14 DE MAIO. Augusto César: O primeiro imperador romano.
AUGUSTO
Augusto César, Caesar Augustus, Gaius Octavius, Gaius Julius Caesar Octavianus (nasceu no ano 63 antes da nossa era, em Roma; morreu no ano 14 da nossa era, em Nola, Nápoles)
IMPERADOR ROMANO DEU AO IMPÉRIO A UNIDADE DE COMANDO E A PAX ROMANA
Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no mês de César, o quinto mês do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e de cooperação. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, própria a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.
No mês da Civilização Militar representado pela figura de Júlio César a quarta semana mostra os melhores tipos do Império Romano, sob o comando único de imperadores não hereditários, com sucessão pelo mérito.
A semana tem como chefe Trajano, um general vitorioso e estadista, grande como soldado e grande como administrador. Sua vida foi de harmonia e de modéstia, com luxo, mas sem pompa.
Trajano é homenageado no ultimo dia da semana.
Ver o Quadro 0423 1 com todos os tipos do mês de César da Civilização Militar.
Augusto, com o nome de Octávio, nascido em Roma, no ano de 63 antes da nossa era, era sobrinho-neto de Julio César. O imperador admirava o jovem e colocou-o no Colégio de Pontífices, o sacerdócio superior de Roma, quando Octávio tinha 16 anos.
Quando César foi assassinado no ano 44 antes da nossa era, Otávio estava em Iliria, onde fora servir na guerra. Ao voltar a Roma, teve a surpresa de saber que fora adotado como filho pelo imperador Julio César. Tomou, então, o nome de Gaius Julius Caesar. Augusto tornou-se Cônsul romano depois do assassinato de César. Tomou o poder ao derrotar Antonio e Cleópatra na batalha naval de Actium. Como imperador, realizou importantes reformas políticas e incentivou a educação, a arte e a literatura.
Na qualidade de Cônsul, com apenas 20 anos de idade, o jovem governou com habilidade e com coragem. É reconhecido como o primeiro imperador romano, embora não tenha formalizado o governo em nova constituição na forma imperial. Governou com os títulos de cônsul, proconsul, censor, tribuno e pontífice, recebidos do voto do povo. Os magistrados mantiveram seus nomes antigos, mas suas funções perderam toda a força.
Augusto selecionou cuidadosamente, como censor, os nomes do Senado, que respeitou, fazendo crer que se deixava conduzir por seus conselhos. Com essa habilidade, recebeu do Senado o titulo de Augustus, que significa “consagrado” ou “sagrado”. Mas manteve os hábitos de um cidadão comum, do povo, sem nenhum sinal exterior de realeza. Sempre governou aceitando cinco vezes o poder acumulado por 10 anos de cada vez, sempre afirmando desejar a manutenção da constituição republicana parlamentar. Tanto as classes superiores de Roma como das províncias aprovavam esse regime político, que os livrava do parlamento que fazia a opressão dos aristocratas da oligarquia.
Para chegar ao poder completo, Augusto mostrou-se cordial, enganando pela mentira e pela crueldade. Já como governo, usou de moderação e até de generosidade para com seus inimigos. No seu longo reinado, cuidou bem dos interesses da população, de modo a merecer aplausos gerais.
Julio César foi assassinado antes de fazer a organização do Império Romano. Então a humanidade perdeu essa oportunidade sem igual. Mas o grande homem e grande Imperador soube deixar um herdeiro de alto merecimento entre os estadistas, por sua energia e por sua sagacidade. Um homem de mérito que realizou a organização do Império.
Augusto mostrou-se um dos maiores gênios na administração política. Organizou a indispensável unidade de comando do Imperador, mantendo a aparência de um regime republicano parlamentar, estabelecendo a Pax Romana. A paz romana mantinha a tranqüilidade do Império, num governo que protegia e governava com moderação os povos conquistados, permitindo os deuses e as leis locais, embora fazendo aceitar os impostos e o controle militar de Roma. O Senado foi mantido, como um parlamento apenas consultivo, sem poder político.
Com grande habilidade Augusto deu estabilidade e progresso ao Império Romano. A glória do Império Romano se baseou na habilidosa eliminação pacífica do parlamentarismo com a manutenção da unidade de comando do governo central, em conjunto com a sábia administração de suas grandes conquistas, mantendo a proteção por meio de sua política civilizatória e de difusão da cultura com a educação, a arte e a literatura greco-romana.
A época de Augusto era um tempo de guerras e de conquistas. As descrições históricas não mostram o sofrimento dos vencidos, o horror dos combates, a crueldade usual dos combatentes. Muito mais reverência merecem nossos antepassados romanos, que nessa situação de constante perigo trabalharam em favor de uma paz permanente entre os seus povos, embora fossem profissionais especializados na guerra.
Então, há muitos séculos recuados antes de nós, podemos ver nossos avós nessa tarefa de promover o progresso de cada nação, de geração em geração. O resultado foi uma evolução por linhas tortas, em meio a hesitações, com avanços e recuos, mas que nos chega como se fosse um projeto bem estudado e bem organizado pelo permanente progresso resultante. É o nosso grupo, a nossa família.
Não estamos sozinhos nessa evolução, que nos mostra de onde viemos, e para onde vamos.
AMANHÃ: O Coliseu de Roma feito pelo Imperador Vespasiano.
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