11 DE MAIO: A disciplina do general romano Paulo Emílio.
PAULO EMÍLIO
Lucius Aemilius Paulus
Paullus Macedonicus, Lucius Aemilius
(nasceu cerca do ano 229 antes da nossa era; morreu no ano 160)
GENERAL E ESTADISTA ROMANO ARISTOCRATA DISCIPLINADOR
Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e de cooperação. O resultado foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.
No mês da Civilização Militar representado pela figura de Júlio César a terceira semana mostra os melhores tipos da fase inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o Africano, nascido de família patrícia, sendo o maior general romano antes de César. Ele incentivou a difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder do Senado na tendência que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia perturbadora sem poder político, passando a ser apenas consultiva. Cipião é homenageado no último dia da semana.
Ver o Quadro 0423 1 do mês de César da Civilização Militar.
Paulo Emilio foi o general romano que venceu a Macedônia em Pydna, encerrando a terceira guerra da Macedônia, que durou de 171 a 168 antes da nossa era.
O pai de Paulo, um cônsul romano de mesmo nome, foi morto lutando contra os cartagineses em Cannae no ano 216.
Paulo-Emilio era um militar aristocrata do tipo que se tornara, então, raro, por ser ciente de sua origem nobre, sem interesse nos jogos populares, bom soldado, firme na disciplina e completamente puro de interesses em presentes e em pilhagem dos vencidos.
Paulo-Emilio foi elevado a pretor em 191 e a cônsul em 182. Lutou contra os Lusitanos de 191 a 189 os Ingaunos na Ligúria em 181.
Com a derrota de Cartago, a Macedônia se tornou o único estado militar de importância para fazer face a Roma. As forças romanas tiveram dificuldade em derrotar a Macedônia, até que o general e cônsul Paulo-Emilio foi encarregado dessa tarefa importante para a pacificação da Grécia. Na região as lutas internas entre as diversas cidades-estados recomeçaram, a barbárie se instalando com lutas e saques constantes.
Foi como cônsul de novo em 168 que o general Paulo-Emilio derrotou o rei Perseus da Macedônia em Pydna, junto com seus aliados da Grécia. Ele levou 1000 nobres gregos como reféns para Roma e fez 150 mil escravos, entre homens, mulheres e crianças no noroeste da Grécia. Entre os reféns em Roma estava Políbio, acolhido em casa do general Paulo-Emilio tornando-se o tutor de seus filhos.
A atividade guerreira desses tempos antigos correspondia a lutas de morte e de saque. A guerra se destinava a matar e roubar. O título de “guerreiro” era, naturalmente, um elogio, tanto mais valioso quanto mais competente e feroz fosse o assaltante.
A observação da história de Roma nos mostra que a conquista realizada pelo império romano foi feita com muitas batalhas sangrentas, resultando em acabar com as lutas entre os paises assimilados ao domínio romano. Roma fez a paz com a guerra. Fez, pela força, a PAX ROMANA como grande serviço à sociedade humana.
O registro dos anais da historia nos faz reviver os trabalhos de nossos antepassados, suas dificuldades, sua conduta desorientada, em erros e acertos. É uma notável jornada através dos tempos, em que a família humana evoluiu constantemente numa caminhada escrita em linhas tortas de conflitos e de enganos. Quanto maiores foram as dificuldades, mais merecem os nossos avós a devida admiração pelos heróis de cada época, sem esquecer as pessoas comuns, como nós mesmos.
É a família humana, a nossa família. Não estamos sozinhos neste mundo. A sociedade dos humanos está sempre no comando hegemônico de vida e morte.
AMANHÃ: A modernização militar do general romano Mário.
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