sexta-feira, 6 de maio de 2011

0507 JÚNIO BRUTUS

07 DE MAIO. Júnio Brutus: O fundador da República em Roma.

JÚNIO BRUTUS
Lucius Junius Brutus
(morreu cerca do ano 509 antes da nossa era)
FIGURA HISTÓRICA E LENDÁRIA COMO UM DOS FUNDADORES DA REPÚBLICA EM ROMA

Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e de cooperação. O resultado foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.
No mês da Civilização Militar representado pela figura de Júlio César a terceira semana mostra os melhores tipos da fase inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o Africano, nascido de família patrícia, sendo o maior general romano antes de César. Ele incentivou a difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder do Senado na tendência que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia perturbadora sem poder político, passando a ser apenas consultiva. Cipião é homenageado no último dia da semana.
Ver o Quadro 0423 1 do mês de César da Civilização Militar.


Os primeiros romanos, livres da teocracia oriental por meio do predomínio dos guerreiros sobre os sacerdotes, se dividiam em duas classes, os patrícios e os plebeus. Os patrícios eram os sacerdotes e os guerreiros. Os plebeus eram os comuns, indivíduos não nobres e livres, que também eram chamados para a guerra. Os escravos eram os vencidos nas guerras, como ocorreu em toda antiguidade. O Rei governava sob algum controle de um senado composto por patrícios, os ricos. Uma assembléia formada pelo povo era em geral pouco ativa.
A guerra era a atividade mais importante, levando a reduzir os direitos teocráticos de nascimento e o direito divino dos Reis, resultando na tendência da escolha dos chefes pela competência e pela eleição.
A primeira ação foi colocar no lugar do Rei, um governo dirigido pelos nobres, pelos patrícios, numa oligarquia, o governo de poucos e fortes. Mais tarde, os romanos conseguiram realizar, pela primeira vez, o governo com a escolha dos mais competentes, no Império Romano, onde a sucessão não se fazia por hereditariedade, mas era feito pelo mérito pessoal.
A crônica de Brutus tem muito de lendário, mas não há duvida de que ele foi importante no papel principal da expulsão do rei Tarquinius e sua família, cerca do ano 510 antes da nossa era.
Na época de Brutus reinava Lucius Tarquínius Superbus, acusado de odioso governo injusto e tirânico. Brutus, um patrício, promoveu o afastamento do Rei, formando a republica de Roma. Brutus foi eleito Cônsul.
Descobriu Brutus que seus filhos fizeram uma conspiração para restaurar o Rei deposto. Ele os condenou à morte, e presenciou a execução de seus filhos.
Essa famosa legenda mostra o conflito entre as duas principais obrigações da moralidade romana, o dever para com a família e o dever para com a pátria. Ficou bem afirmada a subordinação da família em relação com o dever para com a pátria. Apesar da enorme angustia de um pai nessa dolorosa decisão
A instituição da republica em Roma foi uma primeira fase na solução do problema da transmissão ou sucessão do poder político e da riqueza, problema ainda não completamente resolvido em nossos dias.
Brutus, portanto, representa o esforço feito na sociedade, desde a antiguidade, para tornar a troca de governo mais justa e adequada para o bem do povo, para o bem do trabalhador. E também para a transmissão da riqueza entre os sucessores, seja entre parentes seja com estranhos.
Representa sua figura, portanto, um antepassado a ser lembrado, com seus companheiros, como parte de nossos avós que contribuíram para formar essa grande família humana, que, dia a dia, sempre melhora. Dessa família histórica humana é que viemos e a ela devemos conhecer, amar e servir para sermos felizes.
Essa é a regra de ouro da fraternidade, do sentimento de associação, que tem o nome de ALTRUÍSMO. No altruísmo está o nosso dever, a nossa felicidade, a nossa saúde mental e física.


AMANHÃ: Camilo herói romano.


Nenhum comentário:

Postar um comentário