Temporal. Desse modo se completa a instituição política liberal da religião de São Paulo, começada pelo imperador Constantino, continuada por Teodósio. Atinge seu ponto culminante pelo estabelecimento final do poder político liberal do pontífice romano sob a direção de Hildebrando, como papa Gregório VII.
A quarta semana do mês do Catolicismo mostra o seu papel de controlar e estimular a vida moral das massas após a queda do papado e da fé. Com a perda do poder político as igrejas nacionais católicas se subordinam ao poder político de cada país sem romper com o papa. O tipo principal é Bossuet, chefe de semana, tendo sua biografia no domingo último dia da semana. O protestantismo é representado pela mais pura de suas seitas, em que a utilidade social é completamente afastada da ambição mundana.
Notar que em cada semana deste mês figura uma ou duas mulheres ilustres: a mãe de Santo Agostinho; Heloisa, com sua ternura e Beatriz; Santa Tereza d´Avila, a sublime mística espanhola.
Ver em 0521 1 O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.
Lembrando os trabalhos realizados pelos antigos, podemos avaliar suas dúvidas e seus desejos. Podemos sentir como se comportaram naquele ponto da evolução da sociedade. Vemos claramente, que, se fossemos nós, lá, naquela época, faríamos o mesmo, ou, talvez, fôssemos até menos capazes do que foram esses nossos antepassados.
São Carlos Borromeu é o representante dos melhores religiosos católicos que se propuseram a defender a Igreja Católica contra a revolução demolidora e contra a reforma protestante.
Não agiram esses prelados como criadores de teorias originais, mas como divulgadores da doutrina já estabelecida. Não agiram como diretores de ação, mas sim como padres, sacerdotes dedicados à Igreja, profundamente compenetrados de seu ofício de pastores de almas e dotados de um zelo constante pelo povo, pelo seu povo.
Em outras palavras, protegeram a religião pelo aperfeiçoamento das escolas, dos seminários, dos templos. Reformaram o ensino, ajustaram a disciplina, retificando os desvios tanto do clero como do povo.
CARLOS BORROMEU nasceu em 1538, em Arona, Milão. Recebeu o doutorado em lei civil e canônica na Universidade de Pávia em 1559. No ano seguinte, com 22 anos, foi nomeado como cardeal e arcebispo de Milão por seu tio, o papa Pio IV. Esse posto o colocou como secretario de estado de Pio IV. Mostrou-se devotado à religião, humilde e dedicado ao povo.
Durante sua administração, com habilidade, participou no Concilio de Trento, em 1563. Começou a composição do catecismo de Trento, vários seminários se estabeleceram, o missal romano e o breviário foram reeditados. E entre outras atividades, convém notar que Carlos Borromeu protegeu o grande músico Palestrina.
Com a morte do papa Pio IV, seu tio, Borromeu renunciou ao seu cargo na corte papal em Roma e voltou para Milão. No resto de sua vida deu um nobre exemplo de virtude no cargo de arcebispo de Milão. Ele visitava pessoalmente com freqüência as partes montanhosas, de difícil acesso em sua diocese e restabeleceu a disciplina no clero e nas ordens religiosas. Seu rigor criou oposição do governador e dos nobres, que chegaram a tramar para assassiná-lo em sua própria capela.
Borromeu restaurou igrejas e construiu conventos, colocou os jesuítas no ensino, deu esplendor ao culto e fez esmolas vultosas. Quando a cidade foi assolada pela peste, permaneceu em meio do povo e preparou o socorro aos doentes.
Ele morreu em 1584, sendo enterrado na catedral de Milão, num túmulo de prata e de cristal transparente, onde seus restos, ainda visíveis, são motivo de peregrinação e de culto. Foi canonizado em 1610.
Borromeu se mostrou constante adepto particular da divisa de sua família, a HUMILDADE:
“HUMILITAS”.
AMANHÃ: Apagar o fogo no inferno e incendiar o céu: Santa Tereza de Ávila.
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