22 DE MAIO: São Cipriano teólogo da nova Igreja do Catolicismo.
SÃO CIPRIANO
Saint Cyprien, Cyprian, Saint, Thascius Coecilius Cyprianus
(nasceu no ano 200 da nossa era, em Cartago; morreu em 258, em Cartago)
TEÓLOGO ORDENADOR DA IGREJA CATÓLICA PRIMEIRO BISPO-MARTIR DA ÁFRICA
Qual a grande contribuição do Catolicismo e da Idade Média para o progresso da sociedade humana?
A Idade Média faz a transição entre a civilização da Grécia e Roma com os tempos modernos. A modernidade é contada a partir dos anos 1300 com a queda do papado. A mudança foi feita com a passagem do politeísmo romano para o monoteísmo católico. O Catolicismo tem uma função importante nessa etapa da evolução social: a regeneração moral dos povos, com a educação dos sentimentos. Esse resultado foi obtido estimulando o altruísmo e comprimindo os instintos egoístas.
A dedicação dos gregos à filosofia e à ciência e dos romanos à política enfraqueceram o politeísmo oficial, resultando no relaxamento dos costumes. Pitágoras, os estóicos e Epicuro tentaram a reorganização da vida e dos costumes. Essa era a necessidade de regeneração moral sentida pelos gregos e pela elite de Roma. Note-se que os filósofos gregos como Platão e Aristóteles já tinham adotado o monoteísmo.
O povo judeu aspirava então à libertação do domínio sucessivo que sofreu submetido aos assírios, aos gregos e aos romanos. Afinal um libertador divino era ardentemente esperado. O Cristianismo é que viria atender à necessidade de regeneração moral dos romanos e à aspiração de um redentor da nação dos judeus. E quem criou a doutrina de salvação foi o filósofo e apóstolo Paulo de Tarso. Fazendo parte da elite intelectual judaica de Jerusalém, conhecedor da lei de Moisés, conhecedor da cultura grega, foi tomado pela crença no profeta da doutrina de Cristo para elaborar uma nova religião destinada a todos, a judeus e aos gentios, os não judeus.
O Calendário indica nas suas semanas quatro fases do Catolicismo: os quatro primeiros séculos com seus principais padres fundadores; a instituição política do papado, com o papa Gregório VII; os fundadores da vida nos monastérios; a última fase com seu controle e estímulo da vida moral da população e com o surgimento do protestantismo.
A primeira semana tem seu tipo principal em Santo Agostinho como chefe de semana, no domingo que a encerra. O tipo feminino é Santa Mônica, mãe de Agostinho.
Ver em 0521 1 O QUADRO DO MÊS DE S PAULO O CATOLICISMO com todos os grandes tipos humanos do mês.
.Cipriano era um homem rico, professor de retórica em Cartago. Já na maturidade, foi convertido ao Catolicismo por um padre idoso, chamado Coecilius. Logo foi eleito bispo de Cartago no ano 248, com cerca de 50 anos de idade. Destacou-se entre os organizadores da Igreja Católica, como um estadista da ordenação da hierarquia, da escala de comando da nova religião. Era a fé de São Paulo que passaria a educar e orientar a civilização na evolução social que se seguiu à unificação e pacificação da Europa pelos romanos.
É de grande interesse estudar como se realizou a grande caminhada da nossa sociedade através dos séculos e dos milênios. É impossível nos impedir de perguntar qual foi o nosso inicio como humanos, de onde viemos, para onde vamos. A história registra, com sua documentação, os acontecimentos de eras anteriores. É, assim, uma base para nossa observação, que nos pode ajudar a perceber em que direção nós estamos seguindo na jornada continua de nossa sociedade. E notamos o imperceptível poder controlador feito pelo agrupamento social em que vivemos.
O poder da sociedade é que forma o que nós somos, ao sermos educados desde a infância. Assim, não chegamos a reconhecer essa força. E o estudo desse poder da associação só começou a ser feito na modernidade. O estudo é feito pelas ciências sociais, como teoria, pela Sociologia, ou como conhecimento aplicado em varias especialidades.
Saber como se deu a evolução de nossa sociedade nos permite ter uma informação importante, que é conhecer onde nós estamos hoje, em nossos dias, nessa escalada que não para. E muito importante ainda, é saber o que podemos esperar do futuro.
Os tempos em que o ilustre Cipriano viveu ainda eram épocas de violenta guerra e opressão. Estávamos na passagem do politeísmo de Roma, com seus deuses, para chegar ao monoteísmo do deus único do Catolicismo pregado por Paulo de Tarso.
Na passagem de uma fé para outra, houve violência de parte a parte. Quando os romanos ainda estavam no poder, houve perseguição cruel aos cristãos. Mais tarde, quando os cristãos subiram ao poder político, houve morte e crueldade contra os que ainda adoravam os deuses de Roma.
A carreira religiosa de Cipriano durou apenas dez ou doze anos, mas foi muito competente. Ele mostrou-se muito piedoso, visitando os doentes e lhes dando socorro durante uma terrível peste que ocorreu em Cartago.
Cipriano se distinguiu como estadista dentro do governo da Igreja. Seguiu a orientação de Tertuliano (cerca de 160-220 da nossa era), a quem sempre chamou de seu mestre, tendo Santo Agostinho, por sua vez, recebido a influência de Cipriano.
A conduta de Cipriano nas numerosas controvérsias da época foi feita com doçura e comedimento para com as dúvidas e enganos dos cristãos e dos pagãos de seu tempo. Mas mostrou-se enérgico na administração de sua diocese e na condução da igreja de Cartago.
Cipriano escreveu um tratado célebre, A UNIDADE DA IGREJA, em que prega a autoridade dos bispos, como base da união dentro do grupo religioso. Afirmava que
“Deus não é o pai daquele que não tenha a Igreja como mãe”.
Sofreu a perseguição religiosa do poder romano. No ano de 250 fugiu de Cartago por um ano e meio.
Em outra perseguição, feita pelo imperador Valeriano, Cipriano se exilou novamente. Ao voltar, recebeu ordem de oferecer sacrifício às divindades pagãs romanas. Ao se recusar, foi executado por decapitação em público. Cipriano ficou, então, famoso como mártir da Igreja.
As relíquias de Cipriano, reclamadas ao Sultão por Carlos Magno foram levadas para a França e colocadas mais tarde na abadia de Compiègne.
AMANHÃ: A unidade da Igreja Católica organizada por Santo Atanásio.
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