10 DE MAIO: Aníbal grande general de Cartago.
ANÍBAL
Hannibal de Cartago
(nasceu no ano 247 antes da nossa era; morreu no ano 183)
GENERAL CARTAGINÊS DOS MAIORES COMANDANTES NA HISTÓRIA MILITAR
Os guerreiros e estadistas da Grécia antiga, de Roma e de Cartago são lembrados no quinto mês do calendário histórico-filosófico. São os representantes principais da civilização militar. Mudaram a forma da vida social do modo oriental, teocrático, para os costumes da vida ocidental, mais liberal, com uma vida mais laica, mais humana, ainda com mitologia, mas menos cruel. Os pequenos países viviam em continuada luta contra os visinhos, no ataque e em sua própria defesa, sempre procurando fazer a conquista. Foi Roma com suas qualidades que conseguiu a conquista de todo o continente europeu, incorporando por longos séculos os pequenos povos num império de paz e de cooperação. O resultado foi pela primeira vez uma paz de longa duração num território de grande extensão. Implantou nos povos do Ocidente uma unidade que permaneceu para sempre; deu-lhes a todos a cultura greco-romana; criou as condições para uma civilização homogênea, a ter mais tarde uma religião universal, comum a todo o continente.
No mês da Civilização Militar representado pela figura de Júlio César a terceira semana mostra os melhores tipos da fase inicial de Roma na forma de República aristocrática.
A semana tem como chefe Cipião o Africano, nascido de família patrícia, sendo o maior general romano antes de César. Ele incentivou a difusão da cultura grega e continuou a reduzir o poder do Senado na tendência que mais tarde, no Império, tornou essa assembléia perturbadora sem poder político, passando a ser apenas consultiva. Cipião é homenageado no último dia da semana.
Ver o Quadro 0423 1 do mês de César da Civilização Militar.
Na Europa antiga as populações mantinham uma guerra continua entre suas tribos. O que a conquista romana realizou, dominando toda a Europa, resultou num continente homogêneo e pacífico. Só foi possível manter a paz romana porque os conquistadores respeitavam a população vencida, tornando a vida de cada pessoa muito mais segura.
Outra grande nação, Cartago, vinha concorrendo com as tropas de Roma na conquista da Europa, numa guerra em que só poderia haver um único vencedor, que teria que assimilar o vencido, para haver uma paz definitiva. Cartago tentou vencer Roma em duas guerras, chamadas as GUERRAS PÚNICAS.
A primeira guerra púnica teve as tropas de Cartago comandadas por Amílcar - Hamilcar Barca-(cerca 270-228 antes da nossa era), dotado de brilhantes qualidades militares, mas vencido pelas tropas de Roma.
Amílcar tinha levado seu filho Aníbal, desde seus 9 anos, ao campo da guerra. Com a morte do pai, Aníbal, aos 26 anos, o sucedeu no comando na Espanha, onde as tropas estavam prontas para atacar Roma.
No ano 218 Aníbal realizou sua longa marcha vitoriosa até chegar aos muros da cidade de Roma. As numerosas vitórias alcançadas por Aníbal o colocaram como um dos maiores generais de todos os tempos.
Durante quatro anos Aníbal ficou no sul da Itália sem ter meios para lançar uma ofensiva decisiva. Seu valente irmão Asdrúbal veio da Espanha para reforçar sua posição, mas foi derrotado e morto na grande batalha de Metauro, com que Roma começou a se livrar do que foi chamado o terror do “feroz africano”.
No ano de 203 Aníbal foi chamado para defender Cartago, assim deixando a Itália. Em sua pátria, a vitória de Cipião sobre Cartago no ano seguinte de 202 em Zama, terminou com a segunda guerra púnica.
Aníbal ainda procurou recomeçar a luta, mas foi perseguido até que se suicidou com veneno em Bitinia, no norte da Ásia Menor.
A longa carreira militar de Aníbal foi tão audaciosa e admirável, que se chegou a ver em Roma três estátuas de Aníbal.
A vitória de Roma confirmou seu destino de finalmente levar a paz em toda a Europa, assimilando e difundindo a cultura da Grécia, junto com sua notável obra administrativa e com seu valor próprio.
Os tempos de nossos antepassados foram muito cruéis, com muitas vitórias e derrotas, muitas mortes e pilhagens.
Lembrando esse esforço coletivo, ficamos conscientes de nossas origens, e do estudo do passado podemos sentir o quanto progredimos até chegar aos nossos dias. Temos assim uma noção de como nosso futuro será muito melhor, ainda.
É para onde caminha a família humana em todo o globo terrestre. É a nossa família. Não estamos sozinhos.
AMANHÃ: A disciplina do general romano Paulo Emílio.
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