sexta-feira, 27 de maio de 2011

0526 SANTA MÔNICA

SANTA MÔNICA

26 DE MAIO: Santa Mônica piedosa mãe de Santo Agostinho.

SANTA MÔNICA
Sainte Monique, Monica, Saint
(nasceu no ano 332 da nossa era, morreu em 387)
PIEDOSA MÃE DE SANTO AGOSTINHO FILÓSOFO CATÓLICO

A Idade Média faz a transição entre a civilização da Grécia e Roma com os tempos modernos. A mudança foi feita com a passagem do politeísmo romano para o monoteísmo católico. O Catolicismo tem uma função importante nessa etapa da evolução social: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo, que é o sentimento de associação e comprimindo os instintos egoístas, os sentimentos de proveito pessoal.
O Cristianismo é que viria atender à necessidade de regeneração moral dos romanos e à aspiração de um libertador e redentor da nação dos judeus.
O Calendário indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; a instituição política do papado, com o papa Gregório VII; os fundadores da vida nos monastérios; a última fase com seu controle e estímulo da vida moral da população e com o surgimento do protestantismo.
A primeira semana do Mês de S.Paulo tem seu tipo principal em Santo Agostinho como chefe da semana que se encerra no domingo. O tipo feminino é Santa Mônica, mãe de Agostinho.

Ver em  0521 1  O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.


A mãe de Santo Agostinho representa a piedosa fé da mulher de família, que, junto ao sacerdócio católico desde sua origem, prestou um apoio decisivo à causa do catolicismo.
A igreja universal de São Paulo é que veremos, nos séculos seguintes, transformar os ferozes guerreiros antigos em civilizados cavalheiros. Em conjunto com o Feudalismo, foi realizada a extinção da escravidão branca, e libertada toda a gente comum, aqueles como nós, sem privilégio de nobreza ou de religião. A Idade Média foi a matriz das maravilhas da modernidade, que não poderia ser moldada numa era de obscurantismo. Ao completar sua formação, a era medieval libertou os trabalhadores e criou a modernidade de ciência, de filosofia, da moderna tecnologia, do comércio e da indústria.
Mônica nasceu em piedosa família católica perto de Cartago, sendo educada em severa disciplina em sua infância. Casou-se com Patrício, um pequeno comerciante de Tagaste, na Numidia, hoje Souk Ahras, na Algéria. No ano 354, com 22 anos, tornou-se mãe de Agostinho e teve dois outros filhos. A família era latina, mas Patrício era politeísta, de bons modos, tinha boa personalidade, mas irascível e libertino. Mônica manteve a paz no lar com sua doçura e conseguiu converter ao cristianismo Patrício e toda a família. Ele morreu no ano de 371, quando ela estava com 39 anos.
A vida e seu caráter estão mostrados nas CONFISSÕES de Santo Agostinho. Ficando viúva, Mônica se consagrou aos filhos e às praticas religiosas, tendo passado a Agostinho uma simpatia profunda pela religião. Ele estudou Retórica, a arte de falar bem, e sua mãe se esforçou, com uma santa ternura, para que Agostinho se mantivesse fiel e puro.
Mas Mônica sofreu cruelmente ao ver seu filho juntar-se a uma amante e tornar-se um adepto do maniqueísmo, a heresia que reduz tudo à luta entre o bem e o mal, entre a luz e a escuridão. Ela chorou e rezou muito, e, numa das visões que teve, Deus lhe anunciou que “ficasse calma e confiante, e que, onde ela estivesse, seu filho estaria também”. Agostinho sempre amou o estudo. Aos vinte anos, ao ler HORTENSIUS, escrito por Cícero, foi levado a fazer a reflexão sobre sua vida. Com 22 anos tornou-se professor de Retórica, primeiro em Tagaste, depois em Cartago.
Contra a vontade de Mônica, Agostinho foi, em 383, a Roma e depois a Milão. Ela corajosamente, então com 51 anos, seguiu o filho, e, em Milão, tornou-se grande admiradora e seguidora de Ambrósio. Agostinho, então, tinha abandonado a heresia maniqueísta, ficando amigo de Ambrósio e ouvinte dos seus sermões. Logo foi recebido membro na sua igreja, conseguindo vencer as dificuldades morais e intelectuais que sentia, passando a participar do espírito do Apóstolo Paulo de Tarso.
Mônica teve seus demorados esforços coroados de sucesso ao ver seu filho batizado em Milão, em 387, quando ela já tinha 55 anos de idade. Nessa importante ocasião para o futuro do catolicismo, de acordo com a tradição da Idade Média, foi composto o hino “Te Deum laudamos”. Quando Agostinho recebeu a água do batismo, diz a tradição que recitou os versos do hino, junto com Ambrosio, como se o Espírito Santo, por graça particular, lhes houvessem inspirado. Sua santa mãe participou, também profundamente, da exaltação espiritual de seu filho nessa época. Para retornar para Cartago, eles foram a Ostia, nesse mesmo ano. Ali, Mônica teve febre alta e morreu antes de partir.
A gentil figura de Santa Mônica, protetora de seu majestoso filho, recebeu, por toda Idade Média, as honras que muito mereceu.

AMANHÃ: Santo Agostinho filósofo da nova religião.


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