30 DE JUNHO.
Godofredo de Bouillon: heróico cavaleiro libertador e estadista de Jerusalém.
GODOFREDO DE BOUILLON
Godefroi De Bouillon, Godfrey of Bouillon
(nasceu
cerca de 1058 da nossa era; morreu no ano 1100)
NOBRE
FRANCÊS HERÓICO LÍDER DA PRIMEIRA CRUZADA CONQUISTADOR DE JERUSALÉM
As grandes
contribuições da Civilização Feudal para o progresso da sociedade humana
A Civilização Feudal
realizou a tarefa principal ao estabelecer:
3. Suprimiu a escravidão geral na população, fundou o trabalho livre com a libertação completa do trabalhador resultando na importante organização permanente do
sistema econômico do capitalismo.
Neste mês são
consagrados os nomes que representam a guerra para a defesa da Europa e que
fundaram as instituições locais, trabalhando para organizar cada nova nação
européia.
Foram nove séculos de
avanços e recuos, desde cerca dos anos 400 até 1300. Com muita confusão,
crueldade e crimes; mas também com muito heroísmo e uma dedicação admirável
resultando em notável progresso político, econômico, filosófico e moral.
Nesta segunda semana o tipo principal é Godofredo
de Bouillon, herói da primeira cruzada. Sua biografia está no domingo que
termina a semana.
Ver em 0617 01 B
O QUADRO DO MÊS DE CARLOS MAGNO A CIVILIZAÇÃO FEUDAL, com seu resultado
geral e todos os grandes tipos humanos do mês.
Godofredo de Bouillon era o filho
mais jovem do conde Eustáquio II de Bolonha e de Ida, filha do duque Godofredo
II da Baixa Lorena. Por sua mãe, que era descendente de Carlos Magno, ele era
Senhor de Lorena. Mais tarde, foi colocado como duque de Lorena pelo Imperador
Henrique IV, em recompensa por seus serviços na guerra contra os saxões.
A primeira Cruzada foi decidida
no concílio de Clermont, em 1095. Godofredo foi designado, por seu caráter e
por sua posição, como o comandante do grande exército. Ele falava bem tanto o
francês como o alemão e reuniu embaixo de seu estandarte um exército composto
de franceses, alemães, lorenos e outros, num total de 80.000 homens de
infantaria e de 10.000 cavaleiros.
A tropa deixou o Mousa e o
Mosele, atravessou a Alemanha, a Hungria, a Bulgária e chegou a Constantinopla,
o lugar de encontro de todas as forças do cristianismo. As forças sob o comando
de Godofredo avançavam com prudência e sem combate. Cada passo foi marcado pela
sabedoria e pela unidade de comando de seu chefe. Na rota percorrida não se
viram atrocidades, nem os desastres que ocorreram em expedições anteriores.
Godofredo, usando alternativamente ora a diplomacia e ora as armas, conseguiu
que o imperador de Constantinopla agisse como seu aliado, e até mesmo que o
adotasse como filho.
Godofredo resistiu às propostas
inoportunas de Boemond e de outros chefes, que lhe solicitavam que voltasse as
armas dos cruzados do destino para Jerusalém e destruísse o império bizantino.
Ao contrário, ele os convenceu de prestar homenagem ao imperador do oriente e
de se comprometer a lhe ceder todas as possessões do império conquistadas pelas
forças dos cruzados. Somente na primavera do ano de 1097 é que os cruzados
atingiram a Ásia, para depois marcharem reunidos como um só exército em direção
a Jerusalém.
Nas planícies da Bitínia, eles
formavam um corpo de 100.000 cavaleiros em armadura e em cota de malha seguidos
por muitos homens a pé. Tendo tomado Necéia, ganhado uma batalha desesperada na
Frígia e provado privações e dificuldades incríveis, eles puseram cerco a
Antióquia. Depois de oito meses de luta selvagem e depois de sofrer todas as
extremidades da fome, da peste e da confusão, os cruzados tomaram finalmente a
cidade. Quando, na primavera de 1099, partiram para Jerusalém, não eram mais do
que 40.000, com 1.500 cavaleiros e 20.000 a pé em estado de lutar. Em todas as
provações, Godofredo e Tancredo se destacavam por seu devotamento e por sua
resolução invencível. Godofredo, sobretudo dominava os outros por sua firmeza e
sabedoria, sua paciência e seu ascendente pessoal.
No cerco a Jerusalém, a guarnição
da cidade era mais numerosa do que os agressores e todas as fontes de água
haviam sido cuidadosamente destruídas. Foram 30 dias de sofrimento cruel para
os cruzados. Finalmente, depois de dois dias de batalha furiosa, a cidade santa
foi tomada de assalto e Godofredo por uma porta e Tancredo por outra foram os
primeiros a entrar. A tomada da cidade foi marcada por uma cega carnificina.
Era julho do ano 1099.
Depois de 460 anos de
subserviência aos mouros, a cidade santa estava finalmente libertada. Num ato
solene de devoção, Godofredo e seus aliados entraram na igreja do Santo
Sepulcro para darem graças pela vitória alcançada.
Por unanimidade, os cruzados
escolheram Godofredo para rei de Jerusalém. Mas ele recusou o título, governando
como Barão e Defensor do Santo Sepulcro, Advocatus Sancti Sepulchri.
Seu reinado foi muito curto,
morrendo em julho de 1100. Mas o prazo foi suficiente para reconhecer nele um
soberano sábio, moderado e justo. Ele deu a seus governados as famosas Causas
de Jerusalém, um código completo de leis feudais que continuou a ser a lei dos
latinos do oriente por mais três séculos.
O conjunto da história de vida de
Godofredo o apresenta como o mais nobre tipo humano de seu tempo: magnânimo,
prudente, previdente, ativo e justo, de uma coragem heróica e de ardente fervor
religioso.
Godofredo é o herói de verdade do
poema de Tasso, nos magníficos versos de Jerusalém
Libertada.
AMANHÃ: A unidade de comando do papa em Roma na administração do
Catolicismo: S. Leão o Grande.
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